17 - Briga.

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Pov - Narrador.

(Este capítulo é a sequência do capítulo 16.)

O primeiro a acordar é Shinazugawa, ele fica por um tempo por de baixo das cobertas, mas decide se levantar.

Se senta no futon, olhando diretamente para o futon de Muichiro, já que o próprio não estava lá.

"Com certeza dormiu na sala com o Tanjiro e a Nezuko."

Sente uma dor de cabeça só de começar a pensar nisso, mas começou a ser necessário.

Por que ficou com tanta raiva?

Por que não tratou bem os Kamado?

Por que ficou pensando tanto nisso?

É com isso que se levanta, já irritado, sentia a veia de sua testa pulsar.

Genya saí do quarto e vai até a sala, não achava Tokito, nem os Kamado.

— Mui? - ele diz, um pouco mais alto para poder ser ouvido. - você está no banheiro?

Não á resposta, o que começa a deixar o caçador com raiva e preocupação.

— ele não podia ao menos ter me avisado que ia sair com eles?... - sussurra para si mesmo, rangendo os dentes.

Sem vestir outra roupa, Shinazugawa vai até a porta e toca na maçaneta para sair de casa á procura de Tokito, mas é interrompido pelo mesmo.

— Nya? Você acordou! - ele sorria, mas seu sorriso não era retribuído.

— aonde você estava?! - o mais alto questiona, com mais raiva do que pretendia, consequentemente, o sorriso do mais baixo some.

— no escritório, eu estava...

— por que você trata o Kamado tão bem, ein?! - o hashira é interrompido pelo caçador, que fala sem pensar.

— Genya? do que você está falando? - seus olhos azuis demonstravam um pouco de preocupação, seu rosto parecia ingênuo.

Genya olha para os papéis que estavam na mão de Muichiro, e olha depois em seu rosto, não sabia porque, mas sentia raiva.

— do que estou falando?! Estávamos dormindo e eles vieram, aí você deu total atenção e nem ligou para mim!

— é sério que está falando isso? - Muichiro amassa um pouco os papéis quando pressiona a própria mão, ele ria, de forma bem irônica - que frescura é essa, Genya?!

— eu não estou com frescura, Muichiro! Só queria saber porque você age como se fossem conhecidos! Não era você que era o tal hashira que era respeitado? - ele faz sinal de parênteses com as mãos ao dizer "hashira" e "respeitado".

— eu sou. Tanjiro e sua irmã são pessoas muito legais e me tratam bem, eu gosto de ambos.

— gosta deles, não é? E de mim? Gosta de mim?

O que Shinazugawa estava falando? Nem ele sabia, as palavras saíam desesperadas e disparadas, vinham do coração e ele não conseguia parar.

— estamos literalmente morando juntos, eu tenho que no mínimo gostar de você! Por que está sendo tão idiota?!

O maior dá um de seus sorrisos psicopatas, vai até a cozinha e pega uma maçã, junto de uma banana, leva as duas frutas para o hashira e estende-as.

— eu sou a banana, Tanjiro é a maçã. Escolha.
Muichiro também já estava com raiva, na visão dele, Genya estava sendo babaca e desnecessário.

— quer uma prova de que eu goste de você ou qualquer uma dessas suas frescuras? - ele olha Shinazugawa nos olhos quando diz - seu primeiro nome, Genya, é composto pelos kanjis que significam oculto ou escondido, e o outro, ser cheio ou inteiramente. Já seu sobrenome, Shinazugawa, tem kanjis que quando lidos juntos significam rio imortal, porém o kanji de imortal pode ser lido como morte infeliz ou desafortunada. Você faz aniversário dia sete de janeiro e seu signo é consequentemente capricórnio. - para, pegando o ar que havia perdido, mostra para Genya os papéis que tinham vários rascunhos do significado do nome que Muichiro havia procurado, Shinazugawa reparou que as mãos dele tremiam. - eu estava no escritório porque não esqueci da vez em que você disse tudo sobre mim, senti que foi injustiça e estava decorando estas informações para te dizer e te deixar feliz igual eu havia ficado.

— Mui... - a voz do mais alto já era baixa, ele sentia o arrependimento vindo.

— mas é óbvio, você se importa com o quanto gosto de Tanjiro, por mais que não seja nem comparado ao que sinto por você. - Tokito sussurra as últimas palavras, encara o maior nos olhos por mais um tempo, joga os papéis no chão e logo pega a banana, saíndo depressa de casa.

[...]

Por favor, diga que me ama! - GenmuiOnde histórias criam vida. Descubra agora