no time to die

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-Minha rainha, o povo está insatisfeito- disse o chefe do seu exército Vóas.

-Insatisfeitos com o que exatamente?- perguntou sentada no trono.

Assim que Hera entrou em Utópia se apossou do trono, a cidade poderia ser linda e incrível, mas as pessoas são violentas.

Anualmente acontece algo como um duelo, porem de uma forma grotesca, no qual homens eram colocados em uma arena com armas de todos os tipos.

Hera claro, não pretendia deixar isso acontecer, mas as pessoas não gostaram de saber isso.

-Querem o duelo majestade- respondeu Vóas.

-Não posso permitir tamanha brutalidade- falou com frustração por saber que talvez não tivesse opção.

-Se o povo se revoltar?- perguntou o homem.

-Se o povo se revoltar tomaremos alguma atitude, caso o contrário não haverá duelo, vamos esperar a semana até o dia do massacre- falou Hera já sentindo uma dor de cabeça começar.
•••
Hera usava roupas incomuns, o clima em Utópia era quente e as roupas da garota não eram o usual do clima ameno de Elphame.

E isso fazia com que as pessoas olhassem para ela a cada passo que dava pelas ruas, Vóas decidiu que seria uma boa ideia Hera dar um passeio, e ela concordou.

Mas esse passeio estava um tanto tédioso.

Já estavam na cidade a 5 dias, e nada de realmente interessante para uma rainha aconteceu, então Hera já estava entediada.

Mas para Vóas aquele passeio estava sendo útil, já que pode perceber a pessoa os seguindo.

Então com agilidade pegou sua lança e a lançou em direção a pessoa.

A arma se fincou em um pilar ao lado do homem o fazendo parar abruptamente, e Hera claro ficou assustada com o que aconteceu.

O homem então olhou para ela, fazendo com que seu coração errasse as batidas.

Ela não gostava realmente de Javier, mas não podia negar que ele era atraente.

-Javier- falou baixo porém audível.

-Princesa- respondeu.

Vóas foi até ele e puxou sua lança brutalmente, voltando para o lado de Hera.

-Vóas, pegue ele e leve para a torre, o prepare para um interrogatório- disse se virando em direção a torre e voltando de seu passeio.

Ela sabia que Rose poderia até não ser mandada pelo rei, mas Javier era, e ela não permitiria ser arruinada.

Então andou até chegar na torre, e foi para a sala do trono, onde ficou sentada esperando Vóas entrar com Javier.

Os dois entraram, o moreno segurando o príncipe qque agora tinha correntes em suas mãos.

-George o mandou?- perguntou a garota.

-Eu me ofereci, achei que seria mais proveitoso eu mesmo mandar as informações para ele- respondeu atiçando a rainha.

-Da última vez que nos vimos você me ajudou a fugir, o que mudou?- perguntou ainda com uma postura inabalável.

-Agora preciso que ganhe, não que fuja- respondeu, e isso a desestabilizou levemente, já que olhando por outro ângulo ela esteve fugindo por três meses.

-Então decide mandar informações sobre mim para seu irmão?- disse.

-Só assim posso decidir o que ele sabe e não sabe- disse a deixando intrigada.

-E o que ele sabe?- perguntou se desencostando do trono.

-Que esta no comando de uma cidade, e que tem um exército.

-E o que ele não sabe?

-A idade ou tamanho de seu dragão, a quantidade de homens que tem, e que está com o exército dos Surrey.- respondeu deixando-a aliviada.

-Bom, não vejo motivo para...- e então foi interrompida por um estrondo indicando uma invasão.

A sala se encheu de guardas, todos ao redor de Hera. Javier foi levado para seu lado e olhava atônito para o que estava acontecendo.

Cerca de 30 minutos depois um dos guardas entra pelas porta, há sangue em seu corpo, mas ele não parece ferido.

-Um motim majestade, perdemos vários homens, sinto muito em a contrariar, mas eles não vão parar, as ruas estão lotadas- disse o guarda.

Então em cerca de milésimos Hera decidiu o que havia de ser feito.

Ela então se levantou e foi até os corredores da torre, havia uma trombeta gigante virada para uma janela.

Era costume tocá-la para indicar o começo do torneio, então Hera o fez.

Ela tocou a trombeta o mais forte possível, e assim que o eco do som cessou ela pode ouvir o completo silêncio na cidade.

A luta havia acabado e não havia mais uma rebelião.

Então faltando um dia para o torneio Hera se amaldiçoou por ter de chegar a esse ponto.

No dia do torneio Hera estava sentada em uma cadeira dentro da arena, ao seu lado estava Javier ainda como prisioneiro, e Vóas do outro lado.

Os homens começaram a serem colocados lá dentro, as lutas eram brutais, e só acabava com um morto.

E isso se estendeu por longas 2 horas, quando então foi ouvido um grito alto seguido de mais e mais gritos.

A rebelião não havia acabado, Hera não sabia mais o que fazer, seus guardas tentavam conter, mas surgia cada vez mais rebeldes.

Ela foi levada para o meio da arena onde ficaria segura, mais isso foi se tornado inútil já que os rebeldes conseguiam passar pelo meio da multidão até a arena.

E sem saber como fugir o som alto e estridente foi ouvido.

Hera não via Balerion a um mês, após se estabelecer na torre o dragão sumiu.

Mas agora ele havia voltado, e ele estava ainda maior.

Sua coloração havia escurecido mais o deixando completamente negro, e assim que Balerion pousou na arena Hera deduziu que seu dragão tinha 90 metros de altura.

Ele fez todos se afastarem, e Javier do outro lado estava em choque demais para  expressar qualquer coisa.

Ele não imaginava o quão grande aquele dragão poderia estar, era assustador e incrivel ao mesmo tempo.

E ali foi sua confirmação, Hera não tinha intenção de perder, e ele sabia que ela seria capaz de queimar Elphame se necessário.

Então ele viu a garota indo em direção ao gigantesco animal e enfim subindo nele pelas asas.

E assim que estava posicionada Balerion levantou voo, a maioria dos rebeldes estavam dentro da arena agora rodeados pelos guardas de Hera.

Que iam se afastando cada vez mais, sempre com Javier ao seu encalço.

Que quando estavam longe o suficiente foi possível ouvir a voz da rainha.

-Énkavma- e então um som antes do fogo.

E assim que o dragão cessou a pueira dos corpos carbonizados sobrevoou a arena.

E toda a cidade ali presente se ajoelhou perante Hera