Nine

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Hoje eu não consegui dormir

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Hoje eu não consegui dormir.

Desde ontem estou preocupado com algumas coisas. Mais precisamente nos problemas que terei que enfrentar na justiça.

Aparentemente, um tio distante, que era muito próximo ao meu pai antes do casamento dele com minha mãe, quer direitos sobre nossa casa, pelo simples fato de ter ajudado com investimento na obra.

Eu estou puto e não é pouco.

Terei que ir a New York, onde ele mora, para tentar chegar a um "acordo".

Não sei o porque que depois de tantos anos de morte do papai, ele vem fazer esse tipo de coisa.

Provavelmente ele tentará algo na justiça, sendo que ele não tem direito a nada e isso me deixa mais tranquilo. Não me perdoaria se tivesse que tirar Maya da casa. Comigo eu nem me importo, provavelmente em algum momento eu vou sair daqui, quando minha irmã estiver adulta, porém a casa é pra ela.

Já eram seis da manhã e minha cabeça rodava muitos pensamentos. Eu só consegui cochilar por meia hora e olhe lá.

Hoje Maya tem aula, Tia Dani virá cuidar dela enquanto estarei na outra cidade. Não volto pra casa enquanto não tiver resolvido esse assunto.

Terei que viajar mais de 16 horas de ônibus, na hora de ir e na hora de voltar. Porém se tudo ocorrer como planejado irá valer a pena.

Me levantei e fui comer alguma coisa. Já tinha me rendido a insônia. Talvez eu só vá dormir no meio do caminho do ônibus.

Maya saiu do quarto um pouco depois de eu sair da cozinha. Ela já estava vestida com o uniforme e esbanjava um sorriso maravilhoso, no qual eu sempre almejo ver.

— Bom dia, Bay. — ela falou ao chegar perto

— Bom dia baixinha. Acordou feliz hoje?!

— Sim. Essa semana terá o baile de inverno, Shivani falou comigo um pouquinho ontem a noite e pra terminar eu nunca dormi tão bem.

— Que bom.

— Você que parece que não dormiu bem, está com olheiras profundas. — ela pegou seu cereal de sempre e leite na geladeira e então os despejou na tigela para comer.

— E você tem razão. Não dormi nada.

— Que pena. Você vai hoje a New York né?

— Sim. Prometo resolver tudo. Volto em uns três dias.

— Ta. Vou sentir sua falta.

— Eu também. 

— Que horas você vai?

— Depois das oito. Vou esperar Tia Daniela chegar e então eu embarco no ônibus.

— Okay. Irei terminar de me arrumar pra escola.

Estrelismo • Shivley MaliwalWhere stories live. Discover now