☼ Capítulo vinte e dois

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Jeon Jungkook.

2 semanas depois.

Faz duas semanas que sou o cara mais sortudo do mundo. Esse é o tempo que eu namoro o Jimin.

Foram semanas tranquilas. Trabalhei pra cacete, mas vi o meu loirinho quase todos os dias. Dormimos juntos no apartamento dele, algumas vezes. Em outras, ele foi dormir lá em casa.

Também houve dias em que eu jogava pedrinhas na janela dele, na mansão dos Park, filhos da puta, só pra entrar escondido e dormir agarrado com ele. Trabalhei esses dias com a motivação de que, de noite, nem que fosse por algumas horas, eu veria ele.

É sábado, dia da festa de aniversário do Jin. Tô sentindo que não vou ficar bem nessa festa, mas eu vou de qualquer jeito, né? Os moleques também vão, e o Jin me meteria a porrada se eu não fosse.

É um festão daqueles que servem frios de entrada, coisa de gente rica. Então eu não posso ir com a camisa do Mengão, meu manto, meu terno. Por isso, e por outro motivo pior, me arrumei de um jeito que nem dá pra saber quem sou eu. Calça e blusa social, tipo advogado. Jimin me emprestou tudo, eu que não ia gastar dinheiro com isso!

E o outro motivo pior... Os pais do Jin convidaram alguns amigos para a festa de aniversário do filho. Inclusive os Park.

Tô com o cu na mão. O Jimin vai me apresentar como namorado dele e já tô esperando pra ser xingado, mas que se foda. É a festa do Jin e o Jimin é adulto, não precisa de aprovação de ninguém pra namorar com quem quiser. Além de que eu não sou nada do que eles falam.

— Ué, pediu em namoro esses dias e já vai casar? — minha mãe pergunta quando eu chego na sala e ela tá vendo novela. Dou risada.

— Vou ir numa festa que só vai ter riquinho, tá ligado? Tive que me arrumar assim — explico, abrindo os braços.

A roupa tá de advogado, mas meu corte na régua e os risquinhos na sobrancelha entregam que de advogado eu não tenho nada.

— Não vão te destratar lá, meu filho? — pergunta, preocupada. — Sabe como esse pessoal é.

— Espero que não, dona Vera. Tô indo com essa roupa pra evitar isso. — Meu celular vibra e eu olho a tela, vendo uma notificação do Jimin dizendo que já chegou. — Meu loiro tá lá fora já.

— Vai lá, meu filho. Daqui a pouco eu vou dormir na tua vó pra gente ir pra feira amanhã cedo, só tô esperando a novela acabar!

Eu vou até ela e me inclino no sofá, dando beijo na bochecha e pedindo a bênção. Saio de casa e vejo o Corolla do Jimin parado em frente ao meu portão. Tá de noite e hoje nem tá tão calor, mas também não tá frio. Atravesso o quintal brigando com o Manuel e com o Paçoca pra pararem de pular em mim, porque iam me encher de pelo.

O Jimin tá sorrindo, olhando pra mim com o cotovelo apoiado na janela do carro e o dedo indicador dobrado na boca, entre os dentes.

Mais uma vez: Obrigado Deus por ser fiel o tempo todo e me presentear com essa beldade.

Sorrio pra ele, entro no carro e me sento no banco do carona, sentindo o perfume de grife espalhado pelo carro todo. Olho pra ele de cima a baixo antes de falar qualquer coisa.

Garoto de Ipanema - PJM + JJK (em revisão)Where stories live. Discover now