capítulo três: líder

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Cores em néon brilhante cegaram os olhos de Nate, logo quando ele virou aquela esquina

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Cores em néon brilhante cegaram os olhos de Nate, logo quando ele virou aquela esquina. A boate que havia sido recentemente inaugurada, tinha uma pequena fila de pessoas ansiosas esperando para entrarem.

Educadamente, ele deu apenas um "boa noite" para o segurança alto e gordo que estava com as duas mãos entrelaçadas, guardando a entrada do estabelecimento. Apesar dele o reconhecer, algumas pessoas sempre ficavam confusas e raivosas com a cena de um adolescente passando na frente de uma fila inquieta. Nate tinha que aturar aquilo todos os dias e torcia pelo momento em que seu chefe lhe entregasse um uniforme para que suas noites começassem sem questionamentos. Algumas vezes ele tinha que explicar em voz alta que era apenas um funcionário.

Nathaniel tinha uma rotina básica, onde comparecia à uma escola desorganizada à mando de sua mãe – já que se fosse por sua escolha, não perderia cinco horas de sua vida em um lugar cheio de jovens mais interessados em brincarem de ser zumbis do que realmente aprender algo. Mas sua mãe o obrigava, e ainda tinha fé de que ele se tornaria algo naquele lugar superlotado e claustrofóbico que havia se tornado o seu lar. Ela tinha esperanças no sistema de Elostralia, onde ele não teria que sustentar toda a sua família sozinho.

Quando o relógio bateu às onze da noite, ele colocou seu avental castanho-avermelhado. A música alta pulsava fortemente em seus ouvidos e era muitas das vezes o principal obstáculo que o atrapalhava no atendimento. Naquela noite de quarta-feira, o movimento não estava tão agitado quanto os finais de semana. Por isso, ele podia aproveitar momentos em que não teria que lidar com clientes bêbados ou inconvenientes.

– Nate, tenho alguém para te apresentar – a voz de seu chefe anunciou, atraindo a atenção do garoto. O homem chamado Marco tinha cabelos grisalhos, uma pele envelhecida e poderia dar para ele entre 40 e 60 anos. Seus cabelos nunca estavam despenteados e por algum motivo, ele sempre usava ternos e óculos escuros. Todos os dias, como uma obsessão em sempre estar apresentável às pessoas. Mesmo que os óculos em uma boate noturna não fizessem sentido algum. Nate nunca conseguia decifrá-lo, mas também não era interessado o bastante para investigar a vida daquele que lhe deu seu emprego. – Este é o novo barman. Como o público começa a aumentar sempre que chega o fim de semana, fico feliz de conseguir manter outro novo funcionário. Seu nome é Adam Brandt. Acredito que vocês tenham a mesma idade.

O garoto estendeu sua mão, com uma expressão séria em seu rosto. Ele tinha cabelos castanhos em um corte ralo militar. Ele era mais alto que Nate, com alguns músculos aparentes debaixo da sua camiseta, que parecia estar em um tamanho errado e um pouco apertada. Igual a Nate, ele não parecia fugir da faixa etária dos seus 15 anos.

– Prazer, meu nome é Nathaniel, mas você pode me chamar de Nate – ele apertou a sua mão.

– Como a noite está calma, você terá a tarefa de treiná-lo. Ensine-o o que você sabe. Se ele passar no teste, será contratado. Eu acredito que fará um bom trabalho, Nate – seus olhos exalavam confiança em seu funcionário, e Nate sentiu uma excitação de entregar um trabalho bem-feito crescer dentro de si.

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