Festa surpresa e vampiro confeiteiro.

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Damon definitivamente não era a pessoa mais adequada para organizar uma surpresa de aniversário, mas seu sentimento de auto-suficiência e ego avantajado, sem contar, — é claro, — do seu carinho por sua melhor amiga, o fizeram acreditar que seria moleza executar tal façanha.

Obviamente, ele precisaria de uma ajuda extra e não tinha certeza se Elena conseguiria manter a linha se soubesse de algo, mas talvez ela pudesse destraí-la enquanto ele montava tudo. Caroline nem se fala, ela provavelmente abriria sua boca gigante e deixaria escapulir, ou até mesmo tomaria a função de organizadora por si mesma e bom, tornaria uma surpresa dela para Bonnie, não de Damon para Bonnie e isso definitivamente não poderia acontecer.

Já Enzo era... o Enzo, ele provavelmente já havia esquematizado algo há meses, até os mínimos detalhes, algo que envolvesse um violão, músicas melosas e, claro, comida chique. E bom, tendo isso em vista, a única alternativa que lhe restava era pedir para que sua namorada e a Barbie vampira conseguissem manter a bruxinha o mais longe possível da mansão Salvatore.

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O barulho estridente de Shake it off vindo do celular do moreno poderia ser escutado a sete palmos do chão, em algum túmulo empoeirado e desgastado nas terras de Mystic Falls. Largando a vasilha que usava para bater chantilly, um vampirão malvado e com o rosto sujo de farinha, caminhava em direção ao som.

— Claro Bonnie, eu também acho que esse feitiço esteja perdido em algum grimório idoso e ultrapassado dessa biblioteca... — a voz de Caroline soava entediada e impaciente.

Damon, as coisas aqui estão começando a ficar surpreendentemente terríveis de tão... chatas. — Elena sussurrava e parecia ter respirado fundo após sua fala. — Ainda vai demorar muito? Sabe, Caroline está a ponto de jogar uma dessas bíblias de rinite nas nossas cabeças...

Um segundo.

Com uma careta não muito agradável, o moreno deu a volta no balcão da cozinha e foi ver o bolo que estava assando no forno que acabara de apitar. Apoiando o celular entre a orelha e o ombro, o vampiro se retorcia para equilibrar a forma quente nas mãos.

— É, acho que vocês já podem vir. — respondeu e desligou a ligação enquanto encarava o bolo de chocolate recém saído do forno, uma vasilha com chantilly e um punhado de mirtilos que estavam dispostos sobre a mesa.

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Segurando um bolo e com um chapéu colorido e em formato de cone na cabeça, o Salvatore mais velho aguardava, perto da lareira, a entrada das três melhores amigas. Balões em formato de abóboras e alguns caldeirões de papel cartão estavam espalhados pela casa que parecia decorada para o Halloween.

Em uma das poltronas da sala estava Matt, com um cilindro de confetes nas mãos, preparado para abri-lo e perto da porta, Tyler Lockwolf tinha uma das mãos perto do interruptor para acender as luzes.

Foi quando a maçaneta girou e a porta se abriu que...

— FELIZ ANIVERSÁRIO, BRUXINHA! — gritaram todos enquanto as garotas eram atacadas por papéis picados em diversos formatos diferentes.

Caminhando até Bonnie, o moreno abriu um sorriso e esticou os braços com o bolo preparado por ele mesmo para a melhor amiga. Damon fez um barulho limpando a garganta e falou.

— E aí? Eu sou ou não sou o melhor amigo que alguém poderia ter? Fiz até um bolo especialmente pra você. — levantou as sobrancelhas sem tirar o sorriso convencido do rosto.

— Uh... um vampiro? Eu adorei... é, com certeza, o meu tipo favorito de criatura sobrenatural... — disse Bonnie, olhando diretamente para Damon que apenas a instigou a falar mais — para evitar.

Então risadas foram escutadas por todo o cômodo enquanto o moreno revirava os olhos azuis e suspirava. O Salvatore mais velho esticou uma mão até a cabeça de Bonnie e fez um carinho, antes de dar um peteleco.

Feliz aniversário, Bonbon!





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