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Hera acordou em um lugar que não conhecia, seu corpo inteiro doía e estava morrendo de sede.

-Epitélous xýpnise (enfim acordou)- disse uma mulher entrando no cômodo.

-dipsáo (estou com sede)- falou Hera.

A mulher então pegou um copo com água e a entregou.

-O vasiliás pou ti vlépei (o rei quer vê-la)- falou a mulher logo saindo do quarto.

O homem então entrou parando de frente para a garota.

-Quantos anos tem?- perguntou se sentando.

-Dezoito- falou simples, não se sentia forte suficiente para grandes diálogos.

-Você não parece ser treinada o que me impressiona foi ter sobrevivido, mas como disse lhe devo um exército, porém não será isso que vou lhe dar- disse indo novamente até a porta.

-Eu quase morri e você me nega o que prometeu?- perguntou indignada.

-Não- falou voltando para seu lugar só que com um homem o acompanhando- vou apenas reduzir o acordo, não lhe darei um exército e sim uma tropa, o que já é bom suficiente para quem estava morrendo no meio do nada, aliás,  vai ficar com umas marcas bem feias- terminou se levantando e saindo.

O homem se apresentou como chefe da tropa que acompanharia Hera, e saiu assim que acabou sua apresentação.

Então ela ficou ali, pensando nas marcas que ficaria em seu corpo, ou pior, na tropa que levaria consigo.

Não era nada, mas era algo.

Hera com o tempo foi melhorando, uma semana e suas costas e parte da barriga já estavam melhores, o que a fez se apressar para sair daquele lugar.

A tropa já havia sido organizada e Hera também consegiu um cavalo.

E assim que tudo estava acertado eles partiram, ela havia recebido instruções de qual lado ficava Elphame e qual lado dava para o mais longe possível.

E foi exatamente para lá que ela foi com os soldados atrás de si.

Ela podia contar pelo menos uns dois mil homens, aquele povo poderia até serem selvagens, mas tinham um grande numero de soldados, e dois mil não era nada para eles, mas concerteza era algo para ela.

Enquanto Hera cavalgava para o mais longe de Elphame, o rei George se trancava o mais dentro possível de Elphame.

A nova rainha, Rose Melton, estava tendo problemas ja que o homem não sentia nem um pingo de amor por ela, o que a deixava frustrada e acabava por deixar o rei frustrado.

Ainda mais com a grande fuga.

-Acalme-se irmão, vamos encontrá-la e dar a ela o futuro que merece- disse Javier.

-Não me pessa para ter calma, ela tem um dragão, se não descobrirmos como matar aquela coisa estamos arruinados- falou quase jogando sua cadeira no principe.

-Então descubra como o matar- falou Javier saindo da sala.

George ficou só com seus pensamentos, até que chamou Erin.

Erin era o chefe de armas do reino, ele produzia espadas, adagas, flechas, etc.

-Me chamou Vossa Magestade?- perguntou o homem se curvando.

-Me responda Erin, o que mataria um dragão?- perguntou George.

-Algo grante Majestade, algo como um canhão, talvez maior- respondeu Erin.

-Já temos algo parecido?- George estava empenhado no trabalho de destruir aquele dragão.

-Que tenha matado um dragão não Majestade, nunca foi registrado o assassinato de um dragão- respondeu deixando o rei pensativo.

Se nada até agora havia matado um dragão, o que garantia que sua ideia funcionaria? Mas ele não ia desistir, não até ter o risco de perder o trono fora do jogo.

-Então faça uma arma Erin, quero a maior arma já feita- disse, o homem então se retirou do local rapidamente deixando somente George e seus guardas.

O rei se levantou e foi para seus aposentos, onde encontrou sua esposa Rose.

-Meu rei, como foi a reunião com o ferreiro?- perguntou a mulher indo até George.

-Erin me fará algo grande Rose, algo que matará aquela criatura de uma vez por todas, e eu reinarei até meus últimos dias- disse sentindo as mãos da garota encostarem em suas costas apertando levemente.

-Nós reinaremos- falou Rose depositando um beijo no ombro do rei.

Ele então se desvencilou a deixando parada do meio do quarto.

-Você não é uma rainha legítima Rose, ao menos é da realeza, estou com você por estabilidade, preciso de aliados e sua familia tem um bom plano de guerra, mas jamais diga que reinaremos juntos porque está profundamente errada.- disse George.

-Pode até ser, mas você se casou comigo, não pense por nem um minuto que isso irá mudar George- falou chegando perto dele com o dedo apontado.

-Nunca mais levante a voz para mim Rose, você não passa de uma vadia- falou segurando o braço da moça e a jogando na cama- agora faça o seu papel de "rainha".

O tom sarcástico em sua voz a deixou assustada tanto quanto chateada.

O que piorou a situação foi quando ele subiu em cima de si e a fez transar com ele.

Então Rose decidiu tomar uma decisão para sua própria segurança.

Naquela noite Hera acordou com um barulho alto, mas do que jamais ouviu.

A escuridão do deserto assolava o acampamento, mas a pequena luz da lua iluminava o lugar, então ela se perguntou "onde foi parar a lua?".

E a resposta é que estava no mesmo lugar de antes, porém agora tampada por um grande dragão.

Faziam semanas que Hera não via Balerion, e não imaginava que ele estivesse tão grande.

Hera estimou 32 metros, o dragão passou por si lentamente e logo pousou no chão a sua frente.

-Ai esta você- falou baixo se aproximando de Balerion.

O dragão rugiu fazendo Hera parar, mas logo a deixou terminar de se aproximar.

O rugido foi alto suficiente para acordar todo o acampamento.

Os homens não paravam de murmurar a respeito da grande criatura, estavam impressionados e com medo.

Mas Hera não se mostrou nem um pouco temerosa quando tocou a face de Balerion.

Sua mão parecia nada com o tamanho da cabeça do animal, e o fato de não demonstrar medo fez com que cada homem ali presente se ficasse fascinado.

Então ele abaixou o pescoço a permitindo subir em si, e assim que Hera olhou para seus soldados viu um por um se ajoelhando e a reverenciando, e então ali ela soube que seu reinado tinha começado.





no time to dieWhere stories live. Discover now