Capítulo- 05

46 12 90
                                    



Alexa abriu a porta do seu apartamento e acendeu a luz. Empalideceu e deu um grito de horror quando viu o homem do bar sentado no sofá da sala de estar. Depois do susto ela simplesmente congelou.

— Senta, por favor! — a voz do homem era baixa, porém autoritária.

Ela não viu outra saída, senão obedecer. Sentou de frente para ele, sempre o observando. O homem estava sentado um pouco curvado, com as pernas levemente afastadas, os cotovelos fincados sobre as coxas. O seu olhar cinzento não se desviava dela.

— O que você quer? — Alexa perguntou com voz insegura.

— A princípio, conversar — respondeu ele lentamente.

— E depois me matar?

Ele analisou o rosto delicado dela e deu um sorriso de canto de boca, mas não respondeu.

— Não vejo outro motivo para você estar aqui agora. Não nos conhecemos, portanto, não temos nada em comum — ela comentou, nervosa.

— Você não me conhece, mas eu a conheço — fez uma pequena pausa. — Alexa Jones não é o seu nome verdadeiro.

Naquele momento Alexa começou a respirar com dificuldade sentindo um embrulho estranho no estômago. Fora descoberta. Estava perdida.

O homem prosseguiu:

— Sei muito bem quem você é, Ravena Ercolani.

Ela transpirava e tremia, incapaz de pôr em ordem os seus pensamentos caóticos. Olhou vagamente ao redor de si, procurando ganhar tempo, buscando algo para dizer, mas àquela altura não adiantava mais continuar mentindo. Então se virou bruscamente para ele e indagou:

— O que quer de mim?

— Quero ajudá-la a encontrar o seu filho.

— Por quê?

— Ao contrário do que você pensa, nós dois temos sim alguma coisa em comum.

Alexa calou-se. Dylan Damon endireitou o corpo e fixou nela um olhar intenso.

— Há alguns dias em Sunset Beach uma casa foi incendiada e uma mulher morreu, não por causa das queimaduras, mas pelas nove facadas recebidas no pescoço.

Alexa passou as mãos pelos braços um pouco arrepiada e o olhou interrogativamente.

— Bem... acontece que eu conhecia essa mulher porque já fui seu inquilino — Dylan Damon declarou lentamente.

— Sinto muito — ela falou com voz fraca.

Dylan Damon prosseguiu:

— Lina era viúva e alugava quartos.

— Eu lamento pelo que aconteceu, mas o que isso tudo tem a ver comigo ou com o meu filho?

Ele continuou como se não tivesse escutado a pergunta dela.

— Depois do incêndio eu estive lá, fiz algumas perguntas aos vizinhos e um deles me disse que naquele período Lina só tinha um inquilino em casa e que esse homem estava com uma criança, um menino entre quatro e cinco anos, mais ou menos.

Alexa pôs-se impulsivamente em pé, a tremer.

— Esse assassino pode ser o sequestrador do meu filho? — perguntou, esperançosa.

— Provavelmente.

Sentiu-se ligeiramente tonta e voltou a sentar com um suor frio escorrendo pelo rosto.

Cobaia 52जहाँ कहानियाँ रहती हैं। अभी खोजें