Um Estranho Devaneio

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Desperto ao som de um afinado violino...


É  aconchegante  


Nesta morna taberna fracamente iluminada...


À poucos metros,


Encontro o violinista em seu distinto terno preto;


Sua cabeça de bode,


Tão distante e negra quanto o céu da meia noite...


Há mais pessoas,


Porém não as vejo; apenas sei que estão acá.


Tenho sede,


Mas sequer sou capaz de me erguer deste banco ambar...


 A única saída é me arrastar


Pelo áspero chão de madeira;


Tão fraca, tão cansada...


Prestes a desmaiar...


Finalmente alcanço o balcão,


O homen bode tão perto agora...


Deixo-me cair completamente; o teto a mirar...


O homem bode, sua caótica melodia, ainda a tocar;


E, como todos neste lugar,


Também a me ignorar ...


Estico um dos braços balbuciando pedidos de ajuda,


Mas ninguém parece escutar...


Só então enfim compreendo:


Estou exatamente onde queria estar...




Poemas de mais um humano pretenciosoΌπου ζουν οι ιστορίες. Ανακάλυψε τώρα