EXPLICAÇÃO SOBRE A FIC [[novo]]

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Espero esclarecer mais com essa explicação do que com a passada.

À aproximadamente dois anos atras li um livro muito interessante à pedido do colégio, ''A Hora Da Estrela'', prontamente me encantei com tal e talvez subconcientimente tenha colocado pedaços de Macabéia em Louis, este que não se conhece plenamente [mas afinal quem o faz?] mas acha que o faz, pois as vezes o vazio tem o valor e a semelhança de um pleno e isso o confunde. Ele se questiona ''quem sou eu?'' e mentalmente responde ''Louis Willian Tomlinson, 17 anos, vivo em Doncaster'', o que não quer dizer nada.

Louis é alguem. Não o alguem, nem aquele alguem, apenas mais um. É tão tolo que sorri para os outros na rua. Ninguém lhe responde ao sorriso porque nem ao menos o olham. Ele costumava ter medo do escuro mas depois de um tempo passou a não ter mais, pois tambem tinha uma escuridão dentro de si.

Ele não era incompreendido, nem notado era. Louis passou a empurrar o que sentia por não ter com quem desabafar e depois de tanto tempo fazendo isso acabou por não sentir mais.

E ele sabia que isso era um problema.

Nos livros que lia todos sempre sentiam em algum momento, talvez aquela felicidade borbulhante quando via algum filme ou até mesmo uma tristeza incontrolavel à um termino recente, mas o sentimento sempre estava lá.

Um dia ao botar a mão em seu peito não conseguiu sentir a pulsação de seu coração ''Será que estou morto?'' ponderou, ao descer as escadar acabou por tropeçar e bater os joelhos no degrau, fazendo com que manchas arroxeadas aparecem por lá quase que imediatamente, feliz lembrou-se de quando sua professora lhe disse que pessoas mortas costumavam a ficar com manchas pretas ou até mesmo sem nenhuma delas em seu corpo.

''Então não estou morto'' Concluiu por fim, cutucando o hematoma e fazendo uma careta ao sentir a dor.

Aquilo acabou por se tornar um hábito e depois de um tempo começou a pagar para baterem nele, a fim de conseguir que alguem lhe desse mais do gosto do que era viver.

Veja, Louis não sabia que ele próprio era um suicida embora nunca lhe tivesse ocorrido de se matar. Quando a ocasião pareceu realmente plausivel e suas suspeitas foram confirmadas [não ser importante] foi feito o que tinha que ser feito.

O que posso dizer de Harry? Oh, tantos devem te-lo xingado ao longo dessa narrativa ao fato de que nada de muito errado fez. Veja, não é como se em algum momento ele tivesse quebrado o coração de Louis, ou te-lo iludido, pois de fato nada disso fez, o menor nunca chegou a sentir nada que não fosse o soco em seu rosto e chutes em seu estomago.

É de total natureza dos adolescentes serem assim: bombas.

Mudam tão rapido quanto as horas se passam, mas não deixam de ser altamente avassaladores.

Bem, parte deles.

Harry era uma bomba de pavio curto, qualquer minuscula faisca o fazia detonar de uma forma incrivel.

Louis conseguiu o acender de duas maneiras: prazer e raiva.

A primeira foi ao ver o corpo do menor, parecia o caminho para o paraiso e não fora tão dificil conseguir parte do que queira.

O segundo foi quando o menor o insultou por razão nenhuma, oras, não era como se fossem melhores amigos ou algo do tipo. Talvez Harry tivesse ido longe demais ao falar do suicidio, mas coisas pesadas assim escapam em momentos de raiva, as vezes não são necessariamente a verdade.

Agora, fica a critério do leitor decidir em sua mente: Louis realmente morreu?

Espero que tenham aproveitado

XX Marques

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