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── Mas e aquele assuntos dos dedos, hein cerejinha? ── Perguntou Tom fumando seu cigarro

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── Mas e aquele assuntos dos dedos, hein cerejinha? ── Perguntou Tom fumando seu cigarro

── Não fiz nada com nenhuma mulher se é isso que quer saber, mas eu não aceito ser rebaixada por um cara daqueles ── respondi limpando o balcão.

── Está certa ── falou ele bafejando aquela fumaça de cigarro para longe para não pegar em mim ── Mais cedo te vi com uma cara de bunda, brigou com quem?

── Problemas....

── Tenso, mas sabe que se precisar esquecer estou aqui ── respondeu ele malicioso

── Queria era um dia de princesa, ou talvez umas férias de cinquenta anos ── brinquei lhe fazendo soltar um sorriso de canto

── Posso te dar isso se você quiser..... ── murmurou ele

── De jeito algum, eu mesma posso me dar isso

── Pode mesmo? ── me olhou o Kaulitz debochado

── Posso ── respondi firme

── Beleza ── Tom jogou seu cigarro para um canto e pegou um guardanapo ── Pode me dar uma caneta? ── pediu ele, lhe entreguei oque havia me pedido e o rapaz começou a escrever alguma coisa ── oque mais quer fazer?

── Como assim?

── Sonhos seus ou desejos, sei lá

── Comprar um carro, uma casa, roupas novas, comida boa, entrar para uma agência de danças ── conforme eu ia falando ele ia escrevendo ── viajar para bem longe e ter um cachorro e um avião...

── Só isso?

── De inicio sim ── respondi vendo ele escrever por uma ultima vez e me entregar o guardanapo ── Namorar o Tom Kaulitz? ── O encarei confusa vendo oque ele havia escrito

── Sim, agora você vai ter que fazer isso tudo ── debochou ele

── Só se eu der a bunda ── brinquei

── Cada conquista sua eu te darei uma coisa ── disse ele próximo de meu rosto

── Não quero nada seu....

── Estou te dando, não te oferecendo, não faça essa desfeita ── Provocou Tom

Era impossível ainda continuar séria depois que ele me disse isso, sua voz saiu como um som satisfatório e suas expressões fizeram meu estomago revirar. Ele era um dos homens mais bonitos que eu já vi, aquele piercing me enlouquecia em certos momentos, principalmente quando ele o mexia com a língua, ficamos ali em silêncio olhando para seus olhos que encaravam minha boca

── MOLINA! ── ouvi a voz de meu chefe e rapidamente me afastei de Tom rapidamente ── Na minha sala, agora.

Suspirei fundo olhando baixo para Tom que não pareceu entender oque estava acontecendo. Segui meu chefe até sua sala que era um escritório no segundo andar da boate, era raro de ter contato com ele e quando tinha eu fazia questão de ser mais séria possível

── Sente-se ── pediu ele e assim fiz ── Pode me responder uma pergunta?

── Posso sim.

── Está se relacionando com clientes? ── perguntou ele sério

── Não, senhor.

── Vou perguntar de novo ── suspirou ele ── você está se relacionando com clientes?

── Não, senhor ── respondi olhando em seus olhos

── E por que nas câmeras diz ao contrario?

── Acredito que o senhor está interpretando as coisas erradas....

── Sei muito bem oque estou interpretando ── respondeu ele ── aquele cara que você estava á conversar é Tom Kaulitz, um dos guitarristas mais bem pagos da atualidade e desde de que ele chegou aqui sempre vejo você saindo com ele ou ficando até mais tarde aqui no estabelecimento....justamente com a companhia dele

── Sei muito bem quem ele é, Senhor ── falei mantendo a calma ── Tom e eu viramos muito amigos desde de que nos conhecemos, mas não rola nada além disso

── E como pode me garantir isso? ── perguntou ele receoso

── Sou uma garçonete, não uma puta, Senhor ── respondi firme ── se o senhor não acredita, pergunte á ele mesmo

── Acredito que a resposta também será não, não te contratei para ficar dormindo com cada cliente de boa economia que aparecer aqui.

Não estava acreditando no que ouvi, mais um machista na minha vida. Como o dia não podia piorar pelo visto, eu perdi o resto de paciência que havia no meu corpo e quando me dei conta já não controlava mais minhas falas.

── O senhor está me acusando de algo sério, mas se eu realmente estou dormindo sugiro que cuide com oque me acusa. Homens de boa economia tem o poder o suficiente para comprar essa boate em um piscar de olhos, e isso inclui o Tom Kaulitz ── falei pacificamente ── Não aceito que meu próprio chefe me acuse de algo tão tosco quanto esse, justamente por ser mulher

── Não tem nada haver com iss-

── Ah, tem sim ── sorri debochada ── Leonardo é gay e na maioria das vezes ele fica com alguns caras no corredor do banheiro que por coincidência também tem câmeras funcionáveis, então sim, isso foi uma acusação de machista

── pode sair ── ordenou ele e eu me levantei rapidamente convencida saindo de sua sala

Voltei para aonde estava vendo Tom fumando novamente, assim que o rapaz me viu logo abriu um sorriso estendido e eu sorri de volta avisando que nada havia acontecido. Não queria mencionar que eu quase fui despedida por culpa dele, não por ele, mas por sua fama.

── já vi que deu tudo certo, Cerejinha ── falou ele

── Deu sim ── menti

── Aliás, queria falar um negócio com você ── Disse o Kaulitz se apoiando no balcão

── Sobre?

── Sobre se você quer ir comigo ver um jogo de hockey ── Propôs o mesmo

── Eu tenho que trabalhar....

── Mas é só no sábado, a banda vai também e eu queria te convidar sabe? Cavalheirismo, você disse que não gosta de macho escroto ── riu Tom

── Vou pensar ── respondi

── Tá, mas tem que me dar uma resposta até quinta-feira, Cerejinha.

── Aonde vai ser isso?

── Não muito longe daqui, vamos de manhã e voltamos á noite....

── E se suas fãs me matarem? ── perguntei receosa

── A gente já tem um esquema para isso, muitos anos de fama trazem trauma ── gargalhou ele ── Mas não se preocupa, as fãs são de menos

── Se você diz....

Ficamos conversando mais um tempo até ele ir embora, focar conversando com Tom fazia meu tempo no trabalho passar mas muitas vezes tirava minha concentração e agora que eu sabia que meu chefe ficava cuidando de mim pelas câmeras eu me sentia observada. Quando deu o horário de ir embora, peguei meu casaco e logo em seguida vi um papel grudado nele.

Carta de demissão, velho medroso do caralho.

ʀᴇᴅ ꜰʟᴀᴍᴇ |   Tom KaulitzWhere stories live. Discover now