Café de ciúme

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  Na quarta-feira, Leny retornou para a escola, visto que a médica o liberou.

Hoje tem algo estranho, ele percebeu.

Ele já está dentro da escola, "Espera! Cadê Alice? Porém, talvez seja melhor eu não encontrar com ela."- Pensa ele ao lado de Nara. Os dois estavam sentados em um dos bancos da escola.

Nara olhava para o pátio com a ajuda de seu óculos. O pátio que ficava em sua frente. Na verdade, ela admirava uma pessoa, uma garota muito linda. Nara babava por essa garota. Ela suspira, "Ela é linda! No dicionário, onde tem a definição de bela, tem uma foto dela. E aqueles cabelos ruivos, esses olhos castanhos que não ligam para nada."- pensa ela, suspiro: "e aquelas duas coisinhas lindas... Nara, não pensa nisso!"

...

Leny sentado ao lado de Nara, não entende o que ela tanto olhava. - Terra para Nara. –fala ele, passando a mão na frente do rosto de Nara.

- O que você está olhando?

Ela não responde, apenas suspira.

-Ou, cabeça de alface, o que você tanto olha?- ele espera uma resposta, mas, novamente, não conseguiu, por tanto, resolveu tentar achar aonde ela estava a olhar...
Então, ele vê uma garota de cabelos ruivos, olhos penetrantes e castanhos. Por fim, Leny entende a boca aberta de Nara.

Ele deixa ela aproveitar a vista. Infelizmente, isso não demora muito. Quando Leny levantava um copo de café em sua boca, é interrompido por Nara, que o assusta, fazendo o quais derrubar o seu café. Por pouco.

- Leny, eu preciso de sua ajuda! -fala ela, com um olhar de cachorro pidão.

- E agora eu preciso de um cardiologista! –pronuncia com seu café nas mãos trêmulas.

... Com Leny um pouco mais calmo, Nara explica seu "desejo": - Então. Eu estou gostando de uma garota...

Leny a interrompe com estas palavras: - A Raven do terceiro "B".

Nara não conseguiu entender como Leny sabia disso.

–Como você sabe? – ela se aproxima mais de Leny. –Quem te disse? –ela chega tão perto de Leny, que daria para sentir seu perfume.

Leny a afasta antes de responder: – Ninguém! Só que você dá muito na cara.

Ela fica sem palavra. Usando isso a seu favor, vai a dizer: - Ótimo. Eu não vou precisar explicar minha história para você?

-Não. 

- Vai ser mais fácil. Você poderia...

- Não. –Leny a interrompe de novo.

Ela levanta sua voz. – Mas você nem sabe o que eu ia falar?

Leny analisa calmamente Nara.

– Você quer que eu peça o  contato da Raven, não é?

-Como...

Ele suspira: -Você dá muito na cara.

-Por favor, eu preciso! -a carinha de cachorro pidão apareceu.

-Eu não vou atrás de uma garota para você. -se manteve firme.

-Vamos, Leny, eu te dei 'Os Suicidas da Meia Noite'.

- Quem me deu foi sua mãe, não você.

-Só me faz esse pequeno favor!

Ele suspira: –Eu vou tentar, mas não te prometo nada. –ele decidiu ajudar. Ele próprio não sabe o motivo de sua bondade.

KapeWhere stories live. Discover now