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Eu havia faltado na escola para remover os pontos da minha apendicectomia.

- Número 52 por favor, compareça ao guichê C4. _ escutei a mulher dizer.

Meu número era o 54.

Crianças corriam dentro do local hospitalar, rindo e gritando.

Em quanto as mesmas corriam, elas acabam derrubando um caderno que estava em cima de uma das cadeiras do hospital no chão, O peguei e olhei ao meu redor para ver se o dono apareceria. Abri a primeira página para ver do que se tratava.

- Um diário?_Perguntei para mim mesmo.

" Tendo aceitado isso, comecei a escrever um livro para começar a conviver com a minha doença. Em primeiro lugar, a doença que eu tenho em meu pâncreas e..."

- Pâncreas? Morrer?

- Isso é meu._ um garoto de cabelos loiros um pouco mais baixo que eu disse. Me assustei no início, Pensei que ele provavelmente ficaria bravo por ter lido aquilo.

- Ficou surpreso não é? Mas não tão surpreso quanto eu!_Teria me assustado, se ele não tivesse dito isso num tom totalmente animado e com um sorriso em seu rosto. Estranho.

- Eu pensei que havia o perdido, e fiquei procurando por aí, e então encontrei você com ele!_ Disse.

- Oh, é mesmo? _ tentei fazer a melhor cara de interessado, falhando miseravelmente.

O número do placar mudou para 54. Era minha vez.

- Número 54, venha até o guichê A2.

- Aqui._O entreguei o seu diário, indo em direção a bolsa que eu havia trazido, indo busca-la para então seguir ao meu guichê.

- Você leu?_O loiro perguntou. Hyunjin apenas não respondeu - Eu o chamo de "Vivendo com a morte."_Disse.-Desde quando eu descobri a doença no meu pâncreas, eu comecei a escrevê-lo.-Você acha que eu estou brincando?-
_Diz após ter sido ignorado pelo garoto de cabelos escuros.

- Eu não tenho um senso de humor de mal gosto desse jeito.

- Meu pâncreas parou de funcionar, e em breve... irei morrer.

- Entendo._A maior velho disse desinteressado.

- O que?! Só isso? Você ouviu o que eu disse?_O loiro dizia indignado.-Normalmente, você deveria ficar surpreso ou dizer algo poético para me animar! Você não vai dizer mais nada?

- Não. De qualquer forma, preciso ir ao meu guichê._Seguiu andando.

[...]

Hyunjin andava na rua em direção a sua casa, quando viu o mesmo garoto de mais cedo encostado na parede mexendo em seu celular, que logo que reparou a presença do garoto ali, mirou seu olhar para o mesmo.

- Olha só! Que coincidência !_O loiro disse sorrindo, acenando para o mais velho.

- Sinto muito, mas não me envolva em suas coincidências._seguiu a andar para seu caminho.

Que não demorou muito para escutar passos o seguindo logo atrás dele.

- Nós já nos falamos antes, né?_O mais baixo perguntou seguindo Hyunjin._Você está sempre lendo.

Hyunjin apenas ficava em silêncio, ignorando totalmente o mais novo ali.

- Por que estava no hospital? um resfriado? Isso sempre se espalha rápido não é? _O mais novo insistia em tentar puxar assunto com o mais velho.

- Eu vou acabar perdendo o trem. Até mais. _ O maior apressou seus passos.

- Certo! Entendi! Mas espere, apenas um pouco! _ tentou alcançar os passos rápidos do maior. - Deixe-me pedir um favor antes que você se vá. _ parou ao seu lado conseguindo o acompanhar. - Quero que você mantenha minha doença em segredo, eu não contei a ninguém. Será o nosso segredo._pediu.

- Não contarei a ninguém. Não é como se eu tivesse alguém para contar. _ seguiu andando sendo acompanhado do menor.

- Entendido! Até mais! _ Correu se despedindo do mais velho.

Pensei que nunca mais iríamos nos falar novamente, mas na semana seguinte, ele se voluntariou para ser assistente da biblioteca por algum motivo.

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I WANT TO EAT YOUR PANCREAS Where stories live. Discover now