Feel - Ten

609 71 33
                                    

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

O barulho da língua da garota batendo contra o céu da boca fez com que Vawm se aproximava, ela pulou sobre a água e colocou a cela sobre o corpo do animal, subindo e fazendo a conexão, seguindo atrás da direção que Lo'ak ia

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.


O barulho da língua da garota batendo contra o céu da boca fez com que Vawm se aproximava, ela pulou sobre a água e colocou a cela sobre o corpo do animal, subindo e fazendo a conexão, seguindo atrás da direção que Lo'ak ia.

Neteyam estava mais a frente, e ela podia ver Tsireya dizer algo para Kiri e Tuk, o que a fez ficar apreensiva, afinal, não gostaria de deixar a Omaticaya sozinha, mas Amiryat era filha do Olo'eyktan, então, não poderia deixar seus irmãos levarem a culpa sozinhos por deixarem Lo'ak seguir o pária. — Diga aos anciões, Kiri. — A jovem Metkayina suplicou com o olhar, implorando que a jovem tomasse cuidado. A Omaticaya assentiu, observando Amiryat, dizendo-a pelo olhar para que esta fosse atrás de seu irmão, por ela.

Assim que chegarem perto de onde Lo'ak se encontrava, a garota desceu de seu ilu, fazendo um sinal para que os jovens com ela fizessem o mesmo.

Tsireya foi a primeira a mergulhar, Ao'nung seguia-a, e Amiryat não hesitou em descer sobre a camada de água atrás de seus irmãos.
Os olhos de Amiryat se arregalaram ao ver Payakan; Lo'ak nadava em sua direção. Todos os adolescentes ali se esconderam atrás de uma fita de alga, que escondia-os da presença do tulkun.

O grande animal abriu sua boca, e Lo'ak se encolheu, e então, passou por dentro do espaço que o tulkun havia liberado para que ele passasse. Payakan fechou sua boca, fazendo Neteyam ir para frente, num impulso, sendo empurrado para trás por Amiryat, que o repreendeu com o olhar. O Omaticaya parecia preocupado, e Amiryat entendia bem aquela preocupação; ela observava ele como se dissesse para ele ficar calma.

Os olhos de Amiryat se fecharam abruptamente, como se ela esperava que Lo'ak ficasse bem quando eles chegassem novamente à vila.

[ ... ]

A expressão da Tsahìk era amedrontadora, e se olhares matassem, todos ali estariam mortos à tempos. O Olo'eyktan observava os filhos com decepção, enquanto eles entravam na direção do marui.

Tonowari observava-os, murmurando para que todos entrassem. — Entrem. — Ronal caminhou até o outro lado da sala, colocando a mão sobre o ombro de cada um dos filhos, os fuzilando, e murmurando "vocês não impediram isso!" enquanto os adolescentes seguiam e iam até uma roda formada ao lado de Tonowari. — Tsireya, Amiryat, vocês me decepcionaram, filhas. — Tsireya virou o rosto de lado, enquanto uma expressão chorosa era feita em sua face. Amiryat tocou a mão da irmã discretamente, sentindo as lágrimas invadirem seus olhos, mas ela não permitiria estas caírem, não com todos ali.

— Você, filho de um grande guerreiro! Foi lhe ensinado o melhor! — o Olo'eyktan continuava a dizer, enquanto as irmãs Metkayina apertavam suas mãos em forma de consolo. — Payakan salvou a minha vida, senhor. Vocês não entendem! — Lo'ak insistia na ideia, e Amiryat sabia que seu pai poderia ser calmo, até provocarem-o.

Tonowari fez um sinal, e então, disse a Lo'ak. — Sente-se. — Tsireya observou isso e viu Lo'ak sentar-se, e então, o patriarca aumentou sua voz. — Sentem-se! — A caçula dos Metkayina foi a primeira a cair de joelhos sobre o chão, Tonowari deixou uma lufada de descontentamento escapar dos lábios; Amiryat se sentou logo após os irmãos, ouvindo atentamente o que o pai tinha a falar. Jake e Neytiri entraram no marui e observaram os filhos.

O olhar de Amiryat vagou pela extensão de sua casa, encontrando os olhos de Kiri. A Metkayina estava apreensiva, afinal, sabia o quanto seus pais odiavam a ideia do garoto ter feito a conexão com Payakan. Ela ignorava a voz do pai, afinal, cresceu ouvindo as histórias sobre os tulkuns e sobre Payakan. A última coisa que ela realmente prestou atenção foi a voz de Lo'ak dizendo que Tonowari estava errado. Amiryat estava perdida, totalmente perdida em seus pensamentos; algo a atordoava, ela não sabia o que, ao certo, mas uma sensação de aperto cresceu em seu peito.

— Isso é o suficiente! — Jake cortou o filho, que não hesitou em rebater as palavras do pai. — Eu sei o que eu sei, pai! — Lo'ak estava em uma guerra interna, como se repensasse o que havia dito. Ronal rosnou, o clima se tornou tenso e Jake murmurou algo, puxando o filho para fora dali. Amiryat viu os Sully's saírem e sentiu uma pontada de culpa, mas suspirou. A mãe observou-os irem embora, e quando Amiryat estava se levantando para sair, a mulher fez um barulho, chamando a atenção da jovem. Ela se virou rapidamente, vendo a mãe chama-la, a garota se aproximou sem hesitar, observando a mãe abrir os braços.

Amiryat passou os braços por cima da barriga sobressalente da mãe, abraçando-a com um pouco de força. As vezes ela sentia falta daqueles momentos que ela tinha com a mulher; ela queria ter mais tempo com a mãe, queria que Ronal pudesse ter conversas mais longas com ela, mas infelizmente, ambas tinham tantas obrigações que momentos como esses se tornavam raros naquela família, mas independente de tudo, eles se amavam mais do que tudo em Pandora.

O bem mais precioso de Amiryat era e sempre será a família, ela sempre preservaria o amor pela sua família, independente de tudo. Então, uma luz se ascendeu em sua mente: Silvy. Ela precisava ver a garota; ela sabia que um sentimento ruim havia atingido-a, e esse sentimento era sobre a sua melhor amiga e irmã do coração. Ronal beijou a testa da filha do meio e a liberou, a garota saiu correndo em direção ao marui da família de Silvy.

Yayo, a mãe de Silvy, cantarolava uma canção antiga quando viu Amiryat adentrar o marui, parecia ansiosa. — Olá querida, o que precisa? — Questionou a mulher observando a filha da Tsahìk. — Oi senhora Yayo, Silvy está? — A mulher negou com a cabeça e então, viu Amiryat acenar para seu filho mais novo, Walak, que fazia um artesanato. — Sabe onde ela está? — Perguntou mais uma vez, vendo Walak levantar o olhar para ela. — A última vez que eu a vi ela disse que ia conversar com Rotxo, já que ele devia algo para ela. — Murmurou o jovem, voltando a atenção para seu artesanato.

Walak sempre foi o contrário de sua irmã; ele era reservado e costumava guardar as coisas para si. Ele tinha 13 anos, ao todo, ele nunca conversou muito com Amiryat, mas a jovem achava ele alguém de bom coração.

Amiryat acenou e agradeceu com um balançar de cabeça, indo até a praia onde viu Rotxo pela última vez depois dos jovens se dissiparem de seu marui. Ela avistou Silvy sentada sobre a orla da praia, passando a mão sobre a água.

— Silvy! — Gritou, chamando a atenção da amiga, que sorriu, logo, fez um sinal para Amiryat se aproximar. — 'Ryat, depois que se apaixonou fala pouquíssimo comigo! — Riu, brincando. Amiryat bateu no braço dela e riu juntamente, colocando a cabeça sobre o ombro da amiga.

— Vy, eu estou com um pressentimento ruim. Por favor, me diga que você está bem, e que você não está sentindo isso também. — Silvy franziu o cenho e balançou a cabeça, como se dissesse que não sentia aquilo. Ela observou a amiga com atenção. — Que sentimento ruim? — Ela perguntou apreensiva. — Eu não sei, Vy, mas me parece que essa guerra que se aproxima cada vez mais, vai nos tirar tanto...

    ﹉ ﹉ ﹉﹉ ﹉ ﹉﹉ ﹉ ﹉﹉ ﹉ ﹉﹉ ﹉ ﹉

Prometo tentar não matar ninguém! Como vocês estão? Espero que bem!

O que acharam do capítulo?

Que saudades que eu estou de escrever, estou me dedicando aos capítulos porque estamos rumo ao fim! Amo vocês, e bye, bye!

𝗙𝗲𝗲𝗹 - Kiri Sully Where stories live. Discover now