Capítulo 28: Olhos Esverdeado

684 127 108
                                    

No dia seguinte Minho acordou meio confuso, relembrando vagarosamente que havia dormido na casa de Jisung. O Lee se espreguiçou ao se sentar na cama, vendo que a garotinha ao seu lado também se mexeu e acordou.

Haneul bocejou e ergueu o corpo, olhando confusa ao redor sem conseguir identificar o lugar que estava. A garotinha então pulou em cima do pai que riu.

— Dia, papa! — Beijou a bochecha de Minho ao falar.

— Bom dia meu amor. — Minho apertou as bochechas gordinhas da garota. — Dormiu bem?

Haneul concordou freneticamente com a cabeça, pulando para o lado livre da cama e descendo para o chão rapidamente. A garotinha foi explorar o quarto meio confusa, Minho a observou atentamente, rindo.

— A gente ainda está na casa do tio Ji. — Minho falou para ela que o olhou. — Vem, vamos descer.

Os dois saíram do quarto e desceram as escadas, vendo Jisung sentado a mesa completamente concentrado em costurar a pelúcia da garotinha. Haneul correu até o Han para o cumprimentar, pulando em seu colo e o dando um rápido beijinho na bochecha.

— Oi, Hannie. — Jisung sorriu ao vê-la, bagunçando levemente os cabelos curtos da garota. — Eu costurei o bbama.

O Han falou e entregou a pelúcia a garotinha, vendo os olhos pequenos brilharem e um enorme sorriso se abrir enquanto ela abraçava o cachorro de pelúcia fortemente.

— 'Obigada tio Ji!

Minho sorriu com a cena, bagunçando levemente o cabelo de Jisung antes de se sentar ao lado dele na mesa. O Han reclamou, afinal já estava arrumado para ir trabalhar.

Jisung se levantou e então serviu o café da manhã aos outros dois, sentando novamente para comer com eles. Os adultos comeram em silêncio, ouvindo atentamente Haneul falar sobre seu dia na creche, sem tocar no assunto do incidente que teve e da briga.

A garotinha falava que havia pintado um arco íris e que a professora a elogiou. Falou também que brincou de esconde esconde e que logo depois dormiu por estar cansada.

Ao terminar o café Minho retirou a mesa e foi lavar os pratos, enquanto Jisung foi arrumar Haneul e guardar os brinquedos dela na mochila. O Han penteou o cabelo curto da garotinha enquanto ela não parava de se mexer por brincar meio frenética com sua pelúcia recém reformada.

— Tio Ji. — Haneul o chamou atraindo sua atenção. — Vamos brincar?

— Poxa meu bem, o tio adoraria brincar o dia inteirinho com você. — Jisung começou a falar, virando-a de frente pra si. — Mas infelizmente o tio precisa trabalhar.

— Você pode brincar comigo de noite. — Haneul resmungou.

Jisung riu com isso, olhando para Minho que retirava sua farda lavada e seca da máquina.

— Eu não sei se o seu papai vai querer dormir aqui novamente. — O Han falou. — A gente vê isso melhor no decorrer do dia, tá?

Haneul concordou com a cabeça e então correu até Minho que guardava suas coisas na mochila, Jisung se levantou e também foi até os outros dois.

— Eu vou pra casa, vou me arrumar lá e arrumar Hannie para a creche. — Minho avisou, fechando a mochila. — Já está no seu horário né, quer uma carona?

— Não precisa, vai acabar atrasando vocês. — Jisung respondeu. — A gente se fala durante o dia?

— Claro! — Minho respondeu rápido, olhando Haneul que prestava atenção em algo que havia caído no chão e dando um rápido beijo no rosto do Han. — Tchau Ji, bom trabalho!

— Tchau. Bom trabalho! — O Han o respondeu ao vê-lo abrir a porta, foi até a garotinha e deixou um rápido beijo na testa dela. — Até mais, Hannie.

— Até titio.

*

Minho caminhava em direção ao departamento, havia acabado de deixar Haneul na creche e como já estava em cima do horário precisou ir andando o mais rápido que conseguia para a delegacia. Durante o percurso observou atentamente as pessoas que estavam ao seu redor, tinha essa mania.

O Lee então colocou as mãos nos bolsos de sua calça abaixando a cabeça, viajando rapidamente em pensamento e se perguntando o que Jisung estaria fazendo aquele momento. Minho puxou o celular do bolso e o desbloqueou com sua digital, abriu o chat de mensagens com o Han vendo que o garoto não estava online.

— Desculpe, Sr. Policial. — Um rapaz falou ao se esbarrar em si.

Minho suspendeu a cabeça e o encarou, sentindo seu corpo gelar rapidamente quando seus olhos se focaram nos olhos esverdeados do rapaz. O outro continuou andando enquanto o Lee ficou parado o observando se afastar, dando meia volta e seguindo o desconhecido enquanto ligava para Christopher.

O rapaz em sua frente sequer percebeu que estava sendo seguido, caminhava tranquilamente enquanto balançava a sacola do mercado que segurava. Christopher finalmente atendeu a ligação e então Minho foi direto ao ponto, sem rodeio algum.

— Encontrei o cara que baleou Soobin. Ele está caminhando no centro, estou o seguindo. — Minho cochichou. — Está indo na direção da ponte rio han.

"Vou mandar reforços, não faça nada ainda. Ele pode ser perigoso." — Foi o que Christopher respondeu, acionando rapidamente um chamado no departamento.

Minho desligou e continuou seguindo o desconhecido. O Lee iria atravessar a pista juntamente ao rapaz, mas petrificou quando uma carreta surgiu repentinamente e atropelou o mestiço bem na sua frente.

O corpo do rapaz voou com o impacto forte que levou, caindo do outro lado do meio fio inconsciente. Minho encarava o corpo ensanguentado em completo choque, vendo a carreta dar ré e fugir em uma velocidade absurda. Sumindo tão rápido quanto surgiu.

Minho se aproximou do corpo junto aos curiosos, abaixando ao lado do desfalecido conseguindo notar que devido ao arremesso e o impacto que o corpo foi jogado, a cabeça do rapaz amassou quando chocou contra o meio fio e o pescoço havia quebrado. Os olhos esverdeados estavam abertos e completamente sem vida.

E mais uma vez Minho sentia que algo sempre atrapalhava quando ele estava perto de ter alguma pista ou de descobrir a verdade.

Criminal [MINSUNG]Where stories live. Discover now