Contra a Parede

0 0 0
                                    

Victor e Matheus foram presos e levados para a delegacia. Um delegado chamado Leonardo começou a interrogá-los um de cada vez. Primeiro, ele questionou Victor sobre o motivo de seu envolvimento com corrupção. Victor ficou calado e Leonardo suspirou, dizendo:

"Victor, ficar em silêncio só piora a sua situação. Você e seu amigo têm muitas acusações contra vocês. Acho melhor você confessar tudo e aceitar seus crimes".                                           Victor, algemado e com a cabeça baixa, respondeu:                    

"Vocês estão me acusando de algo que eu não fiz. Mas não adianta tentar me defender, vocês são todos ignorantes que só olham para o próprio umbigo e não enxergam o quadro completo".

Leonardo ficou furioso e disse:                                                       

"Então é assim, né? Tudo bem, tragam o próximo"

Após chamar o próximo interrogado, Matheus é conduzido à sala de interrogatório pelo policial. Ele está algemado e senta-se à mesa, encarando o delegado Leonardo com firmeza.
"Matheus, por que você atirou na cara do seu melhor amigo?", questiona o delegado, sem rodeios.

Matheus respira fundo antes de responder.
"Você não iria acreditar se eu dissesse, mas eu não faria isso à toa. Eu fiz isso porque ele atacou meu amigo."
O delegado franze a testa, parecendo confuso.
"Mas você atirou em Edigar e Ícaro, as filmagens mostram claramente Edigar baleado no chão e você com a espingarda na mão apontando para o rosto de Ícaro. Claramente você atirou em Edigar e, em seguida, executou Ícaro."

Matheus parece indignado com as acusações.
"Isso é o que parece nas filmagens, mas elas não mostram toda a verdade. Se vocês tivessem procurado mais informações, teriam visto que eu agi em legítima defesa."

O delegado parece intrigado com as palavras de Matheus e decide investigar mais a fundo antes de tomar uma decisão.
Enquanto isso, Victor e Matheus são levados de volta para a cela, onde aguardam o desenrolar das investigações. Eles sabem que são inocentes, mas a situação parece cada vez mais complicada.

A noite caiu na prisão e todos os detentos já estavam dormindo. O silêncio era interrompido apenas pelo som dos roncos e dos sons da respiração dos presos. No entanto, algo estranho estava prestes a acontecer.

Um guarda de segurança, que aparentemente trabalhava no turno noturno, caminhou silenciosamente pelo corredor, até chegar à cela de Victor e Matheus. O homem parou em frente às grades, olhou para os dois e disse em voz baixa: "Eu disse a você, Matheus, que arruinaria sua vida."

Matheus, surpreso e assustado, se levantou rapidamente e se aproximou da grade, encarando o guarda. Ele reconheceu o homem, era o mesmo que havia aparecido encapuzado em frente à sua casa naquela noite sombria.

"O que você quer dizer com isso? O que você está fazendo aqui?", perguntou Matheus com uma expressão de raiva.

O guarda de segurança sorriu maliciosamente e respondeu: "Você não acha que eu vou deixar você escapar, não é mesmo? Você e seu amigo são culpados pelas acusações e não há nada que possa ser feito para salvá-los."

Matheus ficou ainda mais furioso com a resposta do guarda. "O que você quer dizer? Como você pode fazer isso? Você é um guarda de segurança, é a sua obrigação proteger os presos, não ameaçá-los."

O homem encapuzado riu novamente, agora com um ar ainda mais sinistro. "Eu faço o que quiser, e agora você está preso aqui para sempre, sem nenhuma chance de sair. E agora, adeus Matheus, tenha uma boa noite", disse o guarda, enquanto se afastava da cela.

Matheus ficou ali, perplexo, sem saber o que fazer ou como reagir. Ele sentia uma sensação estranha de impotência e medo. Ele sabia que estava nas mãos desse homem, e não havia nada que ele pudesse fazer para mudar isso.

Matheus acorda Victor com cuidado para não chamar a atenção dos outros presos. Victor ainda sonolento, pergunta o que aconteceu, e Matheus conta a conversa que teve com o guarda.

Victor fica surpreso e diz: "Não pode ser! O que aquele guarda tem a ver com tudo isso?"

Matheus responde: "Eu não sei ao certo, mas lembra daquela noite em que o Ícaro foi morto? Eu suspeitei desde o começo que os caras da máfia dele tinham alguma coisa a ver com isso. E agora que esse guarda veio falar comigo, tenho certeza que foram eles que nos incriminaram."

Victor fica pensativo por um momento e depois concorda com Matheus. "Pode ser mesmo, Matheus. Pensei que estávamos sendo enquadrados pela polícia, mas faz sentido que os caras da máfia tenham nos incriminado para se vingar pelo que fizemos com Ícaro."

Matheus assente, satisfeito que Victor tenha entendido a sua teoria. "É isso mesmo, Victor. Temos que provar a nossa inocência e mostrar que fomos usados por esses caras. E a única maneira de fazer isso é encontrar a verdadeira prova do que aconteceu naquela noite."

Victor concorda e eles começam a pensar em um plano para encontrar a prova que precisam para provar a sua inocência.

RIFT Vol.2Où les histoires vivent. Découvrez maintenant