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Quando Calum me acordou, de uma forma um tanto bruta, eu quase vomitei no chão do quarto. Corri para o banheiro o mais rápido que pude e deixei o álcool sair do meu corpo. Depois de por tudo para fora entrei no chuveiro e tomei um banho aproveitando para escovar os dentes no chuveiro mesmo. Vesti-me com uma bermuda qualquer e fui até a sala que estava completamente destruída.

– Puta que pariu, esse povo não sabe ir a festas! – comentei comendo as torradas que Calum empurrou em minha direção.

– Haha, engraçadinho. Vamo arrumar isso logo que só de ver já tenho nojo.

Começamos a arrumar a bagunça pela cozinha, depois fomos para a sala e por fim o quintal. O resto da casa estava arrumado, já que eu e ele havíamos trancado tudo, não éramos idiotas a ponto de deixar a casa toda à mercê dessas pessoas, ainda mais quando não conhecíamos nem a metade daqueles que estiveram ali na noite anterior.

A arrumação demorou umas quatro horas e depois disso que dormi de novo. Sentia meu corpo todo dolorido e o cansaço foi maior do que tudo. Quando acordei a única coisa que vinha em minha cabeça era que eu tinha deixado Luke na mão, literalmente, já que tinha apagado em cima dele de tão bêbado que eu estava, então olhei as horas e mandei uma mensagem para ele.

Para Lukey: Onde vc tá? Me encontra na praia em 10 min.

Arrumei o cabelo correndo e fui direto para a praia. Sentei-me em um banquinho que tinha na orla. Esperei uns dois minutos e vi Luke correndo em minha direção, abri um sorriso involuntariamente e foi vendo aquele loirinho com as mãos nos joelhos, cabelos bagunçados, bochechas vermelhas por ter corrido e corpo suado que eu percebi que ele já tinha tomado conta de mim por completo. Eu gostava de Luke, até demais, afinal só nos conhecíamos a algumas semanas. Ele tinha uma magia e por mais que aquilo fosse estranho eu queria muito que ele continuasse a jogar seu feitiço em mim. Ele me fazia bem e eu gostava de estar bem.

– Chegou rápido... – falei meio abobado.

– É...

– Desculpa ter dormido ontem. – falei depois de um tempo em silencio. Eu tinha ciência de que se eu não falasse de uma vez, eu nunca falaria. Luke me olhou um pouco assustado, mas logo um sorriso pousou em seus lábios.

– Não, ia ser a minha primeira vez com um homem... Foi melhor, eu acho. – meus olhos quase saíram de órbita.

– Oh meu Deus! Sério? Nossa; ainda bem que eu dormi.

– Hei! – ri de sua tentativa de parecer indignado, mas voltei a ficar sério bem rápido, eu não ia deixar que ele pensasse que eu só queria sexo. Não agora que descobri que gosto dele.

– Luke... Eu não gostaria que a sua primeira vez fosse comigo bêbado. Tem que ser bom pra você, mas eu espero que ela seja comigo.

Ele sorriu para mim e eu quase me derreti por inteiro. Começamos a conversar sobre coisas idiotas, interesses que compartilhávamos e até discutimos um pouco sobre qual banda era melhor: All Time Low ou Fallout boys. No fim não chegamos a nenhuma conclusão, mas havíamos nos divertido. Resolvi partir para cima, o máximo que ele falaria era "não" e mesmo não querendo ser rejeitado eu falei.

– Luke?

– Hum?

– Quer ir em um encontro comigo?

– Quero.

– Ótimo, porque mesmo que você não quisesse eu iria te levar do mesmo jeito. – terminei com essa frase porque, bem, eu sou um idiota que sabe muito bem reconhecer quando está ganhando. E, claro, depois que ele disse que queria, minha confiança foi às alturas.

_________

Cheguei em casa e Calum estava esparramado no meu sofá com uma das pernas no chão e a outra sobre o encosto. Ele mandava mensagens para alguém numa rapidez quase sobre-humana, mas ele era um viciado nessa merda de celular então eu nem me impressionava mais.

– Como foi seu encontro com Luke?

– Como você sabe que eu estava com ele? – Calum olhou para mim como se dissesse "tão obvio". – E não foi um encontro. Mas vai ser amanhã.

Sorrimos os dois juntos e eu liguei a televisão colocando em algum filme idiota de comedia apenas para passar o tempo, já que prestar atenção estava difícil.

No dia seguinte eu fui ao trabalho e quase morri de ansiedade. Parecia que as horas não passavam, mas quando finalmente deu quatro da tarde, corri até meu armário e troquei de roupa. Coloquei meus skinny jeans, uma camisa preta do Green Day, minhas botas e arrumei o cabelo, coloquei um pouco de perfume e sai correndo.

Encontrei Luke perto do Shopping e quase chorei quando o vi. Ele estava perfeito como sempre. O puxei até um café, que não era onde eu trabalhava, e fizemos nossos pedidos. Depois fomos ao cinema e finalmente, meu lugar preferido no mundo todo, o salão de jogos.

Luke quase chorou de tanto rir do lugar em que eu escolhi, mas nos divertimos bastante. Claro que, como eu era um viciado em jogos, eu ganhei a maioria dos jogos e toda vez que Luke fazia beicinho por ter perdido, eu o beijava e ele sorria.

– Foi muito bom Mikey, obrigado. – ele falou quando nos despedimos.

– Nada. Que bom que gostou porque eu pretendo ter muitos encontros com você, Lukey.

Depois disso, minha cabeça não parava de reviver o meu primeiro encontro com Luke. Aquele havia o melhor encontro da minha vida e eu não queria mais ter encontro se não fosse com Luke. Merda de garoto, como ele consegue ser tão perfeito?

Eghteen, POV MichaelWhere stories live. Discover now