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- Que demora hein, garotinha.

Ao ouvir a sua voz grave em meu ouvido, tomei um susto e quase caí no chão.

- O-oi. – Suspiro. – Eu realmente vou ficar de detenção? - Pergunto, sentindo um fio de esperança.

Ele apenas concorda com um sorriso irônico no rosto.

- Mas é claro, ou será que a pequena borboleta achou que voltaria atrás com a minha palavra?

Borboleta, é?

- Nada disso, apenas estava esperançosa para ir embora mais cedo.

- Pois tire essa esperança do seu coração, por que você vai sair tarde daqui.

Ai que inferno de professor!

- Agora vamos, não tenho muito tempo a perder - Ele me puxa até alguma sala que eu julgo ser a dele.

Uma coisa que o diretor Muzan fez muito bem foi fazer salas privadas para os professores, afinal, nunca se sabe, né?

Pois bem, se me encontrarem fazendo agachamentos na frente do professor eu com certeza vou ser expulsa da escola.

Eu não quero ser expulsa, mas não quero levar advertência.

—  Oque está esperando?

— Ah, nada – Respiro fundo e começo a fazer os agachamentos.

Pelo fato de eu ter esquecido o short, a minha saia acabou por levantar um pouco.

- 1... - ele "tenta" ajudar.

- EU ESTOU NO 10! - grito irritada.

- Conta mais alto então - encosta as costas na cadeira.

— Eu conto na mente.

Enquanto eu sofria para deixar aquela saia baixa, ele me olhava com um sorriso ladino.

Acho que ele estava gostando da minha humilhação.

Inferno.

Quando finalmente acabou eu fiquei com as pernas bambas, olhando com raiva para ele. Sempre que eu errava algo ele vinha me ajudar.

E eu acho que gostei.

Agora tenho que ir para casa pra dar comida à Kanao, e pra mim, claro.

Coitadinha de mim.

Eu perdi o ônibus, ou seja, eu vou ter que ir para casa a pé. Eu estou com vontade de matar aquele diabo (Tomioka), maldito.

Pego os meus materiais no armário e arrumo a mochila nas costas. Pesada demais.

Socorro.

Estava saindo da escola quando vejo o Tomioka entrar em um carro muito bonito. Estava tranquila, até ele me chamar.

(Sabe quando balança o dedo indicador para chamar? Pse, foi isso).

Vou até ele e pergunto o motivo do chamado.

- Por que chamou?

- Quer carona? - Ele encosta na porta do carro.

- Olha... eu quero.

- Ótimo, entra aí. – Ele rodeia o carro e abre a porta para mim.

- Nossa, cavalheiro. – Brinco.

- Tem que ser, como que eu iria conquistar uma princesa dessa sem ser cavalheiro?

Eu travei.

- Como assim?

Segredo Picante - GiyushinoWhere stories live. Discover now