Capítulo 16

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- Não é frescura senhor Bianchi! Seu filho estava tendo uma crise de ansiedade, tudo por conta da presença dela. Tenho certeza que ela fez algo com eles- Digo convicta.

- Ela jamais faria isso. Eva ama as crianças, fora que Lorenzo teria me contado se ela fizesse algo- Tenta se convencer.

- Se ele falasse você acreditaria? Ou ao menos prestaria atenção nele?!- Pergunto brava- Não! Sabe por quê? Porque o senhor não dá atenção aos seus filhos, acha que roupas caras e um teto sobre a cabeça pode substituir o carinho e a atenção de um pai?!- Pergunto o encarando.

Ele fica em silêncio com as minhas palavras.

- Não, nada substitui o o carinho e atenção de pai e mãe. O senhor não brinca com eles, não conversa e mau fica com eles. Fora que é um tremendo grosso com as pessoas, desde filhos a empregados- Falo me aproximando do mesmo.

- O senhor tem filhos incríveis, educados, carinhosos e amorosos. Deveria valorizá-los, colocá-los em primeiro lugar antes que seja tarde demais. Antes que eles cresçam, peguem mais traumas e saiam de casa ignorando sua existência-

- Então senhor Bianchi, se você não liga para o bem estar deles, seja mental, física ou qualquer coisa relacionado a Violetta e Lorenzo, não me repreenda por ajudá-los e defendê-los da Eva ou de qualquer outra pessoa. Afinal, eu me importo com aquelas crianças... em pouco tempo aqueles pequenos me conquistaram de forma anormal e enquanto eu poder eu vou defendê-los, seja de Eva, de você ou do Papa- Digo por fim.

Meu chefe não diz nada, apenas me encara absorvendo cada palavra que eu falei.

Esperei um "Está demitida" ou "rua, fora da minha casa", mas não veio.

Então em silêncio eu saí de seu escritório e fui para o quarto de Violetta, dei um beijo em sua cabeça e segui para o meu quarto.

Fui para o banheiro, tirei minha maquiagem e depois a roupa. Tomei um banho calmo e relaxante.

Depois me troquei colocando meu pijama e fui para cama.

Minha cabeça doía de tanto pensar.

Pensava em Lorenzo e sua crise, Violetta e seu mau relacionamento com os outros, a família de Eva e sua soberba, meu chefe e seu jeito ogro tanto com os outros quanto com os filhos, e Sophia.

Me preocupava com que iria acontecer daqui pra frente, se Leonardo iria mudar com as crianças, se iria se deixar aproveitar os filhos maravilhosos que tinha.

Cresci em um orfanato, não tive amor de pai ou mãe e isso me machucou muito, principalmente na adolescência, se não fosse mia mãe de coração eu iria me tornar uma garota rebelde e sem noção. Não quero que Lorenzo e Violetta passem por isso.

Também não quero que Sophia passe por isso, ela é uma menina incrível que não merece viver sem saber o que é uma amor da família, amor esse que eu minha madre podemos proporcionar a mesma.

Juntaria dinheiro e contrataria o melhor advogado do país para conseguir ter a guarda da minha Sophia.

Eu vi ela crescer, eu que cuidei da mesma quando estava doente, faltei várias vezes na escola para não deixá-la na mão do antigo dono do orfanato, eu a ensinei a andar de bicicleta, eu vi seus primeiros passos e foi o meu nome que foi sua primeira palavra e é por isso eu me recuso á não tê-la em segurança comigo.

Sofri muito na infância e não vou deixar essas crianças sofrerem.

Isso é uma promessa

Cheia de sentimentos a flor da pele eu pego meu Tablet e começo a escrever tudo que sinto e penso sobre minha situação.

Faço isso desde que comecei a faculdade de psicologia. Descobrir que isso me ajuda a organizar meu pensamentos. Como não tenho mais amigas para desabafar, o único jeito de não enlouquecer é escrever.

Mais que uma babáWhere stories live. Discover now