- E porque não podem ficar em Alexandria? - Perguntou Tara, nos encarando. - Qual o problema?
Estávamos reunidos no escritório da casa grande, decidindo sobre o grupo. Se poderiam ficar ali ou não.
Eu entendia a posição da Tara, um grupo desconhecido, em que um deles fora uma criminosa... Eu própria ficaria desconfiada, mas eram sobreviventes e eu acreditava que poderiam ajudar.
Jesus parecia ser da mesma opinião. Ele acreditava que toda a vida contava.
- Michonne fechou a comunidade para qualquer sobrevivente. - Falei. - Depois do que aconteceu com a Jocelyn.
Tara assentiu e me olhou. - E por essa razão envia pessoas para cá? Isso não é um campo de férias!
- Tara... - Disse Jesus.
Ela o olhou. - Nem vem, porque a partir do momento em que você passa mais tempo fora daqui do que liderando essa comunidade, deixou de decidir sozinho o que seja.
Paul franziu o cenho. - Pelo que sei, o Rick te acolheu, também. Te deu uma segunda chance, tou errado?
Ela me olhou e eu abaixei o olhar. Falar do Rick ainda era muito doloroso para mim.
Tara assentiu, depois de pensar alguns minutos. Respirou fundo. - Tudo bem.
Daryl, que estava apoiado na parede, deu um passo em frente. - Eles ficam?
Tara assentiu novamente. - Podem ficar. Mas, ao menor erro, ou confusão, eu expulso eles.
Sorri e assenti. - Fechado. Obrigada, Tara.
Ela se aproximou e me abraçou. - Por você, Mel. - Falou junto do meu ouvido. De afastou e me sorriu. - Só por você.
Me senti sem jeito, é verdade, mas assenti.
Saímos da casa e a expectativa nos olhos dos novos membros era grande. Luke começou a falar, explicando que poderiam ir embora, que não queriam causar problemas e pedindo desculpa pelo comportamento da Magna. Mas foi silenciado por Tara, que disse que poderiam ficar.
A mudança nas suas expressões foi enorme. Luke agradeceu imenso, bem como Connie, e depois todos eles seguiram Tara, para conhecerem os lugar onde iriam ficar.
DJ se aproximou de mim e tocou no meu ombro. - Vou ficar.
Franzi o cenho. - Porquê?
Ele deu de ombros. - Não sei, mas acho que poderei ser útil aqui. Além disso, é sempre bom trocar de ares, né? - Sorriu.
Sorri e depois toquei no seu braço, um gesto de amizade.
- Entendo. Tudo bem, acho que pode ficar. Irei sentir sua falta em Alexandria.
Vi Daryl andando até nós e segui na sua direção, depois de DJ me informar sobre o filho de Carol, Henry. Acho que ele estava causando problemas.
- O que aconteceu com o Henry? - Perguntei. - Você colocou mesmo ele no porão?
Daryl assentiu. - Coloquei. E vai ficar lá até entender que sua rebeldia não adianta de nada.
Sorri. - Fala a voz da experiência, não é?
Daryl soltou um som estranho e me empurrou no ombro, devagarinho, mas depois sorriu, um sorriso pequeno.
Escutámos as crianças rir e olhámos nessa direção, vendo que elas brincavam entre si. Era bom vê-las felizes.
Nesse momento, o portão é aberto e Rosita entrou, completamente suja do que parecia ser terra, e parecendo demasiado abalada.
Corri para ela, assim como Daryl e todos os outros. Rosita me olhou, segurando os meus braços e com uma expressão assustada.
- Eles... Eles... O Eugene...
- Calma. - Falei. - O que aconteceu? Cadê o Eugene?
- Eles... Eu não sei. Eu perdi ele, eu tenho de voltar. - Ela se afastou mas eu segurei o seu pulso.
- Espera. Quem são eles?
- Os mortos!
Troquei um olhar com Daryl e Tara e depois olhei novamente para Rosita.
- Os mortos? Como assim?
Rosita me apertou, suas mãos em redor dos meus ombros. - Os mortos falam! Eu e Eugene escutámos! Eles queriam nos pegar e estavam nos seguindo, falando entre si! Nos procurando!
Fiquei olhando ela, temendo pela sua sanidade mental.
- Eu juro! - Disse ela.
Assenti. - Tá, tá, eu acredito em você. Calma. Daremos um jeito. Vamos lavar você, aí você fica mais calma e depois pode nos mostrar onde perdeu o Eugene, para procurarmos.
Rosita assentiu, parecendo perdida. - Obrigada, Mel.
Fiz sinal a Tara e ela levou a Espinosa na direção da casa grande.
Olhei o portão, pensando no que ela falara.
- Acha que é verdade? - Disse Daryl.
Olhei ele. - Ela não teria razão para mentir. E o Eugene não veio com ela, então...
- Será que é alguma espécie de mutação? - Disse Paul. - Eles podem estar evoluindo?
- Eu diria que é pouco provável, até porque eles estão mortos, não deveriam evoluir.
Daryl se mexeu. - Pfff, não deveriam andar, para começar e olha só!
Revirei os olhos. - Você entendeu o meu ponto de vista, Dixon. Tá, eles voltam, de alguma forma, mas algo que está morto... Como evolui? Até para eles, nessas condições, isso é estranho.
Paul cruzou os braços sobre o peito. - Temos de falar com ela, saber onde eles estavam e ir até lá. Temos de saber.
Assenti e vi Daryl assentindo igual. Olhei os meninos.
- Iremos, sim.
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Forgiveness - Rick Grimes
FanfictionViver no Santuário é, com certeza, difícil principalmente quando se tem de cumprir as ordens de Negan, o lunático líder dos Salvadores. Que o diga Melanie Fontora, uma sobrevivente do apocalipse zumbi, que tenta esquecer o passado, mesmo que isso c...