O Cliente nem sempre tem razão

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Depois de reuniões com o conselho e com o exército, é claro que chegaria o momento em que Peter seria apresentado para os clientes civis.

Neste ponto, Peter só esperava que não fosse igual ao general bigodudo.

Desta vez, Tony participaria também, o que não era comum, já que ele odeia reuniões, mas ele insistiu que queria estar na primeira reunião de Peter com os clientes.

Como na reunião do conselho, o trio foi o último a chegar.

Tony dizia que era chique chegar atrasado.

Pepper dizia que quando o CEO chega, é quando a reunião começa, é uma questão de hierarquia e poder.

Honestamente, Peter achava que o casal só gostava de escutar a conversa se silenciar quando eles entravam na sala e as explicações era apenas desculpas bobas.

De toda forma, as conversas realmente se silenciaram quando eles entram. Peter sabia o que eles estavam conversando entes de entrarem, devido a super audição, mas era apenas fofocas aleatórias e perguntas de quanto tempo eles teriam que esperar desta vez.

Assim que entrou na sala se reuniões, Peter se viu, mais uma vez alvo de olhares curiosos.

E assim como das outras vezes, ele sabia quem era quem e o que esperar de cada um.

Quando os três se sentaram na mesa, Pepper ladeada pelos outros dois, uma mulher, que Peter reconheceu como Angela Ellison disse:

- Sra. Stark, Sr. Stark, é sempre um prazer vê-los. Muito embora já faça um tempo que não participa das reuniões, Sr. Stark.

Ela falava de forma respeitosa e contida, mas estava claramente curiosa sobre a presença o Tony (e do Peter) ali.

- Srta. Ellison – cumprimentou Tony – Realmente não costumo participar de reuniões, mas decidi que queria estar presente no primeiro encontro de Peter com vocês.

- Sim, vamos falar do garoto. Peter? – interrompeu um cara emburrado chamado Jeffrey Lopez – Quem é ele?

O olhar de Tony e Pepper endureceu, e os outros clientes lançaram a ele olhares de censura, mas antes que o casal pudesse responder, Peter disse:

- Meu nome é Peter Parker-Stark. Tony e Pepper me adotaram ano passado e sou o herdeiro das Industrias Stark. Mas, antes da adoção, eu fui o Estagiário Particular do Tony por anos. Pelo último ano, Pepper tem me treinado para ser o próximo CEO e agora decidiu que eu estou pronto para participar das reuniões. Isso sanou a sua dúvida de quem eu sou e o que eu estou fazendo aqui, Sr. Lopez?

O homem empalideceu, enquanto Pepper e Tony lançaram um olhar de orgulho para Peter.

- É um prazer conhece-lo, Sr. Parker-Stark. – disse uma mulher gordinha, chamada Linda Barret, que sorria simpaticamente para ele – Por favor, ignore Jeffrey, ele é um amargurado. Estou ansiosa para trabalhar com você.

Peter sorriu para ela e agradeceu, ignorando os resmungos do Lopez.

- Suponho que você já saiba quem somos, Sr. Parker-Stark? – disse um homem de aparência severa, Joshua Barr, que ao receber uma afirmação continuou – Então podemos dar seguimento aos objetivos da reunião.

- Obrigada, Sr. Barr, por nos trazer de volta ao assunto principal – disse Pepper – O novo modelo dos celulares Stark devem ficar prontos para distribuição dentro de dois meses, ainda existem alguns gadgets que precisam de testes mais aprofundados.

- Eu ainda não entendo o porquê do celular ser vendido junto com uma espécie de pulseira para ser colocada em um relógio. É mesmo necessário?

- Existe um gadget que só funcionaria perfeitamente com esse assessório – diz Peter – Se vocês quiserem, eu posso demostrar.

- Por favor – pediu Angela

Peter, então posicional o pulso com o relógio em cima da mesa e pegou o celular (normalmente ele pediria para a Karen, mas ela não era parte do modelo padrão do celular) com alguns toques na tela do aparelho, uma projeção holográfica saiu do dispositivo no relógio, exibindo a tela do celular em uma escala maior.

Ignorando as exclamações de surpresa dos clientes, Peter começou a explicar:

- Essa projeção pode funcionar para apresentar trabalhos e ajudar a organizar projetos – enquanto falava ele mexendo no próprio holograma e abriu um aplicativo com o projeto do celular, clicando em determinadas partes e ampliando-as – E, se duas pessoas tiverem o celular, elas podem realizar ligações holográficas. Isso seria um grande avanço para reuniões a distância.

E então ele fechou o aplicativo e desativou o modo holográfico. O único motivo da ligação realizado com Bruce Banner não ter sido holográfica é que eles não podem usar essa tecnologia em público ainda, para não haver riscos de vazamentos.

- Esse gadget só pode ser utilizado em sua total capacidade se o usuário tiver o dispositivo para o relógio também, apesar de ser razoável no celular.

- Isso... Isso é incrível – disse Linda, maravilhada. – Você disse que ainda precisam de testes?

- Precisamos ter certeza de que o holograma funcione, não apenas nos aplicativos já vem com o celular, mas em alguns que o usuário poderia baixar e que essa função seria útil – explica Peter.

- Essa é, provavelmente a melhor abordagem a se seguir – disse Joshua – De quem foi essa ideia?

Ele perguntou esperando que Tony dissesse que fora dele, tal genialidade...

- A ideia foi do Peter – disse Tony, claramente orgulhoso.

- Na verdade... A ideia veio do Ned – disse o rapaz, parecendo envergonhado com os elogios que os clientes (menos Jeffrey) o estavam dando – O meu melhor amigo.

- Ele pediu para você criar isso? – perguntou Angela, franzindo a testa.

- Não, não, Ned nem percebeu que me deu a ideia – Peter se apressou a dizer – Nós estávamos conversando sobre a tecnologia do universo de Star Wars e ele disse que seria legal se existisse algo como a comunicação holográfica que eles tem.

- As melhores ideias vêm dos jeitos mais improváveis – comenta Joshua, com algo que parecia aprovação na voz.

- Sim, sim, a ideia é boa e tudo mais – interrompeu Jeffrey – Mas, você disse que funciona no celular também, então não vejo porque vender o acessório para o relógio junto. Podemos lançar como produtos separados e se o usuário quiser, ele compra o dispositivo para o relógio.

- E receber várias reclamações de que a função mais esperada não funciona direito a menos que pague mais? Isso , não só não aumentaria as vendas, como daria uma avaliação negativa ao produto e teríamos prejuízos. – contradisse Peter.

- O Sr. Parker-Stark está correto – disse Joshua – Seguir a sua sugestão, Sr. Lopez, seria dar um tiro no próprio pé. – E se virando para Peter, continuou – Jeffrey Lopez é a prova viva de que o cliente nem sempre tem razão.

- Estou de acordo – disse Angela, pausando e completando – com as duas afirmações.

- Venderemos as duas peças juntas – concordou Linda.

- Com isso resolvido, passaremos para o próximo produto – disse Pepper.

O resto da reunião sem maiores complicações. Jeffrey aprendeu a ficar de boca fechada e o resto dos clientes passaram a adorar Peter, que se mostrou inteligente, educado e com uma boa cabeça para negócios. 

Peter Parker, CEO em treinamentoWhere stories live. Discover now