Capítulo 17

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Arriscamo-nos a perder

quando queremos ganhar demais.

Jean de La Fontaine

Pov James

Pov James.

Grace se despediu de Julie e seguiu para a área restrita da biblioteca. Nunca fui muito fã de bibliotecas, mas parece que qualquer lugar onde Grace está parece bom, certo, estranho isso né?

Ela pega o mesmo livro que estava lendo ontem no mesmo lugar que havia deixado e foi para a mesa que tem escondida entre as prateleiras.

-Será que eu já tenho os pontos necessários para saber o porque que vocês procuram sobre esse Nill?- Perguntei em um tom divertido.

Mas na realidade esse assunto me tirava o sono. Porque será que tanto ela procura por ele? Sei que são loucas mas acho que irem atrás de um feminicida é um pouco demais, até para elas.

Ela suspirou e por um momento achei que somente iria me ignorar, mas ela começa a dizer:

-Nós suspeitamos de que ele seja o assassino dos pais da Julie, no dia em que saímos escondido, acabamos nos perdendo e encontramos um senhor, ele parecia meio em transe, fora de si, chamou a Julie de Lisa, era nome da mãe dela e disse que não era para ela ficar na rua sozinha, que o Robert, nome do pai dela já tinha alertado sobre ela, porque o Nill tinha sido solto e estava procurando eles. Queremos saber se esse Nill realmente matou os pais da Julie e se sim, o porquê.

E o clima ficou pesado...

-Caramba... os pais da Julie mortos... como vocês cresceram? Nunca me contaram sobre o passado de vocês, a senhorita Wilson encontrou vocês?

-É... mais ou menos isso.-E voltou a ler.

GRR, eu queria saber sobre o passado delas, mas ela sempre corta o assunto e isso me deixa extremamente curioso, e às vezes me faz criar teorias mirabolantes sobre o assunto.

Será que ela não confia em mim? O que será que eu posso fazer para ela sentir que quero ajudar de verdade? E tive uma ideia brilhante, me levantei, peguei um livro e comecei a procurar sobre o tal Nill.

Não sei quanto tempo se passaram mas o barulho do trovão tirou a minha atenção do livro e automaticamente olhei para Grace mas ela estava sorrindo, um sorriso lindo, sincero e encantador.

Senti meu coração bater um pouco mais forte.

Não, James...

Mas esse sorriso.

-Qual o motivo desse sorriso?-Perguntei

-Eu amo a chuva, quando eu era pequena sempre que chovia eu corria para fora e ficava brincando e dançando na chuva, ficava 3 dias doente depois, mas valia cada segundo, e quando me recuperava ia de novo... eu me sentia viva... completa.

Sorri com a ideia que eu tive.

-Então porque não vamos lá fora e tomamos um banho de chuva?

-Quem chegar por último é a mulher do padre.-E sai correndo.

Alcanço ela muito rápido e chego no final do último corredor primeiro que ela.

Não quero me gabar... mas eu até esperei um pouco.

-Acho que você é a mulher do padre.-Disse

-Dependendo do padre eu ainda saio no lucro.

Não posso dizer que não fiquei surpreso ao ouvir isso.

De Repente Princesa.Where stories live. Discover now