A Embaraçosa Excursão Escolar

Eu já sabia, mas... EU SOU DIGNO!

Desta vez no elevador, quem perguntou algo foi o professor:

- Peter, como você sabia que o homem formiga estava falando com o Flash?

- Ah, o tio Scott gosta de pregar peças assim. Ele fez a mesma coisa com praticamente todo mundo da equipe, exceto a tia Nat e a Yelena. Eu só vi que o Flash estava falando com alguém que não estava lá e liguei os pontos.

Acho que todos já haviam se acostumado com o fato de que eu conheço todos os Vingadores, porque ninguém comentou eu ter chamado o Scott e a Nat de tio e tia.

De volta ao refeitório, eu novamente me sentei com Ned, MJ e Betty, mas desta vez Alice se sentou conosco.

Eu podia ver nos olhos delas que elas estavam se sentindo inquietas. Era lua cheia afinal.

Eu e MJ decidimos dividir uma pizza gigante. Ned e Betty dividiriam uma pizza média e Alice... Elas decidiram comer churrasco bem malpassado. Quase cru.

Isso atraiu olhares estranhos, mas nenhum de nós de importou.

Já estávamos no meio da refeição quando quatro pessoas entram no lugar, chamando a atenção, porque uma delas estava gritando:

- JOVEM PETER! AQUI ESTÁ VOCÊ!

Era Thor.

- Não grite seu grande tolo – disse a figura atrás dele, que era Loki.

- Por que vocês me arrastaram para cá mesmo? – perguntou o outro rapaz, um jovem Asgardiano que Loki está ensinando magia, seu nome é Alex e ele tem cabelos ruivos e olhos cor de mel.

- Porque eu não quero ficar sozinhas com esses idiotas – respondeu tia Brunn, a única mulher do grupo.

- E porque nós precisamos que você nos substitua aqui – se apressou Alice, se levantando – Nossas orelhas, cauda e presas já apareceram.

E tinham mesmo. Suas orelhas já não eram humanas, eram lupinas, elas também tinham um rabo de lobo saindo da base de sua coluna e dentes afiados. Seus olhos eram lupinos e sua voz tinha mudado, agora soava mais selvagem, além de parecer que eram duas pessoas falando, ao invés de apenas uma.

Era lua cheia afinal. O dia em que essa parte de sua mutação se descontrolava. Logo, elas assumiriam a forma completa de uma loba.

- Obrigada. Tchau. – Alice disse, saindo correndo do lugar sem esperar uma resposta.

- Uhn... Então tá – disse Alex, antes de se virar para mim – e aí, Pete?

- Ei Alex – eu respondi – Não sabia que você ia estar aqui hoje.

- Cheguei agora a pouco e fui arrastado para cá sem me explicarem nada. Quê que está acontecendo?

Eu, então, expliquei para ele na língua falada em Asgard, sobre o que estava acontecendo e ele rachou de rir.

Foi nessa hora que tio Loki interrompeu:

- Não é só o meu aprendiz que está aqui, jovem Peter – disse ele – Nos comprimente também.

- Desculpa – eu disse me dirigindo a eles e os cumprimentando.

- Peter, onde está aquele mortal insignificante que te causa problemas? – pergunta tia Brunn, trocando um olhar com tio Thor e tio Loki, que está girando uma faca.

- Ele está ali – respondeu MJ, sem a menor cerimônia, apontando para o Flash, que empalideceu.

- Oh, aquele garoto franzino? – disse Loki – Talvez eu deva...

Ele estalou os dedos e logo uma cópia dele mesmo estava atrás de Flash, girando uma faca

- Você devia deixar o Peter em paz – disse a cópia – ele é o único midgardiano que eu mataria para proteger.

- Tio Loki. – eu protestei – Por favor, não ameace meus colegas. Lembra do que eu disse ontem?

- Você disse que não devíamos machuca-lo ou mata-lo – disse tia Brunn – Nós nunca concordamos com você.

Flash empalidece mais.

- Ele é um civil. – eu repeti – menor de idade. Não cometeu nenhum crime. Vocês não vão machuca-lo. Além do mais tio Loki, você acabou de receber seu perdão por influência dos Vingadores, se vazar a notícia que você machucou um adolescente, seria ruim, não só para você, mas para o resto do grupo também.

Loki começou a resmungar que era não era justo e cancelou a ilusão, mas tia Brunn continuou olhando feio para o Flash.

Mesmo sem nenhuma ameaça a vista, a turma ainda estava abalada, foi então que Thor voltou a se pronunciar:

- JOVENS MIDIGARDIANOS! QUEM QUER TENTAR LEVANTAR MJOLNIR?

A turma logo entrou em polvorosa.

Todos sabiam que apenas quem fosse digno do trono de Asgard poderia levanta-lo.

A maior parte da sala (inclusive o professor) logo se voluntariou.

MJ revirou os olhos e, se virando para mim, disse:

- Ele só está fazendo isso para mostrar que você consegue, né?

Eu concordei.

- Boa sorte – ela disse, com um sorriso de lado

Thor foi rápido em organizar todos que queriam tentar.

Um por um, a maior parte dos colegas tentaram, sem sucesso. MJ e Ned não quiseram tentar, eles já sabiam que não conseguiriam, e Thor se recusou a deixar Flash sequer encostar no martelo, dizendo:

- VOCÊ FAZ BULLYING CONTRA O JOVEM PETER, MIDGARDIANO, NÃO SERÁ CAPAZ DE LEVANTAR MJOLNIR E NÃO COLOCARÁ SUAS MÃOS INDIGNAS NA MINHA ARMA.

Flash ficou completamente vermelho.

Quando todos que queriam tentar, menos Flash, já haviam ido, tia Brunn disse:

- Peter, por que você não mostra a eles como se faz?

Imediatamente a turma começou a sussurrar.

Eu suspirei, fui até Mjolnir, e o levantei, deixando todos que não sabiam que eu conseguia, completamente chocados.

- Esse é meu namorado – disse MJ em voz alta, com... Orgulho? Na voz.

Eu corei.

- Posso terminar de comer agora? – eu perguntei.

Thor gargalhou e disse:

- VÁ EM FRENTE, JOVEM PETER.

- Sim, nós temos que ir agora – disse tio Loki – Alex, aproveite.

Me despedi deles e, ignorando todos os olhares, voltei para minha mesa, sendo acompanhado de MJ, Ned, Betty (que estava chocada) e Alex.

Depois que todos comeram, Alex reuniu todo mundo e disse:

- Ahn... Boa noite, pessoal, eu sou o Alex. Sou Asgardiano. Não sou um estagiário aqui, mas Alice me pediu para ficar com vocês durante esta noite. Ahnn... Eu vou levar vocês para onde irão dormir agora. Ainda é cedo, então vocês podem ficar na sala comum do andar até a hora de dormir.

E com isso entrou em um dos elevadores, todos nós seguimos seu exemplo.