IV.I.guerra

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"Nas noites de frio, é melhor nem nascer

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"Nas noites de frio, é melhor nem nascer. Nas de calor, se escolhe: é matar ou morrer"
– O tempo não para, Cazuza

            Arthur  fazia uma seletiva em seus livros quando notou, pelo relógio na estante que se debruçava, a noite caminhando para Valetown, a capital do País das Maravilhas. Ele até abriria as cortinas do quarto para ver o crepúsculo, mas era inverno.

          — Mano, tu vais pra faculdade, não pra uma ilha deserta sem serviço de cartas – um garoto estirado no chão do ambiente comentou. Ele possuía seus dedos e olhar voltados a um elegante tabuleiro de xadrez no piso, enquanto sorria esperto.

           — Há pessoas que gostam de preencher o tempo vago com afazeres produtivos, Chase. Se tu fosse uma delas, compreenderias – uma garota, deitada na confortável cama do cômodo, murmurou desafiante. Ela brincava de rolar com os dedos o cabelo escuro detentor de algumas mechas cintilante de lilás e azul.

           — Não sou esse tipo de pessoa porque eu sou normal, Cat. Se queres saber, esse tipo de gente tem probleminhas – ele tocou as têmporas com os dedos indicadores, sinalizando loucura. — Pessoas como o Artie aí, que por fora estão escolhendo quais livros irão levar pra faculdade, mas por dentro gritam por socorro. É verdade, Cat – assim como a garota, os fios em sua cabeça eram policromáticos.

          — Se tu preferes pensar assim.. 

          — Eu não penso assim, o mundo é assim.

          — Deixa, então. Abdico de ti.

          — E por outra vez eu tô certo – ele largou a prquena torre da mão, erguendo-se em direção ao garoto atento aos livros. — Queres saber a minha opinião? 

          — Tu já não deste? – Athur olhou de canto.

          — A gente vai pra maior universidade dos Reinos do Norte, é de esperar que tenham uma biblioteca do caralho, ou melhor, várias bibliotecas. Vais mesmo ocupar espaço nas tuas coisas com isso? 

          — Quero levar os meus próprios livros.

          — Esses livros com certeza têm lá, inclusive nas edições de luxo.

          — E isso faz deles propriedades de PhorusCreek. Aprecio a ideia de que sejam meus, completamente meus.

           — Pois então tá certo – Chase Cheshire girou os calcanhares, e referindo-se a Catherine, comentou. — Foi o que eu disse, querida irmã, probleminhas.        

O BosqueWhere stories live. Discover now