A Troca - Drarry

Capítulo 11 - Missing pieces of my skull

— Pois eu já vou. — Falou já se virando para sair.

     Não podia deixar isso acontecer, então fui mais rápido e segurei seu pulso firme o suficiente para o fazer para. 

— Não. Nós não podemos fugir mais de conversar, sabe disso.

    Seu olhar ainda não se encontrava com o meu, o que estava necessariamente me deixando angustiado. Não entendia o motivo de me evitar tanto.

— Você já viu? — Perguntou um sussurro. Franzi o cenho com a pergunta aleatória — Responda Potter.

— Vi o que? — Não entendia do que se tratava. A poucos segundos estava o fazendo não ir, agora era questionado de forma totalmente desconexa.

    Minha mão segurava seu pulso, mas Malfoy sabia que poderia se desvincular a qualquer momento. Mas não houve sequer algum movimento de se afastar, nem uma brusquidão para se separar do toque.

— Não se faça de sonso, o Weasley me contou o suficiente da sua desconfiança sobre mim. — Disse firme, olhando em meus olhos pela primeira vez que havia entrado ali.

   Ron sempre tinha que falar demais. Soube pelo seu olhar de ira do que se tratava, inconsequentemente, encarei o braço marcado, não demorando para o olhar novamente.

    Tínhamos coisas para conversar de como seguir adiante com a confusão que o universo nos meteu. E definitivamente, falar sobre Malfoy ser um comensal era uma dessas coisas.

— Vi — não tinha motivos para enrolar e dizer o óbvio — precisava tirar minhas próprias conclusões.

    Sua atitude a seguir me surpreendeu, por não esperar sentir sua mão em meu colarinho da roupa, a apertando com força enquanto me movia de uma forma rápida para encostar sobre a grade da torre.

— Invasivo de merda — Murmurou — Não era para você ter bisbilhotado meu corpo.

— Como se estar nos corpos contrários não fosse invasão o suficiente! — Rebati — Eu a veria em algum momento querendo ou não. Sabe disso.

    Ficamos nos olhando firme antes do sonserino finalmente me soltar de seu aperto, se afastando enquanto passava as mãos esfregando o rosto.

— Eu odeio você! — Disse abafado pelas mãos. Dei de ombros, pois pra quem esperava uma reação pior, eu estava no paraíso.

— Não se preocupe, já disse que é recíproco — respondi o suficiente para me escutar. 

    Nada veio em resposta ao Malfoy após isso. Na realidade, parecia que quando finalmente seu raciocínio apitou de que eu realmente sabia de seu envolvimento próximo com Voldemort, tudo parecia ter mudado.

   As mãos escorregaram do rosto, revelando sem a expressão de ódio que deveria o consumir, se encontrava um tanto opaco. Pude observar uma a mão direita apertar o antebraço esquerdo com força. O braço onde deveria está a sua marca de comensal. 

— Por que tem a marca? — Eu precisava saber. Em todos esses anos que o conheço, Malfoy nunca foi uma pessoa de extrema coragem. Na verdade, era como uma doninha medrosa.

    O imaginar ao lado de Voldemort, tão próximo ao ponto de participar em reuniões tão nebulosas, com pessoas tão perigosas, não parecia bem algo que faria. Seu pai poderia, mas Malfoy não.