— Maldito Hory...

Sim, sua voz saia com o tom de furiosa, e assim eu ficava feliz em saber que não era a única com problemas com homens. Ela dá meia volta e vai na direção contraria agora, mas tudo o que havia nas vagas era uma moto esportiva.

Não me diga que... A moto é dela sim, já a vejo subir e ligando ela em sequência. Poderia ser qualquer veículo existente, poderia ser a droga de um super jato, mas não uma moto.

— Anda, sobe aí. Temos muitos lugares para ir.

— Você vai devagar? — Pergunto para garantir e já deixar claro que não gosto muito.

— Vou sim, confia em mim.

Suas palavras realmente não me passaram muita confiança, mas que escolha eu tinha? Realmente precisava de coisas novas para mim, e talvez apreciar um pouco? Esquecer o que houve antes.

Subo na moto e ponho o capacete, ouço ela falar para me segurar bastante, então rapidamente me agarro a sua cintura. O que mais temia aconteceu, ela era um motoqueira que gostava de alta velocidade, o que me fazia ter mais medo que antes.

Se bem que não era tão absurdo como quando Heyden me deixou esse trauma, ela era rápida, mas não perigosa. Em poucos minutinhos chegamos a uma loja de aparência fantástica, o tipo de loja que normalmente eu não iria.

Não gosto de falar para as pessoas as minhas reais origens, mesmo que seja algo grande no passado, hoje em dia se torna motivo de piada para mim. Quando desço da moto coloco o capacete passando por meu braço, e logo ela fica ao meu lado, olhando para a entrada comigo.

— Depois você vai me contar o que ele te fez. Tanto no apartamento como o motivo do seu trauma.

Sério, como é possível existir pessoas assim? Ela apenas me olhou, analisou e tomou decisões extremamente verdadeiras sobre mim. Isso que chamam de gênios então? Por isso ela e Hory combinam bastante, ou talvez eu esteja exagerando mesmo.

Aceno com minha cabeça, confirmado o que ela havia falado, talvez eu tenha assinado uma sessão de terapia sem saber. Começamos a entrar na loja, e os vendedores passavam minuciosamente seus olhares para mim, me analisando de cima a baixo.

Me sinto suja, ou desprovida de uma beleza real. Eu sei que sou muito acima da média aqui, mas esses olhares são capazes de destruir qualquer pessoa.

De repente sinto os olhares sumirem, e quando percebo o que havia mudado, vejo todos olhando com olhares surpresos para Dryca. Não entendi, o que ela havia feito que eu não percebi?

— Olá, boa noite seus esnobes escrotos — Fico completamente envergonhada com o que ela havia acabado de proferir — Tratem minha amiga como jamais trataram alguém antes, ela é mais importante que a vidinha medíocre de vocês.

Ok, definitivamente eu não sei o que fazer, falar ou com que cara olhar para todos agora. Tudo o que eu queria fazer era gritar com ela e entender o que foi tudo aquilo, e o motivo.

Atendentes começam a se aproximar de mim, com sorrisos no rosto e me guiando para as seções femininas. Olho para trás e vejo Dryca sorrindo e acenando para mim, até tento chamar por ela, mas minha voz não sai de forma alguma.

Por alguns minutos sou apresentada a diversos vestidos, e devo confessar que todos são incríveis, jamais havia visto roupas tão espetaculares como essas.

Um deles chama muito minha atenção, então decido experimentar ele. Fico no vestiário apenas me olhando com ele, admirando o quão lindo e perfeito ele havia ficado no meu corpo.

Ele era branco com perolado em todo seu tecido. Trançado por todo o corpo, com um mini decote na parte lateral da perna e no centro entre meus seios. Além de ser lindo, ele realçava meus seios e bunda, me deixando sexy.

Nostroar Where stories live. Discover now