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                          ❤️‍🔥Manuela Camilo❤️‍🔥

Meu dia de ontem foi incrível, amei cada momento dele.

Acordei muito feliz com o Miguel abraçando meu corpo, gosto tanto de ter ele por perto.

Estamos mais próximos do que nunca e logo vamos ficar mais afastados  que nunca já que ele vai para a faculdade em outro estado.

Vai ser complicado ficar indo ver o Miguel com frequência, não posso assumir o papel de meu pai se mal vou parar aqui.

Mas estou sendo positiva e acredito que vamos arrumar uma solução viável.

Hoje eu vim para a pista de corrida pronta para me estressar com o Nate já que estou devendo uma revanche para ele, só que assim que chegou o cara foi logo correr e quando ganhou a corrida sentou perto de mim para fumar, mas em momento algum começou com as gracinhas dele. Dá para sentir a tensão de longe.

Não pude evitar notar que ele está com dois machucados no rosto. Um corte na boca e outro no supercílio, o do supercílio tem um curativo em cima, só que pelo tanto de sangue que tem no curativo é óbvio que o ferimento precisa de alguns pontos.

Fiquei quieta esperando a provocação, só que ela não veio o que me deixou extremamente desconfiada.

— Vamos amanhã encontrar o cara que fornece as drogas? - ele pergunta chamando minha atenção.

— Eu vou- corrijo.

— Não sei que merda você acha que vai fazer, só que não vou deixar você bancar a maluca sozinha.

— Não preciso da sua proteção, Nate.

— Eu vou com você e isso é indiscutível.

Totalmente inútil, sou melhor que ele e posso me cuidar sozinha. Capaz de eu ainda ter que defender a honra dessa querida donzela e isso pode atrapalhar meus planos.

— O que aconteceu com a sua cara? - pergunto- Tá mais feia que o normal.

— Tá bom, vou fingir que acredito que você acha a minha cara feia- observo ele acender outro cigarro.

— Você não respondeu a minha pergunta.

— Fui lutar antes de vir pra cá , só isso.

Não acredito no que ele está dizendo. Ele é alto e tem o corpo definido, vi como ele ficou mas outras lutas. Ou chegou um novato que é muito bom de briga ou ele apanhou de mais de uma pessoa ao mesmo tempo.

Ou o menos improvável, ele deixou a pessoa bater nele, só que essa opção não faz sentido nenhum.

— Posso muito bem ir sozinha amanhã a noite.

— Que ótimo, mas eu vou junto. Eu que de certa forma te levei até esse cara e me recuso a deixar você sozinha com ele.

Que garoto insuportável.

O que ele acha que pode fazer para me manter segura? Sou treinada desde pequena e ele é só um idiota de pulmão preto.

— Isso precisa de pontos - me refiro ao corte do supercílio.- O sangue já vai começar a escorrer.

— Logo para.

— Se você for homem o suficiente para aguentar a dor dos pontos sem anestesia eu posso te ajudar.

Ele me olha desconfiado, mas quando levanto ele faz o mesmo e me segue até meu carro. Ele senta no capô do carro enquanto eu pego a caixinha de primeiro socorros.

Paro ma frente dele  tiro o curativo que está ensopado de sangue, o ferimento com certeza é bem recente.

É a primeira vez que costuro alguém desse jeito, sempre foi só treinos.

— Uns 4 pontos vai ser o suficiente.- digo após avaliar o ferimento.

— Você sabe fazer isso? Não parei ficar com uma cicatriz fodida na minha cara.

— Pior do que já é sua cara não fica, pode ter certeza -começo fazer o meu trabalho enquanto ele fica reclamando- Não vai mesmo dizer o que aconteceu?

— Nada importante- ele afasta um pouco mais as pernas para que eu possa me encaixar melhor para terminar os pontos.

— Vai me contar porquê você sabe suturar alguém?

— Se você não fala eu também não.

- Já disse que estava no clube de luta.

— Eu escutei, mas não acredito em nenhuma palavra do que você disse.

— Por que uma garota mimadinha que é filha do cara que bem dizer comanda a cidade sabe suturar alguém e faz isso como se fosse a coisa mais normal do mundo? - ele pergunta daquele jeito irritante dele .

— Faço enfermagem.- ele ri  como se eu tivesse contando a porra de uma piada.- O que foi?

— Agora quem está mentindo é você. Eu  aposto tudo que eu tenho que isso é mentira. Você tem cara de quem gosta de causar machucados, não de quem gosta de cuidar deles.

— Prontinho - digo após finalizar e dou dois tapinhas no rosto dele.

Tento me afastar mas ele segura minha cintura me mantendo no lugar.

— Você é um quebra-cabeça muito complicado, com muitas peças.

— Se você diz...

— Sabe o melhor? Eu sempre fui obcecado por quebra-cabeças- ele dá um meio sorriso.

— Você tem uma mania horrível de flertar e implicar ao mesmo tempo, acho péssimo. Para de flertar comigo, isso aqui não vai rolar.

— Hmm, já sei- ele bufa - Vai voltar a mencionar aquele garoto com quem você fica, o seu casinho.

— Sim, e o que temos é algo só nosso então não tenta se enfiar meio, Nate.- forço um sorriso- Você não é bem vindo.

— Você ia gostar se eu me enfiasse no meio?  Parece do tipo que gosta de muita atenção ao mesmo tempo.  O que acha? - ele aumenta o aperto na minha cintura.

— Você não presta- faço questão de me afastar da forma mais ríspida possível - E você com certeza não faz meu tipo.

— Claro. - ele enfia a mão no bolso da jaqueta e pega a carteira de cigarro.- O seu tipo é uma pessoa em específico, certo?

Ou está fumando ou me estressando.

— Exatamente. Tenho um tipo específico.

— Certo- ele desce do capô do meu carro - Te vejo amanhã a noite, espero que você não esteja me levando para a morte e nem para a cadeia. As duas opções são péssimas.

— Ninguém quer que você vá junto, não é bem vindo seu idiota.

Não tenho paciência para esse cara.

Caos Onde as histórias ganham vida. Descobre agora