Capítulo- 06

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Dedico este capítulo à: 

@Karoline_ax, leitora que sempre me acompanha e que também é uma excelente escritora. Seus escritos são cheios de sensibilidade e reflexão.

AnapaulaUrbani, que escreve maravilhosos contos fantásticos.


Alexa parou na calçada, olhou ao redor e entrou no prédio velho. Espirrou várias vezes enquanto estava dentro do elevador empoeirado e respirou aliviada assim que saltou no corredor do quinto andar. Empurrou a primeira porta e entrou. O espaço era pequeno e abafado, porque o ar-condicionado não funcionava.

Tocou um sininho que havia na primeira sala e logo em seguida o detetive surgiu na segunda porta. Roberto De Sica era um homem na faixa dos cinquenta e poucos anos, alto e corpulento, com a barba sempre por fazer. Quando o filho dela desapareceu, Alexa não pôde ir à polícia. Iriam fazer muitas perguntas, colocar a foto dela e do filho nos jornais e os seus perseguidores viriam no seu encalço. Então optou em contratar um detetive, alguém que fosse discreto e que não estivesse relacionado com a polícia.

Descobriu que Roberto era um profissional muito bom, porém foi afastado da polícia porque não conseguia controlar a ingestão de álcool, no entanto, desde que o contratara nenhuma pista surgiu. E naquele momento estava ali no escritório do detetive porque ele a chamara dizendo ter novidades.

Roberto lhe mostrou fotos de algumas crianças que estavam desaparecidas e que haviam sido encontradas. Por um momento a esperança surgiu de dentro dela com a força de uma avalanche e Alexa se animou, mas percebeu em seguida que no meio daqueles rostinhos inocentes não estava o rosto do seu filho.

Levantou e foi para a janela. Olhava a rua lá embaixo sentindo vontade de gritar, extravasar seu desespero por ainda continuar no mesmo ponto de partida. Não recebera aviso algum do sequestrador, nem pedido de resgate, nem chantagem. Ela nem sabia ao certo de quem deveria se esconder já que Paolo estava morto. Provavelmente havia alguém à espreita buscando o momento certo para atacá-la, mas não podia fugir, não antes de resgatar o filho.

E agora, estava à mercê de um desconhecido que dizia ter uma pista do sequestrador. Como saber se poderia confiar em Dylan Damon? Como descobrir se havia verdade nas suas palavras? No entanto, qualquer coisa era melhor do que aquele silêncio tenebroso e devastador que a consumia diariamente.

Quando saiu do escritório do detetive havia tomado uma decisão; queria ter o filho de volta e não importava como.

Chamou um táxi e não percebeu que na calçada havia alguém usando uma capa de chuva, fingindo ler um jornal e que a observava atentamente.

***

A chuva fina caía lá fora. O livro largado sobre a cama indicava que ela não estava em um bom momento para a leitura. Alexa colocou a testa na janela e viajou no passado se lembrando de como tudo havia começado.

***

— Hoje você vai conhecer o Paolo.

Simona falou enquanto fazia cachinhos com o dedo no cabelo ondulado de Ravena que estava deitada no seu colo.

— O cientista que seu pai arranjou para ser o seu marido? — Ravena perguntou debochando.

— Sim. E sabe de uma coisa: eu descobri que estou apaixonada pelos olhos azuis dele.

Ravena levantou de um salto e encarou a amiga.

— Eu estou louca por ele! — Simona confessou.

— Fala sério! — Ravena colocou as mãos na cintura.

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