15

8.8K 831 77
                                    

❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Meu pai leva minha mãe para jantar fora com uma frequência incrível. Acho muito fofo que ele faz de tudo para deixar bem evidente o quanto ama a minha mãe.

Ele levou a mamãe para fora de casa e eu arrastei o Miguel para dentro de casa. Não perdi a oportunidade de aproveitar o máximo possível já meu pai não está.

— Você vai hoje à noite só com aquele cara?

— Sim.

— Não acho uma boa ideia Manuzinha.

— O que? - sento em cima do colo dele- Você realmente acha que eu não dou conta do Nate?

— Eu sei que você dá conta dele, conheço muito bem a minha garota. - ele leva as mãos até meu quadril acariciando a região.

" minha garota"

Sou extremamente boba quando se trata do Miguel.

— Então qual o problema?

— Eu...Hmm, tenho a impressão que ele se sente atraído por você.

— O que? - pergunto espantada- O Nate afim de mim? Claro que não, ele só é um imbecil que não aceita que perdeu para mim.

— Manu você já se olhou no espelho? Estranho seria se ele não se sentisse atraído por você.

— Não acho isso.

— Sei muito bem quando alguém te olha com maldade.

— Bom, não faz diferença- dou um selinho nele- Eu sou atraída exclusivamente por você.

— Mesmo?

— Ei, a maluca ciumenta sou eu. - Me inclino beijando ele.

— E se eu for com vocês hoje?

— Não, não quero que você faça algo que não quer por minha causa. Nate é só um meio de chegar a algo, ele nunca tentou algo e se tentar eu deixo ele com olho roxo.

                                         [...]

Nate dirigiu até uma casa onde afirmou que mora um tal de Ed, esse cara vende as drogas para o Ben.

— Se o Ben não te contou, como você sabe disso?

— Eu segui ele - ele dá de ombros e eu bato na porta.

Leva longos segundos até um cara abrir a porta, ele é alto tem o cabelo até o ombro e com certeza tá muito chapado.

— Não é minha pizza - ele resmunga.

— Somos amigos de um amigo seu, estamos aqui pelo que você vende.

— Veio atrás de drogas?

Concordo e nem espero a autorização dele, já vou logo entrando na casa. Nate me segue como uma sombra, mandei o imbecil ficar no carro, só que ele não escutou.

— Ei, que folgada- Ed fecha a porta e vem atrás de mim- O que você quer comprar?

— É você que fabrica? - na realidade tenho certeza que não.

— Não fabrico, só vendo. O que você quer?

— O nome do seu fornecedor.- Viro encarando ele. Noto que Nate está me olhando estranho, ele tinha certeza que eu só queria comprar.

— Não vou te passar isso.

— Cara, eu tô pedindo com jeitinho. Não me faça ter que partir para a violência.

Ele simplesmente ri da minha cara, senta no sofá e começa a bolar um baseado.

— Você vai partir para a violência, gracinha? Ou vai mandar o grandão ali me bater? Quer drogas? Eu te vendo. Mas não vou passar o nome de ninguém.

— Vamos lá, Ed. Para mostrar que sou caridosa eu até te pago pela informação.

Estou sendo boazinha até demais, meu pai nunca faria tal proposta.

— Não vou te dizer nada.

— Tudo bem, então vou só comprar- encaro o Nate - Você pode pegar minha carteira? Ficou no seu carro.

Ele me encara desconfiado, mas concorda indo buscar.

— Escuta, Ed- me sento na poltrona de frente para o sofá dele-  Eu odeio enrolação, você não tem opção aqui, vai me dizer quem está te fornecendo a droga.

— Quem você acha que é? Não se entrega seus companheiros assim.

— Ou você me entrega ele, ou você perde tudo que tem. Se eu sair daqui sem nenhuma informação, eu vou ter que voltar amanhã para lamentar o incêndio que vai rolar na sua casa. Sabe, você tá vendendo algo que não deve em uma cidade que já tem dono.

— De que porra você tá falando?- volto a me levantar me posicionando atrás dele.

— Você duas escolhas, ou dedura o seu fornecedor ou vira um problema para quem realmente comanda a cidade.

— Caralho, você é um deles...- ele ri desacreditado.

Tiro a pequena corda que tem no meu bolso e sem pensar duas vezes passo ao redor do pescoço do Ed usando toda minha força para puxa para trás o sufocando.

— O que você acha seu merdinha? - ele começa a se debater buscando por ar- Ou você abre a boca ou vai terminar um lugar qualquer com a boca cheia de terra.  Apenas uma organização vai vender nessa cidade e está na hora de aceitar isso.

Quando escuto a porta abrir libero o Ed e guardo minha cordinha no bolso do casaco.

— Aqui sua carteira - Nate se aproxima me entregando ela.

— E então Ed?- ele me observa massageando o pescoço e tentado recupera o fôlego. Sinto o olhar do Nate sobre mim, só que ele não diz nada.

— Eu não sei quem fabrica, eu juro.  Tem um motoboy que sempre traz as coisas para mim e eu vendo.

— Como o fabricante te encontrou?

— Ele me mandou mensagem bem no início. Posso te passar o número, só que acho que ele nem utiliza mais.

— Com qual frequência o motoboy vem?

— A cada 15 dias, ele esteve aí semana passada.

— Que dia da semana que vem ele vai vir?

— Quarta, fim da noite.

— Certo.- viro as costas e saio da casa  e sinto o Nate me seguir.

— Que  merda aconteceu lá dentro, Manuela.

— Nada - ele segura meu braço e me força a parar e encará-lo

— O que aconteceu lá? Quando eu sai ele não ia dizer nada e quando voltei ele estava com o pescoço vermelho e falando tudo que você queria saber.

— Eu odeio pessoas  que já sabem o que está acontecendo e mesmo assim ficam enrolando.

- Não, porra! Eu não sei que merda está acontecendo aqui, me explica.

— Não dou aula de reforço. Mas adoro quebrar nariz que homem que toca em mim sem minha permissão. -ele respira fundo e me solta - Vai rolar a carona ou devo chamar um táxi? Tenho compromisso com o Miguel.

Vou jantar com ela já que amanhã ele vai para o ninho de cobras, a casa dos avós maternos. Aqueles velhos odeiam que eu seja o interesse amoroso do Miguel.

Se minha opinião importante os dois já estavam em uma asilo.

Mas apesar de tudo, o Miguel gosta dos avós.

Caos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora