12. Sete anos

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Hermione olhou em choque total para o marido. Lentamente, ela se soltou de seus braços e se afastou alguns passos para colocar algum espaço entre eles para poder pensar.

Draco observou quando ela virou as costas para ele e sentiu seu coração começar a bater mais forte em seu peito. A coisa estúpida batia tão alto em seus ouvidos que ele mal conseguia pensar direito.

Obviamente, ele cometeu um grave erro.

Perceber que ele a amava não foi um momento instantâneo onde um lindo feixe de luz o envolveu ou ele ouviu um refrão de aleluia como nos filmes trouxas dela. Ele foi capaz de identificar o momento em que seus sentimentos mudaram, o momento em que ela se tornou mais para ele do que ele uma vez disse que ela era, mas perceber que seu amor foi gradual. Ele estava bem e verdadeiramente doente quando se deparou com uma realidade tão inacreditável.

Mas foi num único momento que ela o quebrou.

Desde então, ele prometeu fazer dela sua razão para mudar. Cada decisão que ele tomou, Hermione Granger estava em sua mente.

Quando ela se virou para ele, ele sentiu o coração cair no estômago ao ver as lágrimas reunidas ao redor dos olhos dela. Ele também jurou nunca mais fazê-la chorar.

Eu sou um idiota.

— Eu realmente acreditei que você não era mais tão cruel — ela falou baixinho, estranhamente calma.

Seu rosto se contorceu em confusão e ele balançou a cabeça, mas ela continuou.

— Você honestamente espera que eu acredite nisso? Sete anos atrás nos coloca perto do fim da guerra, Draco. Isso não faz sentido. Talvez você não me quisesse morta, mas você não poderia estar apaixonado por mim. Estou com raiva por você ter insultado minha inteligência desse jeito. — Ela piscou para afastar a umidade em seus olhos enquanto balançava a cabeça com raiva. Sua voz estava perigosamente baixa quando ela falou novamente. — Eu não sei por que você realmente quer continuar casado comigo, mas mentir não era a melhor maneira de fazer isso. Eu odeio desonestidade, Draco.

Pelo amor de Merlin, o que ele fez? Ela não apenas o estava rejeitando, mas nem sequer acreditava nele.

— Hermione — ele implorou gentilmente. — Eu não estou mentindo. Prometi ser honesto com você. Eu quis dizer o que disse.

Hermione parecia como se ele tivesse acabado de contar que ela havia falhado na prova final em Hogwarts. Ela ergueu a mão para silenciá-lo e forçou passar por ele até seu quarto.

— Apenas me deixe em paz.

A porta dela bateu na cara dele e ele ouviu o clique definitivo da fechadura. Sem dúvida ela estava montando suas próprias proteções para mantê-lo afastado. Seus ombros caíram enquanto ele ficava ali olhando para a madeira em seu rosto. Antes que pudesse se conter, ele bateu com o punho na parede.

Claro, isso foi estúpido e tudo o que ele conseguiu fazer foi sangrar os nós dos dedos. Com um gemido derrotado, ele se retirou para seu quarto. Se ele tivesse sorte, talvez desmaiasse de pura exaustão emocional.

Seu corpo cedeu quando ele se sentou na beira da cama. Sua mão sangrou levemente enquanto ele olhava para a foto em movimento em sua cômoda que ele havia recortado do Profeta Diário dela beijando sua bochecha na partida de quadribol no fim de semana.

Foda-se Potter por me fazer acreditar, como um idiota, que eu poderia contar a ela. Foda-se aqueles idiotas com quem trabalho que acham que a merecem mais do que eu, mesmo que mereçam.

Ele suspirou enquanto colocava a cabeça entre as mãos. Foda-se por eu ser tão inútil enquanto crescia.

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