I Don't Want This Reincarnation [Novel]

14.

Capítulo 14: Portal (2)

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Mesmo que seu cabelo desgrenhado estivesse danificado devido ao tingimento frequente, foi sua cor loira que chamou minha atenção.

- Hyungnim¹, você está dormindo?

- Não.

Após esfregar meus olhos cansados, reflexivamente, endireitei meu corpo contra a cadeira atrás de uma mesa que estava cheia de documentos; parecia desarrumada à primeira vista.

- Uau, olha só você... Cuide melhor de si mesmo, Hyungnim, já que tem um rosto bonito e tal.

- Seu merdinha... Você acha que eu sou seu amigo ou algo assim? Me dê logo o que comprou.

Com minha resposta, o cara que me olhava com um beicinho estendeu o que tinha na mão.

- Faço favores, até compro café todos os dias para você... E mesmo assim, não recebo nem um "obrigado"...

- E ainda continua indo e vindo. Quer que eu te expulse?

- Ah, não foi isso que eu quis dizer!

- Um estudante que não estuda e, em vez disso, entra e sai do escritório de um bandido de merda não deve receber nenhum "obrigado".

- Mas você não é um bandido de merda, porra...

- "Porra"?

- E-Errr... você também escuta tudo - declarou fingindo uma risada enquanto abanava a cabeça.

Até o fim, ele continuava irritante... Bem, tanto faz, o que eu poderia fazer?

Em vez de me preocupar, apenas coloquei um canudo no copo de café com baunilha que recebi e bebi.

Continuei o tomando em silêncio por um tempo, até que o cara que me olhava fixamente varreu seu cabelo para trás e disse: - É incrível como você consegue beber algo tão doce...

- É delicioso.

- Mas não combina. O vinho cairia melhor em você.

- E isso lá importa? Se não tem mais o que fazer aqui, por que não para de falar e vai embora?

- Ugh, eu já ia embora, de qualquer maneira! Nossa, que chato...

Não fazendo ideia de qual era seu problema, apenas o assisti se apressando, fazendo drama, abrindo a porta do escritório e saindo.

Eu não me importei muito, por isso, logo voltei para o café.

Era doce, fresco e...

- ...gyeol-ssi.

Delicioso...

- Yi-gyeol-ssi.

- Hm...?

Abrindo meus olhos, acordei, e com a minha vista ainda embaçada, logo pude ver planícies de areia ao longe.

Min Ah-rin, que me sacudiu, perguntou em nervosismo: - Você está bem? Quer que eu use minha habilidade? Tenho certeza de que vai se sentir melhor.

- Não...

Devo ter cochilado o suficiente para conseguir sonhar.

Levantei-me de onde estava sentado e tirei a areia das minhas calças.

- Que horas são?

- Quatro da manhã. Disseram que partiremos em breve.

Acenei com a cabeça enquanto via o céu avermelhado cheio de nuvens de areia ficando um pouco mais brilhante.