O Ceo E A Roceira 3 ~ +18

16

  — Você nem os conhece!

  — É, mas a antiga Teresa conhecia. - Forcei um sorriso e voltei a beber

  — Talvez você não seja mais a antiga Teresa - falou - nunca mais.

  É, realmente é verdade. E se eu nunca me lembrar? O que eu sei é o que Christoffer me disse, mas e as entrelinhas? Os mínimos detalhes? Só Teresa sabia, pelo menos a antiga Teresa.

  O que eu sei é apenas um resumo de quem eu era e isso além de frustrante de alguma forma me aterroriza o que eu precisava agora é me descobri sozinha e me conhecer, porque estou sendo controlada não só por Francis, mas por Christoffer também.

  — Escute - Hyelin pega no meu antebraço - eu sei que precisa da sua família, se fizer o que é peço irei ajudar a recuperá-los de volta.

  Engulo um seco, bebo minha bebida e me afasto dela.

  — Não posso - dei de ombros - parte de mim sente pena de tudo que aconteceu com você a outra parte ainda pensa na antiga Teresa. Se eu acordar e me lembrar provavelmente não me perdoaria por deixá-los.

  — Teresa...

  — Tudo que sei é que minha família está em perigoso Hyelin - fixei meus olhos nos dela - se eu não fizer alguma coisa vou acabar como você, sem ninguém.

  Hyelin me olha um pouco desapontada agora. Talvez o que eu disse foi meio pesado, talvez o que eu disse foi porque já estou um pouco alterada e até meio zonza.

  — Teremos que fazer do jeito difícil então. - Ela fala e quase me caio do caseiro me desequilibrando

  — Droga... - senti minha visão meio turva - colocou algo na minha bebida.

  — Ups. - falou e tomou um gole da minha garrafa

  Sinto todo meu corpo ficar fraco, gostaria de ficar de pé, mas não tenho forças

  — Não posso dormir - falei sussurrando - bati a cabeça se eu tiver tido uma contusão...

— Pode entrar em coma. - Hyelin disse entre risos - acho que você tem sérios problemas e seu namorado terá ainda mais se não fizer o que eu quero - ele agarra meu queixo - se não fizer... Você está morta!

  Perco o equilíbrio e caio da cadeira, em meio a minha péssima visão vejo um homem enorme caminhando em minha direção e me pega no colo, consigo vê-lo, ele se parece com Hyelin, seus olhos são puxados como os dela, achei que Francia tinha matado toda a sua família, mas parece que não...

  — Leve ela para o esconderijo. Irei atrair Christoffer. - Ouço Hyelin

  — Ei - sussurro para o moço coreano

  — O que foi? Vai implorar para eu soltar você? - ele diz e com dificuldade deixo escapar um risinho baixo

  Pego seu rosto e digo as últimas palavras que consigo em seu ouvido

— Vá se ferrar! - falo e me deito em seu peito deixando o sono me consumir

  ....

Christoffer

Saio do carro indo em direção a casa onde aquela vadia pediu para me encontrar, eu sabia que não devia ter descuidado de Teresa, droga!

  Começo a esmurrar a porta até que logo ela abre.

  — Onde ela está? - invadi a casa e me deparo com dois de seus homens armados, mas nem ligo para isso, se Teresa estiver aqui eu mato todos

  — Sente-se... - ela disse atrás de mim

  — A única coisa que quero sentar é uma bala nessa sua cabeça...

  — Ei, calma! - ela ri e seus homens se aproximam de mim - não foi para isso que te chamei aqui, senta-se, agora!

  Respiro fundo e impaciente me sento.

  — Aceita um suco, um chá...

  — Não brinca comigo! - a interrompo - cadê minha esposa.

  — Relaxa, ela está bem. - Pegou o suco em cima da mesinha em sua frente - em coma, mas bem, meus médicos estão cuidando dela.

  — Ouça, Teresa tem tomado medicamentos de mais para perda de memória, fazer essa mistura pode gerar uma sequela e ela...

  — Sequela? - ela diz em tom de deboche - mais do que deixou nela? Fazendo ela perder a capacidade de engravidar para sempre?

  — Não fui eu que a empurrei!

  — Pois devia se responsabilizar um pouco mais! - endureceu a sua voz - sua família trouxe ruínas para a minha e agora eu quero vingança!

  — Procure sozinha, estou protegendo o que é meu! - me levantei

  — O que é seu está trancafiado dentro de um lugar que você desconhece por dois dias! - ela também se levantou - e ouça, se não fizer o que eu quero...

  — Não irei fazer, não até eu conseguir a família de Teresa!

  — Então ela morre. - Deu de ombros

  — Escute - me aproximo dela e seus homens de mim por isso me afasto - se eu matar Francis por sua causa e Teresa se lembrar da família dela é ela que vira atrás de você e se ela quiser ajudar para te matar eu mesmo faço.

  — Ok, já entendi, você mataria por ela. E eu mato pela vingança da minha família e olha... Sem pensar duas vezes.

  Merda. Não tenho nenhum plano agora. Não sei onde Teresa está e provavelmente não está aqui, o plano era atirar em todo mundo e sair com ela, mas preciso enrolar um pouco.

  — Ok, eu farei. - Falo - mas as coisas serão do meu jeito.

  — Então não!

  — Ou será do meu jeito ou o seu será muito pior, não sei onde está Teresa, mas não se esqueça que essa ilha é minha se você a machucar eu te mato e seu bando também.

  — Se de alguma forma eu não consegui me vingar de Francis não me importo de morrer! - cuspiu as palavras - continuo viva para honrar o nome dos meus pais e da minha família que ele arruinou!

  — Ótimo. - falei - primeiro de tudo quero que a acorde, Teresa não pode continuar dormindo se ela tiver alguma sequela eu irei explodir esse lugar.

  — O meu acordo...

  — Ouviu o que eu disse Hyelin. - A interrompi me aproximando dela ignorando o fato de os atiradores estarem apontando pra mim - acorde Teresa!

  — Ui... Eu ouvi, você é sexy quando está com raiva - entrelaçou seus braços ao redor do meu pescoço - e depois? O que terá do nosso acordo?

  Morte.

  — A sua vingança. - Falo e ela encara minha boca e logo fixa seus olhos nos meus

  — Sabe que teremos um banho de sangue se não fizer o que eu mando, não é? - sussurrou em meu ouvido

  — A única mulher que manda em mim é a minha esposa. - Falo e a empurro

  Saio da casa aos nervos pensando em um plano para conseguir Teresa. Francis segue preso o que me dá tempo de pensar em algo, se não tiver jeito terei que matar Hyelin e como ela disse, será um banho de sangue.

  Meus pensamentos são interrompidos com meu telefone tocando, perco a cabeça quando vejo quem é, estou sem nenhum ponto de paciência e preciso agir rápido.

  — Oi. - Atendo o telefone

  — Amor? - diz a voz de Lorena - cadê a nossa filha?