Capítulo 18

197 13 3
                                    

Uma vez eu estava sentada no auditório da faculdade e enquanto a aula não começava, eu fiquei mexendo no celular e de repente me deparei com a seguinte frase: "Quando é parar ser, será e quando não, você sentirá", na hora não tinha feito muito sentindo, mas com o tempo passei entender aquela frase e as vezes até usava como um mantra quando as coisas davam errado, e naquele momento ela reapareceu na minha mente de novo e entendi que era o momento. Com força, enxuguei as lágrimas e sorrio para o homem a minha frente, ele possuía o sorriso mais lindo e mais encantador de todos.

- Somente aceito se nos aceitar também. – ele não entendeu o que eu havia dito e precisei de coragem para continuar. – Eu liguei para o hospital, meus exames foram trocados.

- O que?

- Meu problema não era os remédios, e sim... – retiro os testes do meu bolso e coloco em cima da bancada, ao lado do prato. – Eu estou grávida Aaron, de nove semanas.

Ele olhou atônito para os testes, levei minha mão até a boca e fiquei cutucando ela com a unha – sinal de nervosismo – ele pegou todos os testes e olhou um a um, parecendo digerir a ideia, então me assusto quando o mesmo os larga e retira o anel da caixinha e coloca no meu dedo.

- Ainda bem que decidi não esperar. – ele se abaixa e beija a minha mão e depois a minha barriga. – Vamos ter um filho?

- Sim. – exclamo com as lágrimas retornando a cair, mas desta vez eu rio em meio a elas, principalmente quando o Aaron me pegou no colo. – Você...gostou?

- Se eu gostei? Eu amei! – gruda nossos lábios e depois morde os meus. – Você está grávida, de um filho meu, óbvio que estou feliz.

Gargalho quando ele me roda no ar, logo em seguida me coloca no chão e corre até o celular e me assusto quando o mesmo liga para os meus pais avisando que chegaríamos em dois minutos – até imagino a preocupação que ficaram quando ele só disse aquilo e desligou, já eu estava com os olhos arregalados e depois cai na gargalhada.

- Temos que contar as notícias, e começar a preparar tudo...será que é menino ou menina?

- Aaron, calma. – gargalho com sua afobação. – Temos três meses para se perguntar quem está aqui dentro, até lá, respira.

- Vai ser difícil.

Novamente me assusto quando ele me pega nos braços e distribui inúmeros beijos no meu rosto, arrancando várias risadas minhas.

.............................................

Estacionamos o carro na frente da casa dos meus pais e como sempre esperei o Aaron abrir a porta para mim – ele nunca me deixa abrir ou fechar, diz que é para manter o cavalheirismo presente e que se algum dia terminarmos, eu procure alguém com as mesmas qualidades, o que seria difícil e nunca encontraria outro, ou seja, eu voltaria para ele. Olhei para o Aaron ao pararmos na frente da porta e apertei a campainha quando ele balançou a cabeça, a mesma foi aberta pelo meu irmão que estranhou nossa visita ali, mas não questionou.

- O que aconteceu? – questionou minha mãe, fora para ela que o Aaron ligará avisando que estávamos vindo. – Sabe o susto que tomei quando me ligou?

- Desculpe senhora Wilson, mas é que a gente queria conversar....

- Mãe...podemos conversar no meu quarto? – corto a fala do Aaron, o deixando confuso. – Preciso deixar claro algumas coisas.

Sussurrei para o meu noivo e rapidamente ele entendeu do que se tratava, olhei para a minha mãe e apontei para as escadas, precisava esclarecer que a gravidez era minha e que não era para se intrometer quando não fosse chamada e que ela era somente a avó. Enquanto subia a escada escutei o Aaron chamando o Bob e o Leon para verem o jogo – ele não daria a notícia sem mim e muito menos, daria ela antes que eu conversasse com a minha mãe.

ObservadaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora