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                          ❤️‍🔥Nate Morgan❤️‍🔥

O senhor Camilo disse que ficar no hotel seria mais seguro, só não disse que eu ia ser um tipo de prisioneiro.

Tem um imbecil lá fora que disse que são ordens do chefe dele eu ficar aqui e não por o pé para fora.  Minha vida já não era muito fácil, mas agora...

Muita dor de cabeça, só me fodo nessa vida .

Estou aqui a  5 dias já. Noah veio me visitar e foi muito bom matar o tempo com ele e a Melissa.

A senhora Camilo também veio aqui ter certeza que estou bem.

Acho que ela sente de que de algum jeito eu ajudei a Manu de verdade e por isso quer cuidar de mim.

Bom, a 9 dias atrás a garota levou um tiro e quase morreu.

Acho que é uma imagem que nunca vou esquecer, todo aquele sangue...

Eu acho que devia ter pensado melhor, ter planejado algo menos arriscado.

A maluca chegou até a pular de uma janela e tirar o ombro do lugar.

Respiro aliviado quando batem na porta do quarto. Até sair para comer eu não posso, preciso pedir serviço de quarto .

Não nasci para ficar trancado, se isso não acabar logo eu vou acabar enlouquecendo.

Abro a porta esperando dar de cara com a Anne trazendo o hambúrguer  e refri que eu pedi.

— Você com certeza não é a Anne.

— Quem é Anne, Nathanael?

—O que você está fazendo aqui? Devia estar na porta do hospital, tá toda pálida ainda.

— Perdão manchar seus olhos com a minha péssima imagem, logo a tal Anne vem para mudar a situação- ela passa esbarrando em mim e entra no quarto de hotel.

Encaro o segurança da porta que só respira fundo e me olha como se estivesse mais perdido que eu.

Fecho a porta e observo a Manuela encarar cada cantinho da suíte.

— Gostando da estadia?

— É um quarto foda, mas eu não gosto de me sentir preso e tão só.

— Você não está só, tem o Geovan aí na frente  e sua amiga Anne, podia  se bem pior.

— Você não devia estar no hospital?

— Ganhei alta no fim da tarde, sei ser bem persistente.

— Sei. O que você está fazendo aqui? Devia ir para  a sua casa.

Manuela vira e me encara lentamente de baixo a cima.

— Estou atrapalhando algo? Quer se livrar de mim diga com todas as letras, odeio enrolação.

— O que? Não quero me livrar de você, Mimadinha. Só não gosto da ideia de você ter problemas por estar aqui, deve precisar de repouso ou sei lá.

— Estou bem, se ficar muito tempo parada vou enlouquecer.

— Estou surpreso por seu pai ter concordado em você vir me ver logo depois de ganhar alta.

— Concordado? - ela ri - Ele só teve que obedecer minha mãe para não dormir no quarto de visitas.

É bizarro que aquele homem anda por aí como se fosse o dono da cidade mas tem medo da esposa que parece a pessoa mais gentil do mundo.

— Como você está? - pergunto.

— Bem, mas vou ficar com a merda de uma cicatriz feia.- ela faz careta.

— Isso te preocupa? Tipo, a cicatriz  nem vai fazer diferença, afinal é você.

— Como assim? - ela para bem na minha frente e me encara- O que você quer dizer com isso?

— Que você é gata para caralho e não vai ser uma cicatriz que vai mudar isso .

— Você nem viu como vai ficar a cicatriz.

— Quem sabe você não me mostra de pertinho quando você estiver melhor - ela da um sorriso de lado.

— Admito que você sabe  sabe exatamente o que falar e como falar.Você deve ter algumas cicatrizes por conta da lutas.- concordo

Por conta do Blake também....

— Qual a maior?

— Tem uma no quadril, levei 12 pontos, me machuquei em casa.

Foi uma briga feia e tinha uma mesa de vidro perto.

— Deixa eu ver? Só para ter uma noção de como vai ficar a minha.

Eu... hmm...

Seguro a barra da camisa e abaixo só um pouco a calça de moletom para que ela possa ver a cicatriz.

— Hmm, é bem clarinha.

Sou completamente pego de surpresa quando ela passa a pontinha do dedo por cima da cicatriz.

O olhar dela vai do meu quadril para o meu ombro e ela logo está contornando a minha tatuagem com a ponta do dedo.

— Talvez daqui um tempo eu posso escutar o seu conselho sobre as tatuagens e fazer uma para cobrir a minha cicatriz caso ela me incomode.

O que  está acontecendo aqui?

Isso é algum tipo de teste?

O senhor Camilo tem uma câmera aqui?

— Bom, você não me parece do tipo de garota que vai se abalar por conta de uma cicatriz, é mais fácil você mostrar como se fosse um troféu " o dia que ele levei um tiro.

Ela sorri e se afasta sentando na cama.

— É você tem razão.- batidas na porta chamam nossa atenção.- Sua visita chegou, devo ir embora?

— Não. - Para a vergonha do meu amor próprio eu digo rápido até demais- Deve ser o serviço de quarto que eu eu pedi.

Me afasto e vou até a porta do quarto, ao abrir dou de cara com a ruiva.

— Oi, trouxe tudo que você pediu.- ela me entrega a sacolinha já que não foi feito aqui e sim comprado do outro lado da rua.

— Valeu, Anne. Quanto foi? - pergunto para poder pagar.

— Nada, tudo que você pedir fica na conta do quarto.

— Não gosto disso.

— Então reclame com o meu chefe- ela olha para lagoa atrás de mim- Manuela? Não sabia que você estava aqui.

— Oi, só estou de visita - nem vi a garota se aproximar...

—Claro, veio com o Miguel?

— Não, ele foi para Cambridge- olho para a mimadinha, disso eu não sabia, iniciou a faculdade.

— Há, que bom. Eu já vou, qualquer coisa é só me chamar.

Agradeço e fecho a porta.

— Está com fome? Se quiser pode ficar com o hambúrguer, não estou mais com vontade, foi passageiro.

—Não, pode comer. Eu vou para a minha casa, já está tarde.- observo ela segurar a maçaneta da porta.

— O que? Mas você nem disse o que veio fazer aqui.

— Só vim te ver, agora eu vou embora.

Me ver?

Isso é pegadinha do pai dela, né?

Que se foda!

— Fica mais um pouco...

Caos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora