Capítulo único

254 31 3
                                    


O mordomo estava um tanto inquieto, não parava de ficar andando de um lado para o outro na mansão, limpava o que já havia limpado, ficava batendo o pé repetida vezes no chão, andava mais rápido que o normal, como se estivesse esperando a hora passar para ir em algum lugar. Todos da perceberão a inquietação de Sebastian mas quando perguntavam ouviam apenas um ''Eu estou normal'', empurrando um carrinho até o escritório de Ciel levando um chá e um pedaço de bolo, ao chegar e entregar o que seu mestre tinha pedido, os pés começaram a bater no chão novamente, fazendo com que chamasse a atenção de Ciel.

-Dige de uma vez Sebastian! O que lhe está deixando tão inquieto!? -Ciel colocou a xícara sobre o pires e olhou seu mordomo com uma olhar de curiosidade, por conta do contrato Sebastian não poderia mentir para seu mestre, isso é um regra.

-Terei que fazer algo depois que todos forem dormir, estou apenas ansioso e nervoso, jovem mestre.

tão ansioso que se pudesse faria com que anoitecesse agora, mais não possuia tais poderes para isso, a única coisa a se fazer era esperar até a noite cair e todos apagarem no sono, por conta da aparição repentina de Elizabeth na mansão, todos ficaram cansados de ficar correndo de um lado para o outro, na tentativa de fugir da mesma, ou tentar proteger algo valioso. Já era de noite, e o mordomo estava colocando seu mestre para dormir, após ele apagar no sono como os empregados, Sebastian começou a revisar se tudo estava em perfeita ordem e arrumou na mansão.

Após ver que tudo estava em perfeita ordem, o mordomo saiu o mais rápido do local, pode até se dizer que ele poderia até dado pulinhos de alegria no lado de fora da mansão, seu modo de agir na mansão deixou todos curiosos, mas ele não disse o que faria logo após todos dormirem. Todos ficaram intrigados com isso, e claramente vão tentar descobrir o que era ou quem era o responsável por deixá-lo inquieto, praticamente o dia inteiro, o mordomo correu na velocidade demoníaca, após correr por um bom tempo Sebastian chegou em um chalé, havia várias flores na entrada.

Andando até o chalé e logo de vista vendo um gato laranja sair de meio das flores, Sebastian o pegou e entrou na casa fazendo um carinho, a entrada da sala estava com as luzes ligadas, mas não não havia ninguém, e também não tinha ninguém na cozinha, ao subir as escadas para o segundo andar, o mordomo avistou uma porta entreaberta com um fecho de luz. Um sorriso surgiu nos lábios de Sebastian caminhou até o local sem fazer barulho, havia uma mulher deitada com os olhos fechados dentro da banheira, o mordomo retirou as luvas e passos as mãos do ombro até os braços, e deixando um beijo no pescoço, isso fez com que a mulher abrisse os olhos e sorriu.

-Bem vindo querido -A mulher dizia com a voz cansada, como se tivesse feito algo que a cansou em poucas horas, ou em minutos.

-Estou de volta, meu amor, me desculpe por não ter chegado antes, eu poderia ter ajudá-la, mas acabou fazendo tudo sozinha.

A voz do mordomo carregava desânimo e doçura ao mesmo tempo, se todos naquela mansão não precisassem dele por 24hrs para fazer algo, como reconstruir a casinha de Pluto, refazer o jantar que foi queimado, o jardim que foi destruído assim como o jogo de chá de seu mestre, pessoas tentando matar seu jovem mestre. Pluto queimando as árvores, Lizzy enfeitando a mansão com suas aparições repentinas sem aviso, se não fosse por isso ele poderia voltar o mais rápido para casa e ficar ao lado de sua amada.

Sebastian retirou o fraque e subiu as mangas da camisa e começou a ajudar sua amada a se lavar, a mesma estava cansada tanto que nem conseguia quase tomar banho direito, o cabelo dela era um pouco grande e [Tipo do cabelo], Sebastian o lavou cuidadosamente, se levantando e indo em direção ao armário e pegando uma toalha branca e pedindo para sua amada permanecer em pé, enrolando a toalha no corpo de sua amada e a pegando no estilo noiva.

Enquanto caminhava até o quarto, o gato apareceu mais uma vez e ficou passando entre as pernas de Sebastian, deixando sua amada sentada na beira da cama e pegando uma camiseta no armário e a vestindo, secando e penteando o cabelo de sua amada. O mordomo deixou um beijo no pescoço que a fez rir, ele adorava escutar a risada dela, o sorriso, tudo nela, às vezes ele pensava como seria sua vida sem ter encontrado ela na biblioteca, e ter entrado em sua vida, ela nem ligava se era um demônio ou não.

-[Nome]?

-Sim?

-Acho que estou nervoso para vê-lo...

Talvez não fosse nervosismo e sim medo, ele não poderia ficar o dia inteiro com ambos por conta dos trabalhos na mansão, se conta-se seu mestre o todos gostariam que [Nome] fosse morar junto com eles, esconder a existência de sua amada foi para que ninguém fizesse mal a ela. Se alguém a machuca-se, este mordomo perderia a cabeça e mataria sem piedade com quem fez tal coisa com a pessoa que mais amava, isso não poderia acontecer, não dizer sobre ela é a melhor coisa a se fazer.

[Nome] virou o rosto para trás e viu seu amado com uma expressão de preocupado e triste ao mesmo tempo, você sabia que ele seria um ótimo pai, mesmo não sendo muito ausente para sua filho, claro que você explicaria para a criança sobre o por que seu pai ficava apenas a noite em casa. Isso poderia ser resolvido, mas ficaria muita coisa para você fazer, isso também o deixava muito preocupado também, se levantando da cadeira e ficando de frente para Sebastian.

-Não se preocupe Sebastian, vai ficar tudo bem

Ele apenas concordou e foi levada até o próximo quarto, o coração dele estava a mil e pensando em várias coisas também, você abriu a porta e o puxou para dentro perto do berço, Sebastian chegou mais perto e viu o bebe, tinha o cabelo preto identico o dele e a pele pálida também, a criança parecia tão frágil como uma boneca de porcelana, o bebe acordou e olhou para Sebastian e sorriu estendendo os pequenos bracinhos

-Vamos, ele quer que você o pegue.

Tomando coragem, Sebastian o pegou em seus braços, ele tinha os olhos idênticos aos de Sebastian, era a cópia viva do pai, qualquer um concordaria com isso, a pequena cresceria e seria idêntica ao seu pai, talvez o cabelo ficaria igual ao da mãe.

-Ela se chama [Nome do bebê] Michaelis.

Sebastian sorri e se vira para você, uma das mãos dele ficou em sua cintura e a outra segurando seu filho, ele a beijou nos lábios e logo sorriu- Vocês duas, são as coisas mais preciosas para mim [Nome], não vou permitir que ninguém faça mal a minha família.

Minha Família - [Imagine Sebastian Michaelis]Where stories live. Discover now