Capítulo 11: Pode contar comigo

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Foi acordado entre Paul e sua mãe que ela não queria que ele partisse, mas era melhor que ele o fizesse. Então Paul teria que arrumar todas as suas coisas, encontrar um apartamento e se mudar até o final do mês. E a pior parte não era a mudança, mas seu pai nem o olhava mais nos olhos. Paul sabia que era o que ele tinha que fazer, mesmo que ele não quisesse.

Paul saiu da casa e desceu a praia esfregando o rosto, sentia como se sua vida estivesse desmoronando, seu pai não o amava mais. Sentou-se em um tronco úmido, seu peito subindo e descendo pesadamente, tentou o seu melhor para não deixar as lágrimas escaparem. Ele pegou o telefone olhando para os contatos, os olhos lacrimejantes atrapalhando sua visão. Paul suspirou e uma lágrima caiu na tela do telefone. Limpou na calça, suspirando e discando o número de Emmett.

O telefone tocou duas vezes antes de Emmett atender: "Alô?"

"Oi, sou eu." Paul sorriu entre lágrimas, sua voz rouca.

"Tá tudo bem?" Seu tom suavizou.

"Uh... sim, está tudo bem." Paul engoliu o nó na garganta.

"Paul, você pode me dizer se alguma coisa estiver acontecendo." Emmett murmurou suavemente e Paul enxugou seus olhos inchados.

"Eu só queria ouvir sua voz." Paul disse sinceramente se afundando na areia.

"Posso passar na sua casa?" Emmett questionou.

Paul explodiu em completa histeria e conteve seus soluços, sentindo dores no peito ao fazê-lo. Emmett perguntou o que estava errado, mas o outro continuou chorando, recebendo alguns olhares de pessoas na praia. Emmett desligou e Paul sentiu como se seu mundo estivesse desmoronando diante dele. Em questão de segundos, Paul esmagou o telefone e correu para a floresta com o coração partido.

Ele correu até que suas pernas parecessem pudim e seus pulmões como se estivessem prestes a explodir. Caiu no chão exausto, com manchas de lágrimas em suas bochechas vermelhas rosadas. Levou os joelhos até o peito, odiando o quão vulnerável se sentia.

"Paul!" Ele ouviu gritos à distância, mas estava muito triste para responder.

Olhou para cima e viu Emmett correndo em sua direção parecendo completamente perturbado, Paul havia ficado chateado pelo outro ter desligado na cara dele, então só olhou para o vampiro preocupado. Emmett se agachou na frente de Paul, respeitando seu espaço. Paul sabia que provavelmente sua aparência refletia o quão mal ele se sentia, mas ainda assim não disse nada.

"O que aconteceu?" Emmett apoiou a mão no joelho de Paul.

"Nós." Paul murmurou amargamente.

"Você quer me deixar? Isso é possível?" Emmett estava confuso e Paul não podia culpá-lo.

"Não." Paul murmurou: "Não, eu não quero te deixar e não é possível, mas meu pai me expulsou de casa, eu não tenho onde morar, Emmett."

"Ah." A percepção atingiu Emmett como um caminhão e agora ele entendia por que Paul começou a soluçar ao telefone, ele havia pedido para passar em sua casa, mas como havia sido expulso, ele não tinha casa. Emmett atingiu um gatilho involuntariamente.

Emmett piscou, voltando aos seus sentidos e correndo para o lado de Paul: "Você pode morar conosco."

"Valeu, mas melhor não." Paul murmurou.

"É porque somos vampiros?" Emmett tinha que admirar o quão teimoso Paul era.

"Sim e não." Paul fungou: "Tenho dinheiro suficiente para comprar minha própria casa e eu ainda não me sinto..."

"Confortável perto de vampiros como Jacob." Emmett pegou sua mão com um sorriso compreensivo.

"Foi mal." Paul murmurou.

Mr.ToughGuy (tradução)Where stories live. Discover now