— Você não é o primeiro a olhar para meus peitos — Kara falou, subitamente, ela ofereceu um sorriso frio. — Todos os Grão-Senhores são assim?

Rhysand sorriu e olhou para Helion. O Grão-Senhor da Corte Diurna abriu uma feição provocativa. Estendendo a mão.

— Não sei os outros, mas eu sempre aprecio mulheres bonitas, então, uma dança?

Kara piscou, e, quando se afastou de Rhysand para dar a mão ao Helion, ofereceu sua resposta:

— Só tente não cair se distraindo comigo.

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— Se quer o que é seu, não precisava me chamar para dançar como desculpa — Kara murmurou.

Helion a conduzia pelo salão, em uma dança rápida e harmoniosa que fazia o corpos de ambos ficarem quentes com os movimentos tão bem trabalhados, a música enchia o ambiente e aquecia seus corações vazios.

— O que a faz pensar isso? — Ele questionou, girando Kara e logo em seguida a tomando nos braços.

Ela riu com deboche.

— É o que todos querem.

— Queremos o que é nosso — Helion respondeu.

Kara foi colocada de costas para ele, sentindo o peito largo em sua pele nua, enquanto os braços fortes a seguravam.

— Mas isso não significa que eu não queria ser educado. — A puxou. — De primeira vista, fui rude e insensível, peço perdão por tal ato.

Ela parou por um segundo. Nenhum deles havia pedido perdão, e ela não esperava que se incomodassem em pedir.

— Recebemos notícias é claro, e nenhum Grão-Senhor teve reclamações... Tirando Beron é claro, ele reclama de tudo — disse com um sorriso, mas Kara sabia que existia um pesar. — Todos estão satisfeitos com sua gentileza, e acho que devo me desculpar por me enganar. Amarantha tirou muito de nós, não queria deixar que ela levasse minha educação e espírito.

Estava certo. Amarantha teria tirado muito mais, mas, o pensamento de que Kara impediu isso, era um alívio para todos, sem ela, o futuro deles seria incerto.

Ela pensou, por minutos ficara em silêncio durante a dança, mas, quando Helion aproximou o rosto para outro passo, ela murmurou:

— Algum dia, um dos filhos de Beron vai agir. Ofereça seu apoio.

O Grão-Senhor manteve o rosto neutro.

— Como você disse, Beron é o que é, não merece estar com aquela mulher pelo resto da vida.

A dança estava logo acabando, mas ainda restavam alguns minutos.

— Como você...

— Não pergunte — ela murmurou, sorrindo para Rhysand quando ele se aproximou, Kara logo olhou para Helion de novo. — Só use as palavras certas.

A dança finalmente acabou, Kara e Helion se curvaram em um cumprimento respeitoso.

— Saberá quais palavras certas usar? — Perguntou ele.

Kara engoliu em seco.

— Espero que sim.

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Estava feito. Devolvera o que havia sido tirado de Thesan e Helion, agora, Kara podia sentir algo como alívio, mas, essa sensação se era minúscula diante do medo que se acumulava ao redor. Restava só um, o poder de Rhysand, e ele seria o último.

— O acordo ainda permanece — Kai constatou, como se sentisse a dor da irmã.

Rhysand jamais mencionara a quebra de acordo, nunca tentou e Kara sentia uma dor imensa por isso. Se entregou tanto e fez tanto, e, agora, sentia que não fora totalmente o suficiente.

— É... Ainda está aqui. — Ela olhou para a tatuagem. Seu silêncio reinou por minutos de angústia. — As vezes, sinto que estou roubando o lugar dela. Tudo seria diferente... Eles seriam, e em um futuro próximo poderiam superar, por que eu? Não sei qual é brincadeira do destino de me enfiar aqui. No lugar de Feyre.

— Você fez o melhor para todos. — O irmão tomou seu ombro em um aperto acolhedor.

— O melhor que pude fazer foi roubar o lugar da Feyre.

Kara olhou para o irmão, a visão embaraçada por lágrimas.

— Não queria contar para ele, queria poder esconder para sempre que Rhys tem uma parceira, que nunca poderá ficar com ele.

Um arrepio subiu por sua coluna, quando o silêncio se tornou assustador e pesado, com o corpo trêmulo, Kara olhou por cima dos ombros e encontrou o que não desejava nesse momento.

— O que está dizendo?

— Rhys...

— Você sabia disso e mesmo assim se envolveu comigo?

— Foi inevitável... Eu não queria isso.

— Inevitável? — murmurou. — Inevitável?!

— Ela não tem culpa disso! — Kai ficou entre os dois.

— Vocês dois sabiam.

Aos poucos, passos vieram do corredor.

— O que está acontecendo? — Morrigan perguntou.

— Kara estava prestes a devolver o que é meu.

— Mas... Rhys — Cassian começou. — O acordo.

— Pense bem antes de fazer isso — Azriel avisou.

— Já pensei. — Rhysand olhou para Kara.

Ela negou lentamente, apertando as mãos contra o peito.

— Você entendeu errado, devemos ao menos conversar.

Rhysand balançou a cabeça, estendendo a mão. Kara jurou que sentiu seu coração partir ao meio, podia sentir a dor que latejou por todos os lados do corpo, ele sequer quisera uma conversa...

Ela se aproximou, estendendo aquela estrela arroxeada envolvida por sombras. E, quando Rhysand a tomou, em um segundo o mundo de transformou em areia debaixo dos seus pés.

Ele era seu destino. Mas, Rhysand não sabia que Kara deveria ser o destino dele.

Notas da autora:

Capítulo não revisado!!

Postei uma nova fic de tog, já disponível no meu perfil, se chama império de sombras, indico muito ❣❣

Aaa, e agr estou participando de um rpg, eu achei a dinâmica muito legal, se trata dos filhos dos personagens de contos de fadas, em geral, os personagens vão para  uma escola para aprender a viver o destino que terão, mas, algo ruim ronda a cidade 👀👀 dêem uma olhada. Quem quiser entrar me chama no privado 😚 ficaria muito contente em cenar com vcs

𝆥꜁⃪ֺ𐇽✿̥᩵♔۪֗᭠ׁ𝅾⃞𝄵ִ𐇽۟𝄪࠭ᤳ᳔ _Everville é uma cidade repleta de magia, além do fato de que os moradores são os personagens mais conhecidos dos contos e histórias de fantasias que rodeiam o mundo mundano. Uma cidade como todas as outras apesar de sua magia, havia crescido muito tendo lojas, bares, cinemas, parques e lindas paisagens que agradavam quem vivia lá e quem visitava pelo pouco tempo que podia._  
_Depois de muitos anos fugindo dos humanos acabaram voltando em conviver em harmonia, mas o terror ainda podia estar á solta e os personagens tão amados podiam ser caçados por sua magia e juventude._
_Por isso foi criado Hill Heights com o intuito de treinar e ensinar os filhos e descendentes, a se protegerem e aprenderem a como viver sendo um conto de fadas._
_Apesar da paz, as sombras comentavam na escuridão que havia um assassino ou melhor uma seita inteira a solta, que prometia colocar um fim em Everville e seus moradores._
_Além de um fofoqueira de plantão que pretendia atormentar a vida dos moradores e desvendar seus segredos._

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