cisne negro

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Há tempos
Estirado na superfície,
Olho para o fundo
Perdido no labirinto de mim mesmo,
Tão escuro, entrelaçado à medos
Agarro-me a alguém
que desconheço.

Essa escuridão,
Quase tão eloquente
Como a em seus olhos
É de uma beleza rara e dissimulada,
Afoga em mim
Todos os segredos sórdidos
Que ninguém ousou dizer...

E teus encantos,
A deslizar pelos cantos,
Serpenteiam a espreitar;
Guiados pela escuridão da correnteza,
Embalada por mentiras
Alegre, a dançar;
Te vejo distante, bailando em pensamentos,
Como uma criança brincando nas ondas do mar.

Será que no fim,
Eu era o único perdido,
Fugindo das ondas,
Sempre com medo de me afogar?

p͟r͟o͟c͟u͟r͟a͟-͟s͟e͟Where stories live. Discover now