• te odeio •

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11:30 AM // Inglaterra, 1972

— parabéns para você, nesta data querida

Meus pais cantavam parabéns para mim enquanto eu encarava meu bolo,  e sorria para eles.

muitos anos de vida! Pronto querida pode soprar a vela

— soprei a vela e fiz um desejo

– bom agora vou pegar sua surpresa filha

– o que é pai?

– já volto — saio de casa, e quando volto mostro o rapaz que trouxe para ela – agora já é uma mulher de 18 anos, está pronta para um casamento!

– pai!! Que palhaçada é essa, já te disse que não quero me casar — disse extremamente irritada

– mas veja ele é bonito, rico e veio pedir sua mão

– vai se fuder pai, você e esse cara também! – saio correndo dali de raiva e vergonha

– nossa George sério isso?

– o que? Você também não me ajuda? ela vai se casar e pronto

"Corri para uma colina perto de casa e fico de baixo da árvore, e comecei a chorar, meu pai nunca entende, ele sempre, sempre me faz me sentir péssima assim!
Chega, vou cumprir minha promessa que fiz para minha mãe, eu vou embora.
Vou para a cidade grande."

Pov. Sarah
Fiquei um bom tempo quieta no celeiro, cuidando do meu cavalo para passar o tempo, e quando voltei para casa não tinha ninguém , apenas o bolo na mesa, eu sentei e comi sozinha aquele bolo.
Quando apareceu minha mãe na cozinha.

– aqui querida, seu presente — dou uma caixinha a ela

– obrigada mãe — pego e abro, e era um colar – nossa mãe que lindo, não foi caro?

– esse colar era da sua vó, e quando você nasceu ela disse para te dar quando completasse maioridade era para te dar ele

– me ajuda a colocar?

– claro — vou atrás dela, e ajudo ela por o colar — ela dizia que era um amuleto de sorte, bom se for isso, você está bem sortuda agora – ri baixinho

— ri também e sorri – obrigada por sempre me apoiar mãe, eu te amo

– eu também te amo pequena – abracei ela – bom eu vou fazer o jantar

– ok eu vou pro quarto ler

– tudo bem — ela subiu

— cheguei no meu quarto, e começo a arrumar minha mochila com algumas roupas, hoje a noite vou embora

Pov. Sarah
De madrugada, quando estavam todos dormindo, eu peguei minha mochila e o dinheiro na gaveta.
Pulo a janela do meu quarto, e vou embora para a estação de ônibus.
Apenas deixei um bilhete pata minha mãe, ela é a única que merece uma explicação sobre mim e minha vida.

– uma passagem para Londres, por favor — ele me deu e eu pago ele, e fiquei esperando meu ônibus chegar.

Quando o mesmo chegou embarco, ficando no fundo do ônibus.
Olhava pela janela, enquanto ele andava, e cada vez mais se distanciava do campo.
Aproveitei para tirar um cochilo até chegar no meu destino final.

Pov. Sarah
Estava dormindo com a cabeça encostada na janela, quando ouço um homem falando perto de mim, me chamando.

moça, moça — sacudo ela — moça, moça chegamos

– hm....ah perdão — acordo e me levanto para pegar minhas malas — que horas são por favor?

– 10:00 horas, da manhã

– a certo obrigada! – desço do ônibus, e olho envolta, os carros, as pessoas com pressa, o agito da cidade grande, ando pela calçada até uma cafeteria, onde sento e peço um chá – um chá por favor

– claro — vou preparar para servir a ela

– olhava o lugar com sorriso no rosto e bem esperançosa, até que ele me deu o chá e eu paguei ele – você sabe me dizer onde tem uma agência de modelos?

– bom, tem uma a algumas quadras daqui, mas por que?

– sabe é meu sonho ser modelo

– dei uma risada — olha moça não me leva a mal, você é gata sim, mas sabe quantas menininhas do interior assim como você vem aqui com o mesmo papo?

– mas eu vou conseguir!

– acho difícil, mas....a vida é sua, eu e fosse você iria tentar ser faxineira

— jogo o chá em seu rosto, pego minhas malas e saio dali – babaca!!

– EI APENAS DISSE A VERDADE, CAIPIRA MALUCA!

– ando pela cidade até encontrar a agência de modelos, e no meio do caminho, olhava as lojas, as roupas das mulheres, elas eram tão estilosas...quero ser assim.

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