Nostroar

Capítulo 11

Quando chegamos na NYU já víamos o carro de Dryca estacionado na rua. Descendo da moto andamos para dentro da faculdade. Pego meu celular e ligo para Sam, atrás de saber onde eles estavam, já que estávamos andando pelos corredores completamente perdidos.

Corremos até a sala onde estava sendo realizado as inscrições e para minha sorte ainda dava tempo. Entre nós quatro, apenas a Dryca estava de fora, ela não queria fazer faculdade alguma.

Em algumas horas terminamos tudo, e daqui uma semana já iríamos começar a realizar nossos sonhos de vez. Foi marcado para o dia seguinte uma visitação de toda as instalações da faculdade, para conhecermos tudo e evitar atrasos.

Quando estávamos indo em direção aos veículos para irmos embora, Dryca pede para que eu e Hory fôssemos buscar nossas compras, enquanto ela voltaria para casa com Sam.

Não que houvesse muita escolha para nós, apenas concordamos e seguimos até a loja no carro. Durante o caminho observo que ele estava com um sorriso muito grande no rosto, o que era comum até certo ponto, mas não na situação atual.

— Então, me diz aí o que está acontecendo — Indago quebrando o silêncio.

— Ela me chamou de meu amor — Posso ouvir o riso de alegria saindo baixo após ele me responder.

— Sério? Caramba — Sorrio observando sua felicidade — Isso é incrível Hory, sério.

— É um começo né? Sinto que ela está começando a confiar mais em mim, mas não ao ponto de darmos mais um passo na relação.

— Acredito, você sabe que é tudo de acordo com o tempo — Ele confirma com a cabeça — Eu sei que você a ama de verdade, e sei que você não é mais a mesma pessoa de anos atrás, então acredito que mesmo que leve bastante tempo, você irá conquistar ela, e fazê-la ser a garota mais feliz e amada desse mundo.

Sei que as coisas que ele fez com ela podem ter sido o motivo da desconfiança, dá mágoa e até alguns traumas. Mas sei que Hory é uma pessoa extremamente diferente agora. O seu sorriso, olhos, gestos, tudo mostra que ele a ama verdadeiramente.

Já fazia anos que eu não o via tão sorridente, alegre e com boa energia. Confesso que aquilo estava até me contagiando um pouco.

— Obrigado pelo presente — Digo olhando pela janela.

— Não há de que irmão.

— Afinal irmão, de onde você tirou tudo isso? Digo, o apartamento, a boate, todo esse dinheiro...

— Se está pensando ser algo de errado, alívio sua mente agora, não é — Na verdade eu nem pensava nisso, mas ele realmente me aliviou — É algo legal, nos termos jurídicos e tals, logo mais eu irei lhe ensinar tudo, e aí irmão, poderemos ter o que desejarmos — Viro meu rosto e o observo sorrindo de ponta a ponta, até vê-lo o desfazer.

— Ou quase tudo, né?

Ele não responde, mas eu sei que ele concordava. O dinheiro poderia comprar 98% de tudo nesse mundo, mas algumas coisas não. E justamente o que ele mais queria não poderia ser comprado, e ele não faria isso mesmo se fosse possível.

Quando chegamos no shopping fazemos tudo rápido, andamos até os armários em que deixamos tudo e buscamos as coisas, e logo em seguida voltamos para o carro.

Por mais meia hora fazíamos o caminha até em casa, já estava quase anoitecendo e meu corpo ainda estava repleto de energia e disposição. Hory me pergunta se um churrasco cairia bem para nossa noite, e a resposta não poderia ser diferente.

Carne, bebida, jogos, risadas e um bom ambiente. Isso realmente era tudo o que eu precisava para viver bem durante minha vida.

Quando chegamos no estacionamento, começamos a levar cada sacola para dentro do elevador, para subirmos com tudo de uma vez só.