Capítulo 23 - Uma surtada de leve, quem nunca?

Magsimula sa umpisa
                                    

Coloco Jina com cuidado no chão e ainda sim envolvo sua cintura para garantir que não caia.

Ela está fodidamente tonta e desnorteada e isso faz meu coração congelar pra depois explodir em vários cacos de gelo.

Quero perguntar o que aconteceu... O que aquele porra fez com ela... Mas ela mal consegue se manter em pé sozinha... Imagina me responder coerentemente algo tão delicado.

Abro a porta da minha casa, com minhas mãos tremendo e minha vista escurecendo pelo excesso de esforço e então sinto minha corrente sanguínea congelar por todo o meu corpo , o sangue fugindo totalmente de meu rosto causando um enorme calafrio.

Minha casa está revirada. Completamente destruída.

- Caralho! - Exclamo.

Jina está em pé ao meu lado e agarra meu braço com força. Sinto o medo circular pelo seu corpo passando para o meu com o aperto que ela me dá.

- Heitor... - Ela sussurra em choque, em pânico.

Não sei o que dizer... Não sei o que fazer.

E se eles estiverem aqui? E se estiverem vindo pra cá? E se for uma armadilha?

E se... E se... E se...

Tantas possibilidades, nenhuma delas boas.

Eu não tenho mais nem um pingo de forças para conseguir fazer qualquer coisa. Eu não vou conseguir proteger Jina se for necessário agora e isso me causa um pânico inexplicável, incontrolável.

Agarro o pulso de Jina como se isso pudesse costurar nossas peles e nos tornar inseparáveis.

Meu coração está batendo tão forte que sinto suas batidas reverberarem por todo o meu corpo.

Minha cabeça, garganta, palma das mãos, ouvido, olhos...

Minha visão está escurecida e tenho a impressão que está piorando.

Eu não posso desmaiar agora! Eu preciso proteger Jina eu preciso ver se tem alguém aqui na casa que possa tirá-la de mim só que o meu maldito corpo não obedece mais nenhum comando meu sequer!

Não podem tirá-la de mim! Não posso deixar...

Encaro seu rosto gravando cada pedacinho dele na memória como se fosse a última vez que a verei.

- Jina... - É só o que consigo dizer antes de minha visão escurecer totalmente e não restar nem a minha consciência para me motivar a continuar lutando.

Ouço os gritos de Jina, ouço o barulho do meu corpo entrando em contato com o chão e o dela me seguindo, já que ela mal podia de manter de pé, mas não sinto mais nada depois disso.

...

- Heitor! - Ouço novamente meu nome ser chamado após um longo silêncio e escuro profundo.

- Acorda, a mamãe quer que você sugue o dedão do pé dela... - Sua voz irritante entra pelos meus ouvidos antes mesmo que eu consiga abrir meus olhos e me preparar para o que está por vir.

- Chupe, Heitor. Não vai decepcionar a mamãe, não é? - Sinto seu dedo do pé tocar minha boca com brutalidade e meus lábios rasgam com o contato de sua unha neles.

Ela fez de propósito. Porque ela gosta de me humilhar e me fazer sofrer.

Eu me recuso a abrir os lábios. Não vou me submeter mais a isso!

Você não precisa...

O que? Essa voz... Não é a voz da minha consciência... Ela não é fina nem meiga, mas é firme e sexy...

Desejo Sombrio Tahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon