pedri, barcelona.

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pedri,🛸


-não vai ficar com ninguém, cara? - escuto ferran falar, meu melhor amigo.

-eu acho que ele tá interessando em alguém, depois dessa secada, eu acho que a isa vai precisar de algumas garrafas de água. - quem fala agora, é gavi.

-cala a boca, idiota. - retruco, sem nem mesmo tirar os olhos dela.

ela estava linda, usando um conjunto de cropped preto e uma saia justíssima também preta, mas com alguns paetês. usava um salto não tão alto, e o cabelo com ondas. ela nem ao menos precisava de maquiagem, pois já era linda sem elas, mas ainda assim, usava um pouco.

ela estava na pista, dançando e rebolando aquela bunda que eu tanto queria pra mim, para todos que estavam presentes verem.

estavamos na festa do raphinha, comemorando a vitoria em cima do Sevilla. a isa, como nutricionista e amiga dos caras do time, obviamente, foi convidada. no som no máximo da casa tocava um funk brasileiro, e ela como uma boa brasileira, dançava com maestria, deixando todas as espanholas no chinelo, enquanto tentavam copiar seus passos sensuais e se destacarem, um feito impossível, já que a forma como ela rebolava e descia até o chão era única.

eu e ela não nos damos tão bem quanto eu gostaria, ela me odeia. quando ela chegou ao clube eu me encantei por ela, eu queria ela e não sabia disfarçar. uma vez quando ela conversava com raphinha, ele claramente deu em cima dela, e eu acabei reagindo mal, o que pra ela não fez sentido, já que nos não tínhamos nada, mas pra mim, aquilo me incomodava muito!

e cá estava eu, observando aquilo que eu jamais poderia ter, a única mulher que eu mais havia desejado em toda minha vida.

resolvi parar de encara-lá como um psicopata e ir até a cozinha buscar uma cerveja, encontrando alguns "conhecidos" durante meu trajeto, os cumprimentei rapidamente, não queria conversar com ninguém agora.

quando voltei ao sofá que meus amigos estavam com suas namoradas, observei discretamente a pista e não a encontrei lá, talvez ela tivesse cansado e ido beber alguma coisa. mas logo descarto essa possibilidade quando a vejo descendo as escadas ao lado de raphinha, após longos minutos sumida, rindo de algo que ele dizia. acredito que seja bem óbvio o que eu estou pensando, não?!

aquilo me deixou puto, o fato de perder ela, sem nem ao menos tê-la me incomodava de diversas formas. eu a queria tanto, que chegava a doer.

não tinha mais cabeça pra festa, música alta, ou para amigos bêbados que zoavam com a minha cara, enquanto viam ela se aproximar de nós acompanhado do brasileiro. apenas lancei um olhar mortal para meu colega de equipe, e levantei puto do sofá, sacando a chave do carro do bolso da calça e indo embora dalí rapidamente!

os dias depois dessa festa, passaram lentamente, talvez o universo me odiasse e fizesse de tudo pra eu ter que dar de cara com ela no ct todos os dias, mesmo eu fazendo de tudo para evita-lá. talvez a única forma de superar algo que nunca tivemos seja evita-lá!

o que como eu disse não funciona muito bem quando trabalhamos no mesmo lugar. eu estava no vestiário, sozinho, após o treino. o resto dos caras já haviam ido embora, e alguns ficaram mais um tempo no gramado, treinando passes que tinham dificuldades.

eu estava deitado sobe um dos bancos do vestiário, com minha camisa de treino no rosto, impedindo que a claridade batesse em meus olhos. quando escuto a porta abrir, não me dou o trabalho de olhar, pois sei que deve ser um dos rapazes que estavam no gramado.

𝙁𝙄𝙁𝘼 𝙒𝙊𝙍𝙇𝘿 𝘽𝙊𝙔𝙎, 2023Where stories live. Discover now