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GABRIEL GUEVARA

Dirigi por horas até entender que eu não tinha um lugar pra ir.

Já estava escurecendo e Emma estava estranhamente paciente, cantando distraída as músicas que tocavam na rádio.

Por mais que eu estivesse tentando não pensar no assunto da missão, minha mente não parava de martelar sobre isso me deixando ainda mais inquieto.

Olhei pelo retrovisor e vi o motorista da picape preta logo atrás comendo um sanduíche, o que fez meu estômago gritar.

- Amor. - chamei descansando meu braço em sua perna, sem tirar os olhos da avenida.

Ela me olhou, esperando que eu prosseguisse.

- Eu não sei pra onde ir. - confessei baixinho, fazendo ela rir.

-Eu sei que não, G. - sorriu pegando minha mão. - Eu vou pra onde você quiser.

Respirei fundo sentido aquelas palavras me atingirem bem no peito.

- Você é perfeita sabia? A garota mais perfeita do mundo. - disse sorrindo, sentindo seu carinho em minha mão.-Eu não sou perfeita. - riu.

- Não mesmo. - concordei, levando um tapa no braço.

Olhei pra ela divertido e vi que um sorriso lindo brincava em seus lábios.

A presença dela definitivamente deixa o clima mais leve.

- Não queria ter brigado com você. Na verdade, não queria que nada disso estivesse acontecendo. Quero dizer, começamos a namorar dois dias atrás, e até agora tudo o que fizemos foi ficar separados.

Depois de tudo o que aconteceu, eu só queria fica sozinho com a minha namorada, tentando ao máximo não pensar em nada disso.

- Eu sei, G. - ela suspirou triste.

- Podemos ir pro hotel. - sugeri.

- Tá tão longe. - disse manhosa me fazendo rir. Ouvi meu celular tocando e Emma pegou. - É a nicole. - Estranhei.

- Coloca no viva-voz.

Ela encaixou o celular na caixa de som do carro e deslizou o dedo pela tela do celular pra atender a chamada.

Do outro lado da linha parecia que a nicole estava num tipo de bar de tão alto que as pessoas falavam.

- GABRIEL, TÁ ME OUVINDO? - ela berrou do outro lado.

- Acho que Las Vegas toda está. - debochei com a atenção no trânsito.

- FALA MAIS ALTO! - continuou berrando.

- NICOLE, ONDE É QUE VOCÊ ESTÁ? - Emma gritou se aproximando do celular.

- ESTOU NO BAR DO HOTEL, OU UM CASSINO, OU UMA BOATE, NÃO SEI BEM O QUE É MAS É NO HOTEL. ESCUTEM, VAI ACONTECER UMA COISA MUITO SÉRIA...- ele gritou. Ouvi luiz tomando o celular da mão dele e o mandando ir pra outro lugar.

- EI, SOU EU. ESPEREM AI QUE VAMOS ACHAR UM LUGAR QUE DE PRA FALAR COM VOCÊS. - luiz pediu.

Olhei pra Emma completamente confuso, e ela devolveu o mesmo olhar.

O que, porra, eles estavam fazendo?

- Oi, estão aí? - ele perguntou do outro lado da linha.

- Sim, o que foi? - Emma perguntou sem entender.

- Vocês precisam voltar pra cá agora. - a voz de veronica soou estranha.

Seu tom de voz me deixou completamente nervoso.

ADRENALINA- GABRIEL GUEVARAOnde as histórias ganham vida. Descobre agora