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Não quer te perder, mas não sabe te amar.
— Autor desconhecido.

-∆-

Desespero. Estou desesperado. Absolutamente desesperado.

Han está realmente tendo um colapso por minha culpa? Eu não sei se posso crer que eu sou o culpado disso, não porquê me sinto orgulho ou algo do tipo, longe disso, eu estou me sentindo mal. Eu deixei meu "semificante" em um estado de surto.

-- Meu Deus, o que eu faço? - falo quase arrancando meus cabelos.

Me sinto culpado. A culpa me corrói. Sinto dor física. Meu peito se aperta em angústia.

Eu estou decidido a nunca mais fazer isso. Nunca mais irei me intrometer e falar algo com Han. A partir de agora, eu e ele não somos mais como antes. Eu não quero mais mágoa-lo. Eu não quero mais.

Eu não gosto dele, não preciso dele para alegrar meu dia. Eu não preciso dele na minha vida. Eu minto para mim mesmo.

Acabou, eu e ele não existimos mais. Tal pensamento fez eu me afundar em lágrimas, mas eu seria forte. Não posso machuca-lo novamente.

Sou interrompido de uma sessão intensa de lágrimas com Felix me ligando.

-- Minho?

-- Sim?

-- Estava chorando?

-- Talvez, agora fale logo.

-- Jisung, ele quer te ver.

-- Não posso.

-- Minho, se você está pensando que se afastar vai fazer ele ficar menos pior eu juro que eu te castro. Você não entende o motivo de ele estar mal, eu sei disso. Você quer tentar fugir dessa situação novamente, eu sei disso também. Minho, você é um livro aberto. Ele está desesperado por perceber que você escondeu isso dele, ele está com medo de você não confiar mais nele e desistir dele. Ele está com medo de te perder, seu idiota. Se levanta do chão, veste uma roupa decente, lava esse rosto, passa um corretivo para esconder olheiras e vai encontrar o seu homem. Isso não é um pedido, isso é uma ordem.

-- Obrigado, Lix.

-- De nada, agora tira essa coxa bonita do chão e vai se arrumar.

-- Como escreve coxa? Com X ou com CH?

-- Com X energúmeno.

-- Eu e o Han sempre escrevemos errado.

-- Tá. Já á se arrumou?

-- Já estou indo, desculpa.

Ele desliga sem mais nem menos.

Me arrumo rapidamente, tenho medo de ter o Cezar arrancado pelo Felix.

Eu realmente não queria deixar o Han mal, na minha cabeça me afastar ainda era a melhor opção. Eu me sinto realmente mal com isso.

Saio de casa ainda absorto em meus pensamentos. Caminho em direção ao apartamento de Han cantarolando alguma música, talvez 505, do Artic Monkeys ou Sweet, do Cigarettes After Sex.

Ao chegar na porta de sua casa, quase dou meia volta e ando de volta para a minha. Não estava pronto para vê-lo.

Dou três batidinhas na porta, e logo sou atendido por Felix que aponta com o polegar para o quarto do Jisung. Logo após entender o recado, ando em direção ao seu quarto e bato duas vezes na porta antes de abrir a porta.

Ao entrar, sou pego de surpresa. Han me puxa para dentro, fecha a porta atrás de mim e me beija. Ele me beija diferente do que eu havia o beijado antes, era um beijo desesperado. Nossos lábios e línguas se encostavam como se estivessem em uma luta dançada, como um balé só que muito agressivo e com armas. Era um desabafo dele, ele transmitia seu desespero em seu beijo. Com o tempo a falta de ar se fez presente e nós nos afastamos.

-- Precisamos conversar. - falamos ao mesmo tempo.

-∆-

Notas: eu brinco com o perigo.

Curtinho, mas o próximo é textao.

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fototeta? - MINSUNG Where stories live. Discover now