you first (wenclair)

chapter nine - 𝔬𝔫𝔢 𝔰𝔥𝔬𝔯𝔱

[Wednesday narrando]

- Wed? - disse Enid, com a voz um pouco falha.

- Sim? - respondi, parando de beijar seu pescoço para olhar em seus olhos.

- Me faça ser sua. - deu uma breve pausa entre as palavras, visto que sua voz estava ficando ainda mais falha.

- Você quer isso mesmo?

Responde que sim com a cabeça.

- Quero ouvir sua resposta, Sinclair. Me diga, você quer isso?

- Sim. Por favor.

Voltei a depositar beijos em seu pescoço, simultaneamente que Enid explorava parte do meu corpo com suas mãos, ainda que por cima da roupa. Em seguida, volto meus lábios aos seus, unindo-os como se minha vida precisasse daquilo.
Enid desliza suas mãos para debaixo da minha blusa, fazendo cada parte do meu corpo arrepiar lentamente.
Seria loucura se eu dissesse que não quero tê-la aqui e agora.
Vagarosamente vou pendendo meus lábios em direção a seu abdômen, não deixando passar um centímetro sequer de seu corpo e, em seguida, retorno a seus lábios.
Levo minha mão até os botões de seu short.
Percebo como seu corpo está quente, como está suplicando por um único toque. Sua respiração desregulada mostra seu desejo com maior clareza.

- Addams, você ainda vai me matar. - sua voz saiu rouca.

Jamais presumi que meu sobrenome soaria tão lascivo saindo de sua boca.
Decaio meus dedos, massageando seu clitóris, à medida que suas mãos deslizam sobre meu dorso.
Por fim, a invado com meus dedos.
Não direi nada até fazer com que meus dedos amem cada pedaço de Enid.
Pouco depois, Enid se tornou uma bagunça de gemidos baixos e roucos.

- Deus...

- Shh.. Deixe-me te amar.

Seus gemidos, ainda que baixos, são como músicas, e eu amo escutá-la.
Enquanto tento fazê-la afundar em sua excitação, ela morde meu lábio, não com força, mas o suficiente para que eu notasse o quão ávida ela estava.
Seus gemidos e alguns palavrões foram abafados pelo travesseiro quando Enid, detidamente, se contorcia voltando seu rosto em direção a este.
Enfim, senti sua lubrificação molhar meus dedos.
Certamente eu precisava sentir seu gosto.
Quase de imediato, decaí meus lábios por cada parte do corpo de Enid até chegar em sua intimidade, sem retirar meus dedos. Lentamente, pus minha língua sobre seu clitóris, e esta pincela seu sexo como se fosse arte, como um quadro suplicando por uma pintura.
Observando Enid, noto sua expressão de prazer ocupando seu rosto, sincronicamente à confusão de lamúrias e respirações ofegantes.
Cada palavrão que desvencilhava de sua boca era uma indução para permanecer lhe dando tamanho êxtase.
Venerei vê-la assim, outorgando-se a mim, desfrutando cada movimento.
Retirei os dedos e movi minha língua até onde estes estavam.
Definitivamente, sentir seu gosto e poder tocá-la deveria ser um troféu. Isso, claro, sem contar com o êxito de escutá-la lamuriando meu nome.

Posteriormente, deitei-me ao seu lado novamente. Quase que iminente, senti uma pequena ardência em minhas costas. Efeito da entrega de Enid a mim.

- Caralho... - disse Enid, com a voz parcialmente ofegante.

Sorri fraco devido ao palavrão.

- O que foi? - perguntei.

- Como você consegue ser tão boa em tudo o que faz? - perguntou, se virando em minha direção.

- Eu- - minha fala foi cessada por um beijo.

Sob circunstância alguma vou me cansar de beijá-la.
Enid, você é cura para mim. Apesar de não ouvir o que penso.
Seus toques e beijos são como remédios, e me arrisco a dizer que tenho uma doença incurável.

- Wed?

- O que foi, Nid?

- Eu preciso ir. Já está tarde e devemos acordar cedo amanhã. - falei, me levantando gradativamente.

- Por que não pode ficar aqui?

- Você tem certeza?

- Sim. Durma aqui comigo.

- Não quero que fique desconfortável à noite.

- Por favor, Nid. Fique aqui ao menos essa noite.

- Está bem. - novamente deitou ao meu lado.

- Você não quer se trocar? Pode vestir um dos meus moletons.

Apenas concordou com a cabeça e sorriu timidamente.

- Aqui. - falei, entregando-lhe o moletom.

Em seguida, ela foi ao banheiro se trocar.

***

Nos deitamos novamente.

- Boa noite, Wed. - depositou um beijo rápido em meus lábios.

- Boa noite, Nid.

Não vejo a hora de tê-la dessa forma de novo.