Vinte e nove

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O dia estava lindo lá fora, e eu, estava animadíssima para passar um dia inteiro com Rodolffo nesse paraíso. Da varanda do quarto, conseguia ver as águas cristalinas do mar, e senti muita vontade de fazer um passeio de barco.

Vesti uma saia longa de crochê na cor creme, e um cropped marrom, frente única de pedrarias, nos pés coloquei uma rasteirinha, e já estava com os cabelos arrumados e uma maquiagem leve.

- Que saudade de ter vinte e um anos

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- Que saudade de ter vinte e um anos. – Rodolffo falou atrás de mim e eu me virei para olhá-lo.

Usava uma bermuda de linho branca e uma camisa azul clara de mangas curtas e botões, com os três primeiros aberto, deixando parte do seu peitoral a mostra, além de um mocassim azul.

- Você linda desse jeito, enquanto eu estou com tantas olheiras que pareço um zumbi. – ele concluiu o pensamento e eu dei risada.

- Deixa de história, você está lindo. – me aproximei dele e dei um beijo em seus lábios. – Mas prometo te deixar dormir essa noite. – prometi e ele riu.

- Vamos tomar café, linda.

Antes de sairmos do quarto, o vi pegar o notebook da mala, e olhei incrédula para ele.

- Onde pensa que vai com isso? – perguntei cruzando os braços e ele me olhou culpado.

- Eu só preciso responder uns e-mails e rever alguns contratos, prometo que vai ser rápido.

- Amor, é nossa viagem. – protestei fazendo bico.

- Não faz essa carinha, é rápido amor. Consigo fazer tudo antes de terminarmos nosso café, eu prometo.

- Tá bom. – suspirei, meio contrariada por ele trabalhar, quando deveríamos estar curtindo.

Saímos de mãos dadas do quarto, e quando chegamos no lado de fora, fiquei ainda mais apaixonada com a paisagem. Seguimos até a mesa onde serviriam o nosso café, e assim que nos sentamos, Rodolffo abriu o notebook e começou a trabalhar.

Eu ainda estava chateada por não ter toda a atenção dele, mas como ele prometeu que resolveria tudo ainda durante o café, relevei.

- Já está terminando? – perguntei, depois de terminar meu desjejum, mas ele mantinha os olhos fixos na tela a sua frente.

- Quase, só mais um pouquinho.

Suspirei e me levantei da mesa, havia uma espreguiçadeira perto de onde estávamos e me deitei ali, esperando ate que Rodolffo terminasse.

O rápido dele, se transformou em horas, e eu já me sentia frustrada de ficar ali atoa, enquanto poderíamos estar curtindo nosso dia fazendo passeios, naquele lugar tão bonito.

Voltei a me levantar, e caminhei até ele.

- Amor, já se passaram horas, vem ficar comigo. – chamei de novo e ele mal me olhou.

- Já vou.

- Rodolffo... - o chamei e ele se virou para me olhar, estava tão chateada que a minha cara não deveria estar nem um pouco boa.

- Vem aqui. – ele me puxou para sentar em seu colo e o abracei. – Já estou terminando, eu prometo.

- Você já disse isso.

- Desculpa.

Ele pediu, mas voltou a digitar algo no notebook. Aproveitei que ainda estava em seu colo, e comecei a beijar seu pescoço, e a morder sua orelha. Tentando recuperar sua atenção, e curtir pelo menos o fim da tarde com ele.

- Vem ficar comigo. – voltei a chamar.

- Não me beija assim, vou entrar em reunião agora e não posso ficar excitado.

- Reunião? – alterei um pouco meu tom de voz e me separei dele. – Que saco, Rodolffo.

- É rápido, dá uma voltinha pela praia, já encontro com você.

Nem respondi e sai de perto dele. Resolvi mesmo caminhar pela praia, o lugar era tão lindo e as águas tão claras, que mesmo com raiva dele, eu queria aproveitar. Peguei uma batida de frutas antes de ir até a praia, não era longe de onde Rodolffo estava e eu conseguia vê-lo dali.

Estava distraída, tomando o meu drink, quando vi alguém se aproximar de mim.

- Já te disseram que tem um cabelo lindo? – olhei para o lado ao ouvir a pergunta, vendo um homem jovem e moreno ao meu lado. – É difícil ver mulheres com cabelos naturais e tão lindos quanto os seus. E pelo que posso ver, não é só o cabelo que é lindo. – ele sorriu galante. – Prazer, me chamo Daniel.

- Juliette. – respondi e acenei com a cabeça.

Mal terminei de fechar a boca, e já senti as mãos de Rodolffo envolveram a minha cintura, me apertando contra o seu corpo.

- A garota está acompanhada. – ele disse firme, olhando feio na direção do Daniel.

- Desculpa, achei que ela estivesse sozinha. – assim que se desculpou, deu as costas e saiu, nos deixando sozinhos.

- Não posso te deixar um minuto sozinha, que os gaviões vêm em cima.

- Talvez não devesse me deixar sozinha então. – respondi ríspida, estava muito irritada com ele. – Nem sei porque me trouxe para esse lugar.

- Não faz isso, Ju.

- Eu vou voltar para o quarto, estou de saco cheio de não fazer nada.

Nem deixei ele responder, e sai de perto dele. Voltei para o quarto, e decidi que iria pelo menos aproveitar da piscina que ficava na varanda do nosso quarto. 

VendidaWhere stories live. Discover now