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Ocean blue eyes

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Ocean blue eyes...

O Marco de Valtor



OLHOS VERMELHOS e respiração ofegante, mãos tremendo e calafrios, essa é a minha situação nessa madrugada.

Eu sonhei com algo confuso, era como um labirinto na madrugada escura, sonhei com a muralha de Caligo, o único lugar de todo o reino que sou proibida de ir, eu e toda população Genóviana.

Existiu os que ousaram ir, infelizmente morreram ao tentar entrar em Caligo. Seus corpos foram consumidos pelo frio intenso, almas transformadas em guardiões.

Apesar de sermos o único povo que suporta todo tipo de frio, Caligo se tornou tão frio que nem mesmo o rei poderia passar sem ter seu corpo transformado em pó e sua alma condenada a proteger o que o matou.

A muralha é protegida pelos guardiões de Caligo, nunca vimos suas formas mas sabemos que não exitam em matar quem for para proteger Caligo.

Mas eu os vi, vi seus rostos monstruosos carregados de maldições e magias obscuras, eram como dragões mas com corpos esguios, corpos de enguias, suas faces eram cobertas de gelo e suas bocas eram ligadas a linhas, elas não tinham dentes e o buraco dos olhos era vazio.

Durante o sonho, eu os via de longe, à muitos metros de distância de Caligo, os guardiões devoravam um rebanho de ovelhas que haviam se perdido de seu pastor.

Suas preces me torturavam, elas gritavam e faziam sons estranhos antes de morrerem. Em suas bocas elas não eram mastigadas ou rasgadas, os guardiões não fazem isso.

Eles usam suas bocas para aprisionar as vítimas e a tortura, usam a magia mais obscura e milenar da neve e sugam sua vida, a tortura o leva a morte mais dolorosa de todos os tempos.

E quando a morte chegasse ao corpo da pobre alma, dentes afiados e cobertos de sangue surgiam em suas mandíbulas e rasgavam seus corpos.

Era isso que estava acontecendo com as ovelhas, queria ajudá-las mas minha magia não é tão poderosa para derrotar os guardiões, então eu corri.

Corri e me escondi nos ventos, estava prestes a morrer de frio quando encontrei um ovelha perdida.

Ela estava entre uma pequena parede de neve e um buraco com estacas de gelo. Me aproximo dela na intenção de ajudar.

O gelo escorregadio me impedia de ficar em pé por muito tempo, então lentamente forcei minhas pernas a caminharem.

- E-ei ovelhinha, está tudo bem _ minhas mãos tremem de frio, meu corpo está gelado e uma pequena camada de gelo me cobre por inteira _ Vamos, vou nos tirar daqui.

𝐏𝐫𝐢𝐧𝐜𝐞𝐬𝐬 𝐨𝐟 𝐆𝐞𝐧𝐨𝐯𝐢𝐚  - 𝐇𝐞𝐥𝐢𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora