Cap. 18 - Terceira morte

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Foda-se terei todo o tempo do mundo pra me vingar daquele cabrito. - ignorou.

A felicidade em ver que a casa estava "funcionando" era cristalina. Tudo estava quase perfeito exceto pela maldita árvore no meio da sala. Durante séculos tentou fazer aquela merda brotar e graças a terra das Detzels, e suas almas, a árvore finalmente tinha frutificado. Não ia se atrever a cortar, precisava integrar aquela intervenção da natureza à arquitetura do local.

Ainda deitado no chão, testou materializar um charuto e sucedeu. Quando viu que conseguia acessar sua magia novamente, parecia uma criança brincando pela casa. Reparou também que não havia mais sinal do tiro que levou, seu corpo estava intacto. No meio da euforia e diversão, lembrou-se de alguém.

- Agora me chama de bruxo imprestável, chama seu puto! - não teve resposta - Benício? - chamou outra vez estranhando o silêncio sepulcral. - Benícioooô!

Seus olhos se movimentaram de um lado a outro, de cima a baixo, culminando na mais pura expressão travessa quando viu que não existia mais um "outro eu". Se sentiu um pouco estranho, afinal, já estava habituado ao duplo - pra não dizer afeiçoado -, porém extremamente contente.

- Uma pena. Até gostava de você... Se bem que já foi tarde, né? Que bom que acabou. Agora por onde começar...

A casa parecia tão vazia sem Elizabeth e pensar que a tinha perdido doía. Se privaria de todo luxo do mundo e até mesmo de seus poderes se isso a trouxesse de volta. Se lembrava de como a luz parecia mais bonita ao atravessar vidraças colorindo a pele de Liz como um incandescente mosaico.

Qual a chance dela me perdoar?

Com esse pensamento, foi para um de seus cantos favoritos na casa, a cozinha, abriu a geladeira e como o esperado estava vazia. Se viu preparando o café da manhã de Liz... Preciso fazer compras... E para não se sentir só, conjurou Isauro.

- Sim mestre.

- Preciso me atualizar de tudo o que aconteceu nos últimos anos de forma cronológica, por território e por casta. E pare de me chamar de mestre, isso é tão... milênio passado. Diego só.

- Perfeito, mestre Diego! - Isauro estava emocionado. Em quase seis séculos trabalhando para o bruxo, aquela era a primeira vez que colocava os pés na casa acrônica. Sentia-se exultante. Lisonjeado.

- Mas antes, eu preciso comer. - entregou ao servo uma lista.

- Sim mestre.

Diego apenas o censurou com o olhar, não dizendo nada, odiava se repetir. Mestre, mestre, mestre... que saco.

Por outro lado, Isauro constatou que, estranhamente, as marcas de todos os itens requisitados por Diego pertenciam ao presente. Só uma coisa remetia ao passado, o Whisky. Com essa bebida em específico ele era extremamente exigente. - Será que os dois se misturaram? - Pensou.

O servo providenciou em um piscar de olhos tudo o que seu mestre precisava e durante a atualização, política, geográfica, climática, planetária e até mesmo cultural, Diego, como a criatura inquieta que era, cozinhava.

- Isauro, prove isso aqui. - disse oferecendo servo uma bruschetta com mozzarella de búfala, presunto de parma e mel. Em seguida, abriu a garrafa de whisky e serviu dois copos, fazendo um deles deslizar pela mesa de madeira até o servo. Com uma expressão faceira perguntou - Como ficaram os tutoriais para o Henri?

- Funcionaram perfeitamente, o senhor Henri aprende muito rápido.

- Que ótimo! Em algum momento ele me será útil.

Terra Proibida - EssênciaTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang