Capítulo II

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Kara Zor-El *Point of View

Cheguei na fortaleza tarde e fui dormir numa câmara de energia solar, acordei renovada e o Kelex me deu aquela vitamina de novo, fui pra o laboratório e fechei os olhos, deixei minha memória motora me guiar e eu havia desenhado um projeto, mas não sabia o que era.

- Kelex? – ele veio até mim. – Pode me fazer um colar ou brinco com um pedaço dessas pedras?

- Posso fazer um relógio e colocar um pedaço pequeno dentro. – ele disse.

- Por favor. – falei. – Faça um para o Kal também.

Me sentei e fiquei observando, eu preciso resolver minha vida humana, apesar de que o Kelex disse que Kara Danvers morreu, Lucy fez isso para justificar minha ausência.

Lucy. Rao! Como eu casei com ela? E por que ela me abandonou tão rápido? Será que já acontecia antes?

- Terminei Kara. – Kelex disse. 

- Obrigada. – falei.

Coloquei o meu relógio no meu punho, peguei o do Kal e guardei dentro do bolso da jaqueta, apesar de estar com a mesma roupa, eu tomei um banho de manhã e fiz minha higiene matinal.

Voei até onde o Kal estava, era uma fazenda e eu adorei o lugar, pousei e ele veio me receber. 

- Kara? – ele falou sério.

- Antes de qualquer coisa. – falei. – Coloque esse relógio, não vai ser mais afetado pelas Kryptonitas.

- Obrigado. - ele disse e colocou o relógio. - Lucy está aqui.

- Isso é bom. - falei. - Chame ela que eu quero conversar.

Ele assentiu e eu entrei no celeiro, e sentei numa das vigas e vi a mulher entrar, ela é linda e tem um corpo maravilhoso, seus olhos verdes também são belos, mas eu não senti nada.

- Meu amor! – ela disse e veio me abraçar.

- Não me toque. – falei. – Eu já sei que só esperou seis meses.

- Kara... – eu a cortei.

- Eu posso não lembrar de você, mas não sou burra. – falei séria. – Está na cara que eu estava sendo traída a mais tempo, então não minta pra mim.

- O que você quer que eu diga? – Lucy perguntou.

- Pra começar, desde quando? – perguntei.

- Que diferença faz se você não se lembra? – ela rebateu.

- Só seja sincera, Lucy. – pedi.

Ela respirou fundo e se sentou ao meu lado.

- No começo, foi só pelo sexo. – ela disse. – Mas conforme o tempo foi passando, acabamos nos apaixonando.

- E por que não conversou comigo?- questionei. – Eu era tão ruim assim pra você?

- Muito pelo contrário. – ela falou. – Você era fofa demais, preocupada demais, certinha demais.

- E isso é ruim? O que você queria? – Questionei.

- Eu queria selvageria Kara. – Lucy disse. – Queria que você fosse mais... fosse mais...

- Humana! – eu disse e ela abaixou a cabeça. – Não que faça diferença agora, mas você poderia ter falado comigo.

- Eu errei, me perdoa. – ela pediu.

- Sinto muito Lucy. – falei. – Não dá, eu quero o divórcio, assim você pode seguir sua vida em paz.

- Não precisa do divórcio. – ela disse. – Você foi dada como morta, terá que achar outra identidade pra você.

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