capítulo 3, um encontro estranho.

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Capítulo 3, um encontro estranho.

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natália.

A festa de Natal abriu o apetite dos cidadãos de Granville, que hoje estão lotando a confeitaria Ana.

Bela ampliou o local, colocando não só o karaokê, mas uma lojinha de doces e artigos para festas.

Eric presenteou a esposa com a pizzaria em um local separado durante a noite, para que assim, Rodrigo possa trabalhar com mais tranquilidade e até os próprios clientes Não se confundam com os horários. Isso gerou empregos e também um aumento na conta bancária da família que parece nadar em notas.

Pela primeira vez em muito tempo, não consegui dormir devido à curiosidade e não a tristeza como geralmente acontece. Todo esse clima investigativo está me contagiando, e Só de saber que em breve terei informações a respeito de meu pai, me deixa ainda mais entusiasmada para continuar.

quem quiser roubar doces para comer aqui, aproveite agora porque o fluxo de clientes deu uma diminuída. As palavras de Isabela fazem todos os funcionários começarem a rir.

-depois a minha mãe pergunta o porquê de eu ficar espalhando que tenho a melhor patroa do mundo. Sabrina é uma moça de 17 anos, que trabalha na Confeitaria como menor aprendiz, ama o que faz e sempre elogia a bela. Não é para menos, tanto ela quanto os pais, o marido, os cunhados e os sogros são uns amores de pessoas.

-muito obrigada pelo elogio minha linda, mas eu sei que eu sou incrível, pode falar. Quase me engasgo com o cupcake de morango que estou comendo, durante todo o meu expediente eu só faço duas coisas, rir e servir as pessoas porque minha patroa nunca deixa ninguém ficar triste aqui. Com a confeitaria praticamente vazia, em pleno turno da manhã, alguns funcionários aproveitaram para ir ao banheiro, até mesmo comer algumas sobras de doces enquanto eu noto a aproximação de uma mulher. O rosto está um tanto abatido, por mais que a maquiagem exagerada tente esconder.

Os olhos Mel me analisam de forma minuciosa, enquanto me aproximo vagarosamente da mesa ao qual ela está sentada. Os cabelos, que se igualam aos olhos são lisos, estão soltos, o mais estranho nela são os olhos fixos em mim, olhos estes que parecem pintados exageradamente, como se escondesse marcas de dor tanto físicas quanto emocionais.

Sua expressão sombria muda para uma estranha satisfação, ao ler meu nome no crachá.

Procuro com meus olhos alguém que possa atendê-la, Pois ela está me parecendo bastante estranha, como não encontro ninguém não me resta outra alternativa senão cumprir o serviço para o qual eu fui colocada nessa confeitaria.

Será que eu estou vendo coisas onde não existem?. Essas investigações estão me deixando louca?.

Acho que ando assistindo séries demais em meu tempo livre, nos raros momentos em que tenho paz para assistir alguma coisa.

Me aproximo vagarosamente da mesa, despertando a mulher de seus devaneios.

É só uma mulher Natália, não é a madrasta da Cinderela e muito menos A Malévola.

-bom dia, posso ajudá-la?. Indago, notando que se trata apenas de uma mulher por volta dos seus 45 anos, um ser humano normal, ou seja, todas as minhas preocupações eram frutos de uma imaginação fértil. Tem um olhar triste?. Sim.

Não é muito boa para esconder as surras que certamente deve levar do marido dentro de casa, devido a maquiagem forte até demais?. Sim.

Está contendo Uma emoção demasiada em me ver, para uma pessoa que acabou de me conhecer?. Sim, mas nada a impede de ser uma pessoa normal.

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